domingo, 31 de dezembro de 2023

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - CAROL É UMA CANOA QUE DESLIZA BASTANTE CHARME

Esta é mais uma deusa encontrada pelo Kike em www.paixaonet.com.br, como se vê, uma página eletrônica de muito bom gosto. Muito mais! Como se comprova nesta moldura não existe torcedoras mais bonitas do que as cruzmaltinas. Se um marciano viesse à Terra e as visse, seguramente, não quereria voltar para o seu planeta. Ficaria por aqui só deslumbrando com a beleza dessas meninas. Confere?

This is another goddess found by Kike at www.paixaonet.com.br, as it turns out, a very tasteful website. A lot more! As can be seen in this frame, there are no fans more beautiful than cruzmaltinas. If a Martian came to Earth and saw them, surely, he would not want to return to his planet. I would stay here just dazzling with the beauty of these girls. Check?

Esta es otra diosa encontrada por Kike en www.paixaonet.com.br, como resultado, es un sitio web de muy buen gusto. ¡Mucho más! Como se puede ver en este marco, no hay fanáticos más hermosos que las cruzmaltinas. Si un marciano viniera a la Tierra y los viera, seguramente no querría regresar a su planeta. Me quedaría aquí deslumbrante con la belleza de estas chicas. Cheque?

A BELA MORENA BRASILEIRA DO DIA - ANDRA

Andréa Baptista, advogadas participante do progrma "No Limite-2000", da TV Globo, reproduzida da revista A Mais. Em, entrevista a www.globo.com ela declarou: "Você sofre por ser bonita. A beleza me atrapalhava. Sofri assédio sexual e proposta de book rosa. Me lembrei muito do meu avô, da educação que ele me deu, e não caí nessa". Depois da fama conquistada pelo  progama televisivo, ela posou pa a revista Playboy.


 

domingo, 24 de dezembro de 2023

AS BELÍSSIMAS "VIDEOMOÇAS" DA BAHIA

 O termo garota-propaganda surgiu com a chegada da televisão no Brasil, em 1950. Para vender produtos, era preciso de gente charmosa, indiscutivelmente, bela, fotogênica e com boa dicção, exibindo roupas, sapatos, chapéus, produtos de beleza e de higiene, enfim tudo o que, principalmente, as mulheres compravam.

  Tem-se Cassiano Gabus Mendes como o criador do termo, usado, pioneiristicamente, por Rosa Maria, belíssima morena que anunciava uma loja de artigos femininos, a Marcel Modas, de São Paulo. No Rio de Janeiro, a pioneira foi Neide Aprecida, anunciando a máquina de levar roupas Tonelux. Pelo final da década-1950, vieram Odete Lara e Norma Bengell, que se tornram atrizes de scesso do cinema nacional.    

                                 Laura Lacerda e seu penteado "sete andares"

Na Bahia, a primeira telinha inaugurada - 19 de novembro de 1960 -  foi a  da TV Itapoan. Por lá, as garotas-propaganda eram chamadas por “videomoças” e, duas delas fizeram grande sucesso, Laura Lacerda e Maria Caldas. A primeira tinha mais empatia com o público, que adorava o seu penteado apelidado por “sete andares”. Sempre muito bem vestida, na última moda, exibia dicção perfeita e jeitinho doce anunciando vitrolas, geladeiras, fogões, móveis, colchões, saídas de praia, etc. Por sinal, já rolando o início da década-1970, ela fez a sua propaganda mais famosa: estendia uma toalha, na praia do Porto da Barra, e mandava o recado, diante da curiosidade geral do povão. Sucessaço, avançado para a época. Sobre Maria Caldas, vamos passa o parágrafo abaixo.   

                                              Reprodução da revista Intervalo

Menina do interior - nascida em Ubaíra-BA – ela estudara em um convento e se achava gorda, feia e retraída. Mesmo assim, aos 17 de idade, teve convite para participar do primeiro filme feito na Bahia – Redenção -, dirigido por Roberto Pires, em 1959. Com aquilo, sobraram-lhe convites para ser modelo, mas ela preferiu ir pra São Paulo, onde trabalhou em uma concessionária de automóveis. De volta a Salvador, arrumou emprego em uma loja de discos, onde Oscar Santana e Hélio Lima entraram e acharam-na muito bonita. De repente, estava ela anunciado produtos na TV, recém inaugurada. 

Maria Caldas e Laura Lacerdas tornaram-se inesquecíceis entre as primeiras “videomoças” da Bahia.

domingo, 10 de dezembro de 2023

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA. A MONALYSA DOS TEMPOS MODERNOS

A revista paulistana Cláudia mostrou quem é esta valorosa e belíssima piauinense

 Eleita, em 19 de agosto de 2017, a piauiense Monalysa Alcântara disputou o 63º Miss Brasil, para ser a terceiraa mulher negra coroada no concurso aberto em 1954 - antes, as negras vencedoras foram a gaúcha Deise Nunes, em 1986, e a paranaense Raíssa Santana, em  2016. O concurso que elegeu Monalysa foi disputado  no Teatro Vermelhos, em Ilhabela, litoral de São Paulo e, aos 18 de idade, ela venceu medindo 1m77cm de altura, pesando 57 quilos e exibindo 69cm de cintura; 95 de quadril  87 de busto. Com isso tudo, a bela piauinense, após a vitória sobre 26 adversárias,  foi alvo de ataques racistas, pela Internet, sendo chamada por "empregadinha". À época, Monalysa estudava Administração e disse: "Serei sempre uma mulher nordestina que passou por diversas coisas, muitas dores que fizeram ser quem eu sou hoje”. Pelo Insatagram, escreveu: “Realizei um sonho, e sonhei pelo meu Piauí”. 

           Monalysa em foto reprodução de BE Emotion/Facebook - agradecimento



domingo, 3 de dezembro de 2023

ANASTÁCIA, A PARAIBANA RAINHA DO FORRÓ

 Se não fosse um gato mal educado, talvez, a música popular brasileira teria demorado mais para ter a sua segunda realeza nordestina – a primeira foi Marinês, a “Rainha do Xaxado”. História engraçada!. Integrante – desde os 13 de idade - do coral da fábrica onde trabalhava a sua mãe, a garota Lucinete Ferreira, uma dia, foi ouvida pelo diretor artístico da Rádio Jornal de Comércio, de Recife, que propôs-lhe fazer fazer um teste com ele. Foi, fez, agradou e ficou, de 1954 a 1960, no grupo musical da casa. 

À medida em que crescia – em tamanho e na carreira -, Lucinete fazia shows em clubes, circos e cinemas da capital pernambucana e por cidades vizinhas. Ganhou popularidade, também, participando de programas humorísticos e, por conta de “chifradas” levadas dos namorados, passou a compor músicas, espinafrando-os. Certa fez, o diretor de radioteatro pediu-lhe um favor: datilografar 10 laudas do capítulo que seria ensaiado no dia seguinte. Ela levou-as pra casa, copiou oito páginas e cochilou. Quando acordou, um gato havia borrado o seu esforço  Que horror! Tentou limpar os papéis, mas, sem tempo para refazer nada, apresentou-os daquele jeito ao diretor, que achou foi graça.

Tremendamente envergonhada pelo incidente, Lucinete decidiu deixar a rádio e ir embora pra São Paulo, tentar dar prosseguimento à carreira artística. Levou carta de apresentação do amigo radionoveleiro, para um diretor da Rádio Record, mas a missiva só valeu-lhe inconsequentes participações em programas da emissora. Dois meses depois, ela encontrou, pelas ruas paulistanas, um velho amigo cantor de Recife, que deu-lhe o cartão de um  vendedor de shows, com quem só conseguiu falar dois meses depois. O cara marcou uma audição para ela que, acostumada a repertório variado em clubes, circos e cinemas de Recife, inclusive sucessos de Cely Campello, teve de cantar bolero, samba-canção, chá-chá-chá, tudo o que o avaliador pediu. Ao final, o homem achou-a ótima cantando forró e abriu-lhe-lhe a chance de gravar um compacto duplo – quatro músicas  - pelo selo Chantecler. Estorou e, logo depois, gravou um LP (disco de vinil, com 12 músicas), das quais metade assinadas por seu futuro marido (Marcos Cavalcanti de Albuquerque), da dupla Venâncio e Corumbá (Manuel José do Espírito Santo).

 Por ali, como havia a pernambucana Marinês (Inês Caetano de Oliveira), “Raínha do Xaxado”, o estado nordestino deu mais uma realeza à música brazuca, a “Rainha do Forró”. Só que, ao gravar o LP, em vez de aparecer Lucinete na capa do dico, ela leu Anastácia. Levou um susto e recebeu esta explicação de Venâncio e do produtor (da Chantecler) Palmeira (Diogo Mulera, o chamado Descobridor de Estrelas):      

-  No Nordeste, toda menina que nasce é Marinete, Nildete. Ivonete, Gracinete, Gildete, por ai. Achamos que você ficaria melhor com este nome, principalmente porque tem um filme aí, sobre uma tal de Anastácia, lotando os cinemas – Anastácia, de 1956, estrelado por Ingrid Bergman, no papel da princesa Anastásia Nikolaevna, filha de Nicolau II, o último czar da Rússia. 

Assim, sem ter assistido ao filme dirigido por Anatole Litvake e nem saber de quem se tratava a personagem principal,  Lucinete virou Anastácia, fazendo, com a faixa“Uai, uai” (de Venâncio e Corumbá) todo o Nordeste cantar.

 Rola o tempo e Anastácia já havia encerrado o seu casamento com Venâncio, há duas viradas de calendário. Foi quando Luiz Gonzaga a convidou para uma turnê pela terra deles. Levou junto, também, o sanfoneiro Dominguinhos e, logo. este iniciou um romance com a cantora, relacionamento que durou, de 1968 a 1980. Terminado o giro nordestino, ela gravou, em São Paulo, o único LP produzido por Luis Gonzaga – Canto do Sabiá.

Embora fosse forrozeira, Anastácia tornou-se compositora versátil e produziu canções de várias vertentes, das quais um samba gravado por Noite Ilustrada e boleros por Waldick Soriano, Edith Veiga, Cláudia Barroso e Ângela Maria. Uma de suas maiores contribuições à musica popular brasileira foi incentivar o lado cantor-compositor de Dominguinhos, que resistia àquilo. Com aquela força, ele caiu nas graças da intelectualidade brasileira, via Gilberto Gil, que fez tremendo sucesso, após voltar do exílio na Inglaterra, gravando “Eu só quero um xodó”. Esta, composta por Dominguinhos e Anastácia, além de Gil, já teve mais de 400 gravações no Brasil e no exterior. Anastácia, aos 83 de idade, hoje, ainda não tirou a voz do microfome – que saúde, na cuca e no gogó!             

    

                                       Publicado no Jornal de Brasília de 28.11.2023
          https://jornaldebrasilia.com.br/entretenimento/musica/a-rainha-do-forro/

              

               

domingo, 26 de novembro de 2023

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - RAQUEL WELCH. MUITO BELA MUITO ANTES DE CRISTO

 Nem só por beleza nas telas dos cinemas desfila uma mulher. Caso da atriz Raquel Welch que, quando garota, era a mascote do time das menias do basquetebol da sua escola. Aqui, ele tira um dia de folga para relembrar dos seus tempos desportivos, como a revistra semanária carioca Manchete captou o lance. Filha do boliviano Armando Carlos Tejada Urquizo (com Josephine Sarah Hall), a belíssima morena Raquel Welch  foi registrada por Jo Raquel Tejada, nascida em Chicago-USA. Prima de Lídia Gueiler Tejhda, a primeria mulher presidente da Bolívia, a atriz norte-americana  viveu por 82 viradas de calendário, entre 5 de setembro de 1940 a 15 de fevereiro deste 2023, tendo tornano-se 'sex symbol' da década-1960, a partir de quando estrelou o filme 'Mil Séculos Antes de Cristo'.
Fotos divulgaçáo do filme "One million years B.C."


                                                     


 Jo Raquel Tejada em 5 de setembro de 1940, em ChicagoIllinois. Ela foi a primeira filha de Armando Carlos Tejada Urquizo e Josephine Sarah Hall.[8][9] E


domingo, 29 de outubro de 2023

O DOMINGO E DIA DE MULHER BONITA - A BOLA E A FERA DAS TELAS EM PALCO VERDEJANTE

 Eata é uma das tradicionais fotos promocionais de eventos, tipo "pra que lado eu chuto". Mordendo a língua, se sem jeito de futebolar, e arrumando a saia pra não errar o alvo, a loiraça Norma Jean, mais conhecida por Marilyn Monroe, foi uma das mais famosas atrizes do cinema norte-amercano do Século 20. Símbolo sexual de forma voluptuosas, viveu entre 1º de junho de 1926 a 5 de agosto de 1962. Por ali, deve ter ficado sabendo que futebol se jogava com uma peltota arredondada. Bem capaz!

domingo, 22 de outubro de 2023

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - AÍDA

Um exemplo de mulher. É o mínimo que se pode dizer de uma atleta carregadora de muitas glórias para São Januário: Aida Menezes dos Santos. Nascida em 1º de março de 1937, no bairro de Icaraí, em Niteroi-RJ, é o maior nome feminino do atletismo cruzmaltino. Assim como a nadadora Maria Lenk fora, em 1932, a única mulher da delegação brasileira nos Jogos Olímpicos, ela repetiu o feito, em 1964, em Tóquio, no Japão. Competiu no salto em altura, sem nenhum apoio – em 1968, nos Jogos da Cidade do México, obteve a 20ª colocação no pentatlon. Por tudo o que fez, recebeu, em 2006, o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, do Prêmio Brasil Olímpico, e, em 2009, o Diploma Mundial Mulher e Esporte, uma premiação especial do Comitê Olímpico Internacional.

                              Reprodução de Observatório da Discriminação Racial

Aída estudava na Escola Estadual Aurelino Leal, em Niterói. Em 1958, tinha 19 anos, corpo esguio e jogava vôlei e basquetes. Certa vez, uma amiga, que voltaria para casa de bicicleta, propôs-lhe trocar uma carona, do estádio Caio Martins, até a sua casa, em troca da sua participação no treino da equipe de atletismo. Para na voltar a pé, topou. Resultado: logo saltava 1m45cm de altura, igualando o recorde brasileiro. O problema, depois, chamava-se seu pai, que não via sentido na pratica esportiva sem retorno financeiro. Por isso, Aída fez as primeiras provas ás escondidas e foi descoberta, por acaso.  Até apanhou, por insistir com aquilo. Mas não desistiu e entrou para a equipe do Vasco da Gama.

FANTÁSTICA -  A história da participação de Aída nos Jogos de Tóquio é inacreditável. Detentora do índice de 1m65cm, sem treinador e nem material adequado à competição, ela encarou adversárias assistidas por psicólogos, treinadores e fisioterapeutas. Para desestimular mais, o seu almoço havia sido apenas chuchu com camarão, e chegara à pista usando sapatilhas para provas de velocidade (sem pregos). Pior? Durante as eliminatórias, torceu um dos pés. Fera que era, no entanto, foi em frente e saltou 1m70cm, classificando-se para as finais. Superou a dor e cravar 1m74cm. Se subisse mais dois centímetros, traria a medalha de bronze. Quando nada, foi a primeira vez  que uma brasileira se aproximou do pódio olímpico, com a melhor classificação olímpica feminino do atletismo brasileira em todos os tempos.

                                      Reprdução de www.primeiros.negros.com

Disputante, também, de provas nos 100 metros rasos e no lançamento do dardo, Aída teve entre as suas principais medalhas, dois bronzes pan-americanos: no pentatlo dos Jogos canadenses de Winnipeg-1967 e dos colombianos de Calí-1971. Na sua especialidade, o salto em altura, foi campeã estadual, brasileira, sul-americana e pan-americana. Depois do Vasco, ainda defendeu o Botafogo. Chegou a decacampeã carioca, sendo que os dois primeiros títulos foram com a jaqueta cruzmaltina. 

domingo, 15 de outubro de 2023

O DOMINGO É UMA MULEHR BONITA - AS SOCIALITES ANOS DOURADOS CARIOCAS

 A década-1950 trouxe para o Brasil  do pós II Guerra Mundial (1942 a 1945) ideias como a mulher também chefiar a família. Mas não mexia no moral sexual. Por ali, o trabalho dela tornava-se cada vez mais comum, embora persistissem muitos velhos preconceitos.

Reprodução de Facebook - agradecimento 
Nos chamados anos dourados brasileiros da década-1950, mesmo com a emancipação feminina pedindo passagem, matrimônio, maternidade e dedicação ao lar seguiam sendo exigências indispensáveis às mulheres.
 Não era fácil derrubar aquele terrível triângulo ideológico, principalmente porque a lei brazuca era muito machista. Por exemplo, enquanto ele poderia ter aventuras extraconjugais, que eram consideradas “traços da natureza masculina”,  tal comportamento partindo delas, nem pensar.
Uma esposa de tempinho antes deveria manter-se com a elegância de solteira e evitar o trabalho fora de casa, "para não se masculinizar", ser vista por levianas e cair na boca do povo. 
As que se comportavam como moças de família, não usavam roupas sensuais e evitavam ficar a sós com namorados no escuro, tinham mais chance de fazer bom casamento. 
Mulheres na década dourada, ao tornarem-se vanguardistas, sinalizaram que já não era mais possível segurá-las tanto. Não seria possível negar  a força de personagem como Adalgisa Colombo,  Miss Brasil 1958, uma das que modernizaram o comportamento feminino brasileiro.
 Outras figuras saltavam de páginas literárias e das pautas musicais,  brigando pelo direito ao reconhecimento da identidade que se construía. Crescendo a participação feminina no mercado de trabalho, a nova mulher brazuca ocupava espaços no comércio, serviços públicos, em funções como enfermeirss, professoras, médicas, assistentes sociais, vendedoras e onde mais pudessem pintar.
 No entanto, não era só a mulher chegar e encontrar a vaga de trabalho à sua disposição. Exigia-se dela melhor qualificação, o que demandou maior escolaridade e, por conseguinte, mudanças no status social dela.
década dourada marcou, também, o brilho de muitas socialites, principalmente, no Rio de Janeiro, casos de Carmen Mayrink Veiga, Lourdes Catão e de Tereza Sousa Campos, citando só  três. 

1 - Paulista, de Pirajuí, nascida em 24 de abril de 1929, Carmen Therezinha Solbiati Mayrink Veiga saiu (03.12.2017) desta vida com a fama  de aristocrata de grande projeção na moda e no jet-set internacional. Vista como uma das mulheres mais elegantes e bem-vestidas do planeta.
Filha de Maria de Lourdes de Lacerda Guimarães e Enéas Solbiati, ela foi neta, pelo lado materno, do Barão de Arari e sobrinha-neta do Barão de Araras. Seu pai era rico produtor de café e financista, e foi, também, cônsul honorário do Brasil na Itália.
Desde adolescente, Carmem frequentava  desfiles da alta costura francesa. Despertou a atenção de revistas como a Paris Match, quando casou-se (25.06.1956), com o empresário Antônio (Tony) Alfredo Mayrink Veiga, herdeiro de fortuna multimilionária - tiveram os filhos Antenor e Tereza Antônia.
 O casal, Tony e Carmen foi considerado pelo escritor Truman Capote, para a revista Vogue dos Estados Unidos, a dupla mais chique do Cone Sul. Tão verdade que Carmen fez parte das listas das mulheres mais elegantes do Brasil e do mundo.  Entrou para o Rol da Fama da edição norte-americana da Vanity Fair. Por sinal, ela foi a única pessoa a ser três vezes capa de uma outra publicação norte-americana, a Town&Country.
Carmem foi, aida, a única brasileira citada na biografia oficial do costureiro francês Yves Saint Laurent, que elegeu um vestido shocking pink, feito para ela, como o seu preferido. A atriz norte-americana Rita Hayworth foi outra figura famosa a citá-la em sua biografia. Mais? Carmem foi a mulher que mais voou no avião mais rápido do mundo, o Concorde. Em março de 1997, a revista Vogue Brasil dedicou à ela toda uma edição. (N.º 232).
Carmem escreveu o livro ABC de Carmen (1997), para a Editora Globo, abordando etiqueta e  estilo pessoal. Foi convidada para atualizar e comentar, para a América do Sul, o O Livro Completo de Etiqueta de Amy Vanderbilt, no Brasil, da Editora Nova Fronteira. E assinou coluna semanal no jornal O Dia (RJ) e mensal na revista Quem, da Editora Globo. Pela década-1990, apresentou quadro sobre etiqueta no Programa de Domingo, da TV Manchete.

2 - Carioca, nascida em 12 de março de 1927, Lourdes Catão casou-se, aos 18 de idade, com o empresário e político catarinense Álvaro Luís Bocaiuva Catão. Teve três filhos, divorciou-se (1972) e, depois, viveu com o francês Gaubin-Daudé, em Nova York, e Paris.
 Nos EUA, durante 25 temporadas, ela foi decoradora de apartamento e de casas de campo. Pelo início da década-2000, voltou a viver no Rio do Janeiro onde, a partir de 2008, tornou-se curadora do livro Sociedade brasileira, espécie de guia aristocrático da alta sociedade carioca.
Em 2001, Lourdes protagonizou um grande escândalo. Seu primeiro rebento, Álvaro Luiz Bocayuva Catão, revelou ser filho do tio Francisco João Bocayuva Catão, o que ela confirmou. Mas a mulher de Francisco (Ângela Catão) negou o pedido de exame de DNA.

3 - Grande amiga de Lourdes Catão era Tereza de Souza Campos (mais tarde, de Orleans e Bragança). Primeiramente, ela foi casada com Didu Souza Campos, funcionário do Banco do Brasil e de quem separou-se, na década-1970. 
Didu viveu por 71 temporadas, partindo deste mudo, em 1986. Em 1990, Tereza casou-se com o príncipe Dom João de Orleans e Bragança, e enviuvou-se, novamente, em 2005.
Tereza foi parte da alta society desde jovem. Quando desposou o Didu, as colunas sociais  chamavam a dupla por Casal 20, em alusão a um par jovem e bonito de uma série televisiva norte-americana, de grande sucesso no Brasil.
 As noites cariocas da casa deles, em Copacabana, eram granfinérrimas, um sonho para os vips. Um dos participantes foi o príncipe Ali Khan. 
                       Didu e Tereza reproduzidos da revista O Cruzeiro 

terça-feira, 10 de outubro de 2023

LÚCIA HELENA, A DONA DA SELVA

Procuradora Federal foi primeira autoridade brasileira ameaçada de levar bala na testa

 Quando era uma adolescente, com seus 15 na idade, Lúcia Helena vivia enchendo o saco do pai – fazendeiro e titular do cartório de registros de imóveis de Campina Verde, no chamado Pontal do Triângulo Mineiro -, para aprender o ofício. Terminou dobrando o homem e gostado tanto daquilo que, tempos depois, já estava estudando Direito na capital. Tornou-se a melhor aluna de sua turma e levou um professor francês - convidado da Universidade Federal de Minas Gerais - a arrumar-lhe uma bolsa de estudos para concluir na entidade a qual ele era ligado, em Paris. Ela foi e, além da escola da capital francesa, estudou também, em Lyon.

  De volta às Mina Gerais, amiga íntima das leis do Direito Internacional, Lúcia estudou mais e especializou-se em Direito Trabalhista. E tornou-se inimiga dos patrões, pois não admitia vê-los querendo passar pobres trabalhadores pra trás. “Havia gente que ia para a audiência com os pés descalços, pois não tinha dinheiro pra comprar sapato”, lembra. E, de tanto ódio aos patrões e para não mais vê-los, inscreveu-se e foi aprovada em concurso para Procurador Federal. Beleza! Só que, em vez de enfrentar patrões que queriam roubar  “dessapatados”, ela pegou pela frente barra muito mais pesada.

 Lúcia já servia ao Estado trabalhando em Brasília, quando o seu chefe chamou-lhe para indagar se ele teria coragem de resolver problemas para o INCRA–Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, no violento Pará. Não só topou, como respondeu o que, hoje, a rapaziada falarua: “Fui!” – e foi. Antes de ir, a imprensa divulgou por lá a missão dela e, ao desembarcar no aeroporto de Belém, foi cercada por homens armados. “Nunca imaginei ser recebida por um comitê de recepção daqueles”, conta a destemida ex-procuradora, que mede 1m54cm de altura.

 Malmente começou a trabalhar no Pará, Lúcia ganhou um título: primeira brasileira ameaçada de morte por combater ilegalidades com terras no pais. Resultado: quando precisou atravessar rios e igarapés para visitar áreas com propriedade contestadas pelo INCRA, entrou em uma canoa com um homem na frente e um outro atrás dela, armados com metralhadoras, para protegê-la - não lhe era mais novidade. Lá pelo meio de um travessia, ela indagou aos proliciais se seria mesmo preciso metralhadoras naquele périplo. E ouviu de um dos policiais: “A senhora acha que é a rainha da selva, que nada pode lhe acontecer? Se a senhora já foi ameaçada de morte, não duvide se for recebida com balas numa curva do rio” – felizmente, não foi.

 Lúcia Helena voltou a Brasília – “vivinha da Silva” - trazendo em seu relatório provas inequívocas de tremendas corrupções cartoriais. “Estrangeiros, principalmente, compravam a alma deles (agentes cartoriais) à base de dólares”, afirmou ela, que rodou o país, durante a década-1960, exibindo a raça e a coragem de uma Procuradora Federal, hoje, aos 83 de idade e que, ainda, dirige o seu automóvel.

 Mas nem só de leis viveu (e ainda vive) Lúcia Helena. Também, era (ainda é) apaixonada pela culinária, desde garotinha, quando queimou um dos braços, mexendo num fogão de lenha da fazenda do seu pai. Quando estudava em Paris e tinha folga nos estudos, viajava pela Europa e África para conhecer in loco como se preparava pratos que lhe deixaram curiosos. Hoje, tem quatro gavetas cheias de cadernos com receitas do mundo que conheceu. Quase que diariamente está copiando uma delas para as amigas. “Quado eu estava de partida para estudar (Direito) na capital (mineira) um fazendeiro amigo do meu pai disse-me que ‘eu estava inventando moda para escapar do tacho’, pois não concebia a mulher sem ser tomando conta da cozinha. Não sabia ele que eu, um dia, escaparia do Direito, nunca do tacho”, brinca ela que ofereceu ao repórter receita de doce considerado francês, mas que ela descobriu ser de Angola, e não levava leite, lembra ela, uma Procuradora imune a balas, bandidos e dólares ilegais - que legal!  

 

       

domingo, 1 de outubro de 2023

sexta-feira, 29 de setembro de 2023

QUE GOSTOSONA ERA (E AINDA É) PINDORAMA!

  

Neste desenho publicado pela revista carioca Esporte Ilustrado temos a alegria da portuguesSda ao chegar ao Brasil e se deparar  com a mulher "bonita e gostosa" em seu periscópio.  Afinal, depois de tantos dias no mar, sem ver dois belos pares de tilápias, ninguém é de vinil, para fugir do mais do que gasto ninguém é de ferroComo, na gloriosa década-1950 em que esta criação saiu do lápis os balões  dos quadrinhos eram preenchidos por roteiristas que só pensavam naquilo, fica a ideia de que a bonita e gostosa seja a "terra brasilis", em cima da qual a portugada se deu muito bem, por mais de três séculos. Como este desenho é raríssimo de encontrar, possivelmente, só na Biblioteca Nacional, no Rio de Janeiro, o Kike vai enviá- lo aos Estados Unidos, onde está residindo e estudando o artista multimídia Renato Aparecida, para ele recuperá-lo oferecer-lhe, leitor, uma imagem  perfeita desse lance, que não deixa de estar associado, também, ao Club de Regatas Vasco da Gama, como implicita a Cruz de Cristo na vela do barco. Para o nosso constultor Mauro Prais, a charge é de 1947 a 1949.

domingo, 24 de setembro de 2023

O DOMINGO É UMA MULHER BONITA - SE UMA JÁ É BONÍSSIMO, IMAGINE DUAS MISS BRASIL

As Miss Brasil-2000,belas Josiane Kruliskoski (MT) e Daniele Moraes (MG)
  Em 1954, durante o primeiro concurso Miss Brasil desses tempos pós-modernos, a baiana loira (natural) Martha Rocha incendiou a plateia do Hotel Quitandinha, em Petrópolis-RJ, e foi coroada a mais bela brazuca.

Dona de bem medidos  1m70cm de altura; 94cm de busto; 60cm de cintura e 100cm de quadril, teriam lhe sobraram duas polegadas a mais na cintura para ser Miss Universo, lenda inventada por um repórter da revista O Cruzeiro, para aplacar a grande decepção nacional – e sacanagem do júri que elegeu a representante dos Estados Unidos.
Chegado ao Século 21, o Brasil achou que uma Miss Brasil era pouco e elegeu duas, pela 46ª vez em que se procurava a mais + mais das elas elas. No espaço Scala do Rio de Janeiro, o cetro da promoção por Boanerges Gaeta Júnior foi para a representante de Mato Grosso, Josiane Oderdengen Kruliskoski, enquanto o do concurso promovida por Danilo D´Ávila, no Hotel Nacional de Brasília, ficou com a mineira Daniele Moraes Pinto.    
Josiane Oderdengen Kruliskoski, paranaense de Catanduvas – 13 de maio de 1980 –, embora não tivesse nascido em Mato Grosso, vivia por lá, desde os cinco de idade, primeiramente, em  Terra Nova do Norte, onde, menininha, vendia doces pelas ruas. Depois, foi para Sinop, por ter conseguido uma bolsa de estudos.
Crescendo e encantando, a beleza da Jose (para as colegas de escola) chamava a atenção dos munícipes e resultou em títulos - Rainha da Exponop (Exposição de Sinop) e Garota Empresarial, e convite para madrinhar o Sinop Futebol Clube. Afinal, ela era do ramo - disputou cinco campeonatos brasileiros pela seleção mato-grossense de voleibol, atividade que agradava muito ao pai ( mecânico da Prefeitura de Sinop) e à mãe que só cuidava da casa.
Boanerges Gaeta entre  Josiane e Francine Eickenberg (SC) 
Graduada em Ciências Contábeis, pela Universidade do Estado de Mato Grosso, Josiane representou o Brasil no Miss Universo, em Nicósia, no Chipre, mas não lhe chamaram para a escolha final. Medindo 1m78cm de altura; 91 cm, de busto; 66cm de cintura e 94 cm de quadril, mesmo com tudo aquilo, ela só planejava ser professora de línguas. Jamais pensara ser eleita a mulher mais bela destas plagas.
De sua parte, a mineira Daniele Moraes Pinto pensava. Também filha de uma só dona de casa, ela vivera durante por 18 temporadas, em Guarani, perto de Juiz de Fora, sonhando com a coroa de mais bela brasileira.  E o sonho virou realidade, durante noite de quarta-feira, no Hotel Nacional, em Brasília, casa que hospedara reis, rainhas e chefes de estado.
Daniele exibiu, na passarela, 1m72cm de altura; 85cm de busto; 65cm de cintura e 90 cm de quadril. Em três minutos, após ser anunciada Miss Brasil-2000, as suas lágrimas desmancharam toda a maquiagem que levara três horas para ficar pronta.
O concurso que elegeu Joseane dava continuidade ao Miss Brasil oficial, segundo o empresário Boanerges Gaeta Júnior, que o organizava, desde 1994, definindo uma brazuca ao Miss Universo. 
Com o mesmo título de Miss Brasil, a disputa promovida por Danilo d'Ávila – participou da organização do Miss Brasil mais antigo - surgiu, em 1992, com a lei da  disputa tradicional. Diferença: vencedora disputando o Miss Globo Internacional.
Nessa briga pelo sucesso, afirma Gaeta que nenhum dos concursos pode registrar a marca Miss Brasil para obter exclusividade – enquanto eles brigam, a gente aplaude a beleza da mulher brasileira.

sábado, 9 de setembro de 2023

A GAROTA DO PLACAR - BELA ROQUEIRA

A Garota do Placar foi uma sessão mantida pela revista paulistana da Editora Abril, que assanhava a galera durante as décadas-1980/90. Exibia as gatinhas da hora. Esta, por exemplo, foi uma delas, a carioca Doni Lopes, que encantou a rapaziada pelo Nº 1028, de 25 de fevereiro de 1990. Conta a edição que a menina era nadadora, mas trocara as braçadas aquáticas pela música, tornando-se tecladista de banda roqueira Zeus. Com certeza, este deus teve mais força do que Poseidon, o Deus da Águas. Confere!    

quinta-feira, 7 de setembro de 2023

MULHERES (DE ATENAS) DA PARAÍBA - GRAÇA E ORGULHO DA RAÇA QUE ENCARA CALAMIDADE

 Nono Estado mais pobre do país - à frente de Alagoas, Piuaí, Rondônia, Sergipe, Tocantins, Amapá, Acre) e Roraima -, de acordo com o último levantantamento do IBGE-Instituto Brasileiro Geográfico e Estatístico – o território paraíbano tem 54,6% da sua população vivendo em situação de pobreza. Dos R$ 8,7 trilhões de reais produzidos pela riqueza nacional apurda pelo último censo – o resultado de de 20022 ainda não foi divulgado - , os paraibanos entraram só com R$ 68 bilhões.

 Mas esse pouco não é só de agora. Ao longo da história política brasileira, os paraíbanos estiveram, sempre, entre os menos favorecidos. Mas não deixaram de formar elite rural,  a cargo dos ricos que apoiavam o Império dos Orleans e Bragança, desde que D. Pedro I lhes garantisse a posse da terra e a mão de obra escrava - com o que não alinharam Pará, Maranhão, Piauí, Bahia e a Provincia Cisplatina (hoje, Uruguai), quando o país tornou-se independente de Portugal.


Ana Alice Almeida, uma santa para as camadas mais pobres do povo paraibano

 A elite rural paraibana, no entanto, não via o mundo só por olhos que se limitavam às suas cercas, embora, até 1784, ela fosse repressora, de maneira que, para uma esposa visitar uma amiga, teria de pedir autorização ao marido. Autorizadas, vestiam-se à francesa, exagerando nos babados que lhes desciam à cintura. Não dispensavam chapéus com plumas e nem saias com molas de aço. Suas roupas não deixavam os pés à mostra, pois mostrá-los seria vergonhoso para maridos ricos ques mandavam empregados carregarem-nas em redes, para não serem vistas, publicamente. Chegadas ao destino, sentavam em tapetes nas salas das mulheres – havia, também, a sala dos homens - e assim se comportarem até 1852, quando ainda lhes eras negado reclamar, protestar, xingar, ou mesmo pensar, ler e escrever. Direitos só de rezar e cozinhar.

Mesmo presas a tais amarras sociais, mulheres da elite paraibana tiveram educação esmerada, sobretudo as do século 19, quando as suas ricas famílias de fazendeiros as encaminhavam para estudar na Europa, de onde voltavam poliglotas, dominando algum instrumento musical e deixando incrédulos entendidos em peças dos grandes mestres. Muitas das invejáveis mulheres paraibanas tornaram-se “primeiras-dama “e tiveram papel social relavante durante os governos dos maridos.

 Entre tantas dessas mulheres, não se pode esquecer de Amélia Machado Coelho da Costa, dedicada à caridade e aos estudos da música e da numismática; Amanda Brancante Machado, exímia pianista que tocava Abdon Milanez e Carlos Gomes à perfeição; Maria Isabel Fogueira Machado, que estudou na Alemanha e falava, fluentemente, além do alemão, o francês, e era, também, exímia pianista, perfeita executante de Carlos Gomes e de Artur Napoleão; Alice de Almeida Carneiro, que vivia com o povo, criando maternidades, hospitais, apoiando a mãe pobre e instituíndo a merenda escolar nas escolas primárias; Ana Alice de Melo Almeida, que desenvolveu programas sociais de gande dimensão dentro da LBA-Legião Brasileira de Assistência, tendo por isso sido adorada pelas camadas mais pobres da população paraibana a quem entregou hospitais, creches, casas de apoio à criança e, também, por atuar no enfrentamento às calamidades públicas; Sílvia Tinoco Marques Godim, que cursou mestrado na Inglaterra para trabalhar no Departamento de Letras da Universidade Federal da Paraíba, além de evitar, na LBA, fazer política paliativa de caridade. 

Judith Carauzzo. a guerreira que trocou a praia carioca pelas agruras do sertão 

Foram brilhantes, tambem,  Berenice Coutinho, Mirtes Sobreira, Lourdes Cavcalcanti, Lucia Navarro, Miriam Cabral e Maria Luiza Targino, damas de fino trato e devotado amor pela causa social. Duas outras destascadas primeiras-damas  foram cariocas, pois era comum parlamentares paraibanos (do Império e da República) casarem-se com moças de famílias do Rio de Janeiro, casos, por exemplo, de Mary Pessoa e de  Judith Caruzo Gomes, que vestiram a camisa da Paraíba e prestaram grandes serviços sociais ao seu povo. 

Judith Caruzzo foi o que se pode chamar de a "Anita “Garibaldi paraíbana".  Sempre ao lado do marido, como as mulhers de Atenas, ao casasr-se com o médico e futuro governador paraibano José Gomes da Silva, ela trocou a praia e todas as festividades do Rio de Juaneiro para, em 1930, lutar ao lado do marido-chefe político de Itaporanga, contra a temível coluna do coronel José Pereira Lima, rebelado ccontra o governo estadual. O Gomes da Silva, que ainda não era o líoder estadual, mas apoiador do governador  João Pessoa, levantou o seu povo em armas e sustentou luta, de cinco horas, até expulsar os rebeldes. Judith foi para o front da batalha levar alimentação aos que lutavam e, ainda, atuouo como enfermeira. Foi guerreira,  também,  em 1932, lutando contra terrível estiagem que assolou a Paraíba, não se intimidando contra as agruras do tempo para minorar o sofrimento dos flagelados.

Glauce Burity, intelectual que mostrou-se muito corajosa social 

Mais recentemente, uma outra brilhante “primeira dama” paraibana foi Glauce Burity, fazedora de grandes trabalhos sociais e sempre dizendo que "não lutava pelos menos favorecidos por piedade, mas porque era preciso combater tudo o que fazia o país dormir na pobreza". Intelectual respeitada, produziu vários trabalhos sociológicos elogiados, entre eles sobre a mulher na obra sociológica de Gilberto Freyre; a presença dos franceses na Paraíba e o menor no trabalho na Paraíba. Criou a Campanha de Assistência ao Menor Carente e não deixou que esta tomasse sentido assistencialista. Também, cursou mestrado em História e aprimorou-se em língua francesa, em Genebra, na Suiça, quando por lá morou e o marido fazia aprimoramento em Medicina.

 Estado pobre, no entanto, a Paraíba jamais teve “primeiras damas” dondocas, barbies e nem deslumbradas que corriam para pósasr em fotos ao lado do cantor brega espanhol Julio Iglesias. Também, nuca foram “eminência parda” de governos dos maridos, como uma que desagradava a todo o regime militar e, pra piorar, obrigou um general-presidente a lançar o odiadíssimo Paulo Maluf na política – viva as mulheres da Paraíba!   

1 - FOTOS REPRODUZIDAS DE LIVRO LANÇADO PELO CENTRO GRÁFICO DO SENADO

2 - Este texto foi publicado, também, pelo Jornal de Brasília. Link abaixo: 

https://jornaldebrasilia.com.br/noticias/politica-e-poder/mulheres-de-atenas-da-paraiba/