domingo, 24 de dezembro de 2023

AS BELÍSSIMAS "VIDEOMOÇAS" DA BAHIA

 O termo garota-propaganda surgiu com a chegada da televisão no Brasil, em 1950. Para vender produtos, era preciso de gente charmosa, indiscutivelmente, bela, fotogênica e com boa dicção, exibindo roupas, sapatos, chapéus, produtos de beleza e de higiene, enfim tudo o que, principalmente, as mulheres compravam.

  Tem-se Cassiano Gabus Mendes como o criador do termo, usado, pioneiristicamente, por Rosa Maria, belíssima morena que anunciava uma loja de artigos femininos, a Marcel Modas, de São Paulo. No Rio de Janeiro, a pioneira foi Neide Aprecida, anunciando a máquina de levar roupas Tonelux. Pelo final da década-1950, vieram Odete Lara e Norma Bengell, que se tornram atrizes de scesso do cinema nacional.    

                                 Laura Lacerda e seu penteado "sete andares"

Na Bahia, a primeira telinha inaugurada - 19 de novembro de 1960 -  foi a  da TV Itapoan. Por lá, as garotas-propaganda eram chamadas por “videomoças” e, duas delas fizeram grande sucesso, Laura Lacerda e Maria Caldas. A primeira tinha mais empatia com o público, que adorava o seu penteado apelidado por “sete andares”. Sempre muito bem vestida, na última moda, exibia dicção perfeita e jeitinho doce anunciando vitrolas, geladeiras, fogões, móveis, colchões, saídas de praia, etc. Por sinal, já rolando o início da década-1970, ela fez a sua propaganda mais famosa: estendia uma toalha, na praia do Porto da Barra, e mandava o recado, diante da curiosidade geral do povão. Sucessaço, avançado para a época. Sobre Maria Caldas, vamos passa o parágrafo abaixo.   

                                              Reprodução da revista Intervalo

Menina do interior - nascida em Ubaíra-BA – ela estudara em um convento e se achava gorda, feia e retraída. Mesmo assim, aos 17 de idade, teve convite para participar do primeiro filme feito na Bahia – Redenção -, dirigido por Roberto Pires, em 1959. Com aquilo, sobraram-lhe convites para ser modelo, mas ela preferiu ir pra São Paulo, onde trabalhou em uma concessionária de automóveis. De volta a Salvador, arrumou emprego em uma loja de discos, onde Oscar Santana e Hélio Lima entraram e acharam-na muito bonita. De repente, estava ela anunciado produtos na TV, recém inaugurada. 

Maria Caldas e Laura Lacerdas tornaram-se inesquecíceis entre as primeiras “videomoças” da Bahia.

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