domingo, 26 de junho de 2022

NATHÁLA, A "FESSORA" DE CORPO SARADÃO

 

Quem te viu, quem te vê! Esta é uma antiga "frase feita" que "cai, como uma luva" (vamos registrar a originalidade) na história de Nathália Tomazetti. Quando era uma "teenager", a rapaziada virava a cara quado ela pintava. "Ih! Lá vem passa-fome". E não era pra menos. Aos 17 de idade, a balança só registrava 43 quilinhos em sua conta. Que horror!  Não dava mesmo pra competir com as colegas. Então, os paqueradores partiam pra cima das amigas dela. Nathália era o "patinho feito" turma.
Pois bom, meu rei, como diriam os baianos: um dia Nathália cansou-se de ficar sendo olhada pelo retrovisor do carro dos namorados das amigas. Em 2010, passou a fazer musculação e foi parar na capa desta revista. Você já viu mulher feia estampando primeira página de jornal, ou de revista? Até de almanaque? Só se for em caso de crime que abala o Céu, ou se quebrar a baca do "Jogo do Bicho".  
Além de passar a parar transeuntes em avenidas, Nathália venceu o Concurso Garota Fitness-2013, disputa programada para distinguir um corpo delineado, sem exageros, padrão que não se encaixava nas avaliações das academias de fisiculturismo e nem em padrões de modelos fotográficos e de concursos de misses. 
Para ser "Garota Fitness", Nathália fazia refeições, de 3 e 3 horas, com baixa taxa de carboidratos, consumo mais de proteínas e deu um "chega pra lá" em sal, açúcar, gorduras ruins, frituras e leite integral.
Taí a receita para ficar bela e forte, da "fessora" - como falam as crianças dos primeiros tempos escolares. Bom domingo, moçada! 

Fotos reproduzidas da revista MF- Músculo + Força. Agradecimento deste blog, que não é comercial, mas só de divulgação esportiva, histórica  e cultural.

domingo, 19 de junho de 2022

A GAROTA QUE DESISTIU DE DESISTIR

  Conta a história dos primórdios do futebol no Brasil, quando a modalidade era coisa de elite, que as lindas moças casadoiras das boas famílias cariocas iam aos “matches” levando lencinhos que os torciam à media em que as coisas se complicavam para os seus irmãos, primos, namorados ou noivos dentro do gramado. E não iam além disso.

 Hoje, as mulheres vivem o esporte sendo, gandulas, médicas, nutricionistas, psicólogas, preparadoras físicas, dirigentes, atletas, o que pintar. Neste último caso, tivemos Patrícia Amorim, uma antiga nadadora que chegou a presidente do clube mais popular do Brasil e o de maior torcida mundial, o Flamengo, e Marlene Matheus, eleita para o topo do também clube de maior torcida em seu Estado, o Corithians, de São Paulo. Na segunda metade da década-1950, Dulce Rosalinda tornou-se a primeira delas a chefiar uma torcida predominantemente masculina, a do Vasco da Gama. E, por aí, vai.
AS MULHERES SÃO, também, participantes de grandes catimbas desportivas. Uma delas, durante um prélio dos inícios do futebol carioca, tentou promover a primeira propina a um atleta. A apareceu atrás da linha de fundo e prometeu ao goleiro dar-lhe um beijo, caso ele facilitasse a vitória do time dela.
Em Santa Catarina, rolou o primeiro golpe em concursos de beleza no cenário desportivo nacional. Aconteceu em Itajaí, cidade costeira do Atlântico sul brasileiro e que serviu de porta de entrada para o imigrante eurpeu no Século XIX.
Por lá, durante o primeiro trimestre de 1919, a cidade tinha de pouco mais de 5 mil habitantes e o Clube Náutico Marcílio Dias, reunindo a sua elite política e cultural. A treita foi revelada para leitores da atualidade pelo pesquisador Francisco Alfredo Bran Neto, ao vasculhar as empoeiradas coleções dos jornais “O Commercio” e “O Pharol”.

PELAS RESPECTIVAS EDIÇÕES anuciou-se a escolha de duas madrinhas para embarcações de remo, o que um outro jornal – “A União” – chamou de “yoles”. A senhorita Laura Andrade fora eleita para madrinhar uma delas, enquanto, na outra votação, ficaram igualadas as candidatas Marietta Demoro e Virgínia Fontes, que abriu mão da glória, “para preservar a amizade entre os associados”. Pouco depois, Marietta fez o mesmo.

Diante do impasse, a diretoria marciliense marcou uma nova sessão eleitoral, tentando eleger uma terceira jovem. Foi quando Marietta desistiu de desitir e mandou tocar o rebu. Ficou com o “cargo” e provocou a ira de quem não gostara da sua reconsideração. Estes abandonaram a associação e fundaram, em 11 de maio de 1919, o Clube Náutico Almirante Barroso, que foi um ferrenho rival do Marcílio, no futebol, até fechar o seu departamento da modalidade, na década-1970 – Marietta arrumou bagunça no remo e a catimba foi parar nos gamados!    

OBS: 1 - Marcílo Dias foi um soldado gaúcho considerado herói durante a Guerra da Tríplice Aliança – Argentina, Brasil e Uruguai x Paraguai. 2 – O Almirante Barroso era portugûes, integrou a marinha imnperial brasileira e levou-a à importante vitória na “Batalha de Riachuelo”, em 1865, reduzindo enormemente a capacidade guerreira paraguaia em águas fluviais.  

 

:



 

segunda-feira, 13 de junho de 2022

AS GAROTAS DAS CHARGES ESPORTIVAS

 

Manchete Esportiva
 As mais antigas revistas esportivas brasileiras, a partir dos inícios do século 20, já usavam a mulheres estrelando as suas charges. Esta, também chamada por cartum, é um desenho humorístico, normalmente, divulgado por jornais e revistas.
 Pela segunda metade do século 20, as mulheres foram muito lembradas nas páginas esportivas cariocas “Manchete Esportiva e “Revista do Esporte”, e da paulistana “Gazeta Esportiva”. 
Elas aparecem, sempre, em “causos” alegres, engraçados, mas, as vezes, em situações em que são “sexyzadas”, como mostram aqui dois traços de Fritz. Ele insinua ter o atacante trocado a cobrança do escanteio pela admiração das pernas da torcedora na arquibancada. A bola ficava lá no “corner”, esquecida, coberta por teias de aranha. Situação parecida ocorre com a mocinha que assiste luta de boxe.
Em um outro desenho, Fritz insinua que mulher de biquini na praia é capaz de fazer nadadores baterem recordes,  para chegarem o mais rápido possível onde elas mostram as suas estampas.
Em 1955, quando o torcedor ainda chorava mais uma escorregada do escrete brasileiro em uma Copa do Mundo, ninguém apostava que o time de 1958 pudesse criar uma nova história para a bola canarinha. 
No entanto, as a turma de Gilmar, Djalma Santos, Bellini, Orlando, Zito, Nílton Santos, Garrincha, Didi, Vavá, Pelé, Zagallo, Joel Martins, Dino Sani, Dida e Mazzola criou.
Revista do Esporte
Por aquela época, o Brasil contava cerca de 65 milhões de almas, das quais só 3% delas - dois milhões - tinham o privilégio de assistir lances dos gols marcados na Suécia, via telejornais cinematográficos e TV, uma semana depois do acontecido. A rapaziada que se virasse com a imaginação propulsionada pela narração dos  “speakers” esportivos das emissoras de rádio.
 Como o torcedor só contava com uma revista de circulação nacional, a “Manchete Esportiva” - do empresário Adolpho Bloch - o humor que viajava longe para divertir o desportista saía do traço de Fritz, abordando as mais diversas modalidades.
 A Copa do Mundo-1958 rendeu bons momentos a Fritz. Por sinal, à época da viagem da rapaziada, ele produziu uma charge em que era obrigado a embarcar no avião que levaria os nossos atletas ao Mundial. Riscava o retrato do descrédito da moçada, devido aos tropeços de 1950 e de 1954.
Gazeta Esportiva
 Pela “RevEsp”, as meninas ganharam muito espaço pelas penas traços de José Cunha Filho e de Jorge Bandão, aqui à sua lateral-direita. 
Eles ilustravam muitas notinhas com elas fazendo a galera sorrir. E quando surgiam chances, as sexyzavam, como no caso aqui mostrado e alusivo a uma miss.
De sua parte, a “GazEsp” trazia belas charges delas, principalmente, pelo risco de Domingo Pace, à sua lateral-esquerda. Veja esta, da de belíssimo mostruário, a dona da bola, esfumaçando o ambiente por um charuto, como era hábito dos cartolas de antigamente. Deixa as vistas tomando conta da situação no gramado.
Manchete Esportiva
Domingo Pace foi ilustrador da “GazEsp” e muito popular, também, graças aos desenhos satíricos publicados pelo jornal paulistano “Notícias Populares”.
 Ele publicou trabalhos, também, pela “Editora Noblet” e chegou a lançar uma revista própria, desfilando várias de suas criações. Entre elas, “Super”, um cracaço de futebol que dava o nome à revista.
Mulheres estrelaram e estrelam charges esportivas, mas não as desenham.
 Na verdade, este é um segmento bastante machista na imprensa brasileira. Sobretudo, em charges políticas.
 Muitos afirmam que elas não se interessam pelo tema, mas colegas homens de redações sabem que traçam situações com a mesma qualidade deles. Falta-lhes, seguramente, prestígio e visibilidade.
Entre as que exibem a sua opinião por charges políticas temos, entre outras, Thaïs Gualberto, Aline Zouvi, Carolina Ito.

domingo, 12 de junho de 2022

MÍSICA DO DIA 

https://www.youtube.com/watch?v=Xy6W--wnKZY


                                                                          

domingo, 5 de junho de 2022

BELAS DE REV ESPORTIVAS - ÁTILA & CARMEM


  Átila reinou no basquetebol carioca, com a sua beleza morena. Além de ser uma grande atleta, dona de uma técnica apurada, encantava a torcida, pelo seu charme. Havia torcedor que ia aos seus jogos sonhando em paquerá-la. Mas Atila namorava com o esporte. A ele dedicava todo o seu tempo. Por isso, era convocação certa quando se formava uma seleção brasileira de bola ao cesto.
Attila ruled in Rio's basketball, with its dark beautyBesides being a great athleteowns an impressive technique, charmed the crowd at his carioquíssmo charm. There were fans who went to their games dreaming of flirting with herBut Attila flirted with the sportThe he devoted all his timeSo it was right call when it formed a national team of basketball.

 Carmem, quando era uma menina muito levada,  bicicletava em disparada e patinava.  Pena que o “Jornal dos Sports” não promovessem ainda os Jogos Infantis. Poderia ganhar um monte de medalhas. 
 Quando, Carmem Sylvia de Sá Peixoto escolheu o arco e flecha e representour a sua faculdade de Direito nos Jogos da Primavera, uma outra promoção do “JS”.  Para ela, a sua modalidade era muito ingrata, pois, "se a mão tremesse, um pouquinho, a flecha desviaria a um quilômetro do alvo, e adeus vitória", queixava-se.
 Além de tentar acertar na mosca, Carmem Sylvia gostava de tocar violão. Fora disso, não passava sufoco por falta de empregada na cozinha. Ia pro fogão, na boa, para sorte dos dois irmãos, um médico e o outro advogado. 
 Mas do que ela gostava mesmo era de saborear o filé com batatas fritas preparado pela mãe.  
Enquanto era fotografada por Jankiel Gongarowski, para o Nº 54 de “Manchete Esportiva”  de 1º de dezembro de 1956, ela contou à repórter Meg que jamais entrava na sala de aula com o pé esquerdo. Por uma certeza: em dia de prova, se cruzasse com um gato preto, a nota serias baixa. No mais, tinha medo de ladrão. Mas quem lhe roubava (muito tempo) era o estudo.