domingo, 6 de dezembro de 2020

BELAS DA COPA E NEGRAS NO FUTBRAZA

  Em época de Copa do Mundo, além de futebol, rola um grande desfile de mulheres lindas, autênticas deusas d beleza. O Kike sentiu saudade dessas divindades e fez um passeio pelo túnel do tempo de 2018, desembarcando durante as disputas do Mundial da Rússia. E selecionou esta bela&bela pra você recordar - beleza em flash back!

Izabel Andrijanic, durante o Mundial Rússia-2018,, postou esta fo, pelo seu twitter, mostrando ser mulher de fazer os homens virarem o pescoço ( e, também, o copo) para vê-la passar. Estonteante! Formada em Economia, ela  é casada com o jogador Mateo Kovacic, nascido na Áustria e naturalizado croata. Começaram a namorar durante a adolescência, em 2010. Em território russo, - claro! - Izabel tornou-se musa da torcida do seu país, enquanto os marmanjos brigavam por conta de uma bola de couro - a humanidade não deu certo, convenhamos! 

Foto reproduzida do twitter de Andrijanic 


In times of the World Cup, besides football, there is a great parade of beautiful women, authentic goddesses of beauty. Kike missed these deities and took a tour of the 2018 time tunnel, disembarking during the time of disputes at the World Cup in Russia. And selected this beautiful & beautiful for you to remember.
Izabel Andrijanic, during the World Rugby-2018, posted this photo on her tuiter, showing that she is a woman who makes men turn their necks to see her pass. Stunning! Graduated in Economics, she is married to the player Mateo Kovacic, born in Austria and naturalized Croatian. They started dating during their teens, in 2010s. Izabel - of course! - became the muse of the fans of his country while running the championship of the best football teams on the planet

2 - A NEGRA NO FUTEBOL BRASILEIRO 
 Desde que a mulher chutou uma bola de futebol, pela primeira vez, no Brasil, o homem fez cara feia pra ela, por achar que aquilo era coisa só dele.
A atitude, correspondida pelo Estado comandado pelo presidente Getúlio Vargas, a proibiu de paticar o balípodo, pelo artigo 54, do decreto-lei 3.199, de 1941, que lhe proibia, também, de praticar outras modalidades consideradas impróprias para o sexo. Uma autêntica bola fora do então Conselho Nacional de Desportos, só escanteada em 1979.
Foram 38 temporadas de proibição. Quando elas se libertaram da lei de Vargas e rolaram a pelota, foram classificadas por lésbicas e execradas pelos patrocinadores que não as queriam associadas às suas marcas. Filhas de famílias pobres, para elas, o futebol e seu agressivo marketing poderia ser um meio de subida social para as as negras, mas demorou muito para que alguma delas se tornarsse uma garota-propaganda.
No caso da acusação de serem lésbicas (termo em desuso, substituído por sapatão), um exemplo meio-recente da discriminação rolou, em 2001, quando Federação Paulista de Futebol exigiu para elas exibissem feminilidade, cabelos compridos, corpo  delicado e curvilíneos, além de usarem uniformes mais curtos e justos.
 Passada a fase mais dura do preconceito contra a mulher futebolista, especialmente as negras, rolou, pela segunda metade do século 20, elas serem pouco procuradas pela imprensa. Quando isso ocorria, era para enaltecer a beleza das brancas, como da atacante Bel, do Internacional-RS, que chegou a ser capa de Playboy, a então principal do segmento sexy brasileiro. Tempos depois, a primeria negra a fazer o mesmo, na mesma revista, foi Marta, da Seleção Brasileira de voleibol, mas sem ganhar capa, só páginas internas.
 Vejamos o que se pode falar das quatro principais atletas do futebol brasileiro:
MARTA – Nenhuma futebolista bazuca conseguiu tanta notoriedade quanto Marta da Silva Vieira. Eleita, pela FIFA, a melhor do mundo, por seis vezes, a menina da alagoana Dois Riachos – nascida em 19.02.1986 - foi para o Vasco da Gama, com 14 de idade, em busca de um sonho. Fez 16 jogos e quatro gols, e sagrou-se campeã brasileira sub-19, em 2001.
Por ver o futebol das mulheres sem importância por aqui – ainda defendeu o Santa Cruz-MG, por 38 jogos com 16 tentos -, ela foi se consagrar pelo sueco IK, pelo qual foi artilheira de quatro campeonatos e melhor atacante de 2007/2008.
  De lá para cá, Marata tem feito a sua carreira entre Suécia e Estados Unidos. O seu currículo inclui as artilharias de Copas do Mundo e de Jogos Pan-Americanos, além de duas medalhas de prata olímpica. Primeira mulher a jogar uma partida internacional entre os homens, ela foi chamada pelas Nações Unidas para ser sua Embaixadora da Boa Vontade.
No Brasil, Marta não é considerada negra. Para os padrões europeus, não deixa de ser. Só não enfrenta preconceitos de cor no Velho Mundo por que é uma tremenda atleta do futebol e que já chegou a seis  Bola de Ouro – a última em 2018.
Considerada a melhor de todos os tempos, mesmo assim, Marta ganha 0,3% do rendimento anual do atacante Neymar, do francês Paris Saint-Germain, o brasileiro com maior renda bruta anual no futebol, embora os números dela pela Seleção Brasileira sejam melhores - desde 2015, ninguém marcou mais gols do que ela, 118, entre homens e mulheres. Tem, também,  medalhas olímpicas de prata-2004/2008 , da Copa do Mundo-2007, e de ouro dos Jogos Pan-Americanos-2003/2007 e é a maior goleadora de Copas do Mundo, entre homens e mulheres, com 17 bolas na rede. 
Quando passou três meses no paulistano Santos FC, venceu a Taça Libertadores da Améric, usando a camisa 10 que consagrou Pelé.  Com tudo isso, Marta não tem um patrocinador desde julho de 2018, o final do seu contrato com a Puma. Recusou-se a renová-lo, pelo valor oferecido (não divulgado). Prefere escrevr “goal equal” em sua chuteira, pois a soma dos cinco maiors salários femininos equivale a R$ 7,7 milhões de reais, enquanto os dos homens equivalem a R$ 175 milhões.

PRETINHA - A primeira futebolista negra a ficar famosa (mas nem tanto) no Brasil foi Pretinha, isto é, Delma Gonçalves, que chegou à Seleção Brasileira, em 1991, e por lá esteve até 2014, tendo disputado quatro Copas do Mundo, quatro Olimpíadas, trazendo as medalhas de prata de 2004 e de 2008. Conquistou, ainda, a medalha de ouro dos Jogos Pan-Americanos-2007, no Rio de Janeiro.
 Cria do Vasco da Gama, Pretinha chamou a atenção da imprensa pela bola que jogou na Grécia e valeu-lhe ser vice-campeã olímpica dos Jogos de Atenas-2004, quando foi a artilheira e encantou os japoneses, que a levaram – jogou também, nos Estados Unidos e na Coreia do Sul.
 Ser goleadora, por sinal,  foi uma sina de Pretinha. Ela escreveu o seu nome como a principal “matadora” das Copas do Mundo -1991/95/99/2007 e das Olímpiadas-1996/2000/2004/2008, sua segunda medalha de prata.

MICHAEL JACKSON –  Quando o cantor norte-americano  fazia sucresso em todo o planeta, o futebol das meninas brasileira revelou uma xará dele, Mariléia dos Santos. Por 12 temporadas, ela foi da Seleção Brasileira, tendo ido a duas Copas do Mundo e a uma Olimpíada. Esteve no grupo que disputou a o Mundial-1991.
Nascida em 19.11.1963, teve 11 irmãos e começou na bola aos 12 de idade, em Valença-RJ. Além do escrete canarinho das décadas 1980/90, passou por Corinthians, Vasco da Gama e Internacional-RS.  Em 1995,  foi levada pelo italiano Torino, tornando-se a primeira brasileira a jogar por clube de fora do país. Foi eleita, pela  Federação Internacional De Historia e Estatística do Futebol a terceira melhor jogadora do século 20 na América do Sul .

FORMIGA – Ela  já tem 41 de idade – nasceu em 03.03.1978, em Salvador-BA -, mas segue indispensável à Seleção Brsileira. Miiraildes Maciel Mota, a Formiga, faz jus ao apelido, pois é uma verdadeira formiguinha em campo. Razão de ter sido vice-campeã olímpica-2004/2008 e  vice-campeã mundial-2007, jogando como valente ou meia.
Único ser do mundo da bola (entre homens e mulheres) a ter disputado sete Copas do Mundo, é a mais velha a marcar um gol - em 2015, quando tinha 37 de idade),
Formiga bate o recorde, também, em partipações olímpicas, com seis presenças, ao lado espanhol Manuel Estiarte (polo aquático), e da russa Evgenia Artamonova (vôlei).
Além das medalhas prateadas já citadas, ela tem, ainda, as de ouro dos Jogos Pan-Amerianos-2003/2007/2015, e a prata de 2011. Em números de jogos canarinhos, com 151, ultrapassa o mais atuante do time masculino, Cafu (Marcos Eangelistas de Morais), com 149.
 Cahamada pelos familiares e amigos por Mira, ela coleciona, também, três títulos da Taça Libertadores da América e um Mundial Interclubes. Desde 1993, quando se profissionalizou, já  passou por 16 times – entre Brasil, Suécia, Estados Unidos e França -, mas só um da Bahia, de São Francisco do Conde, em 2016. Desde 2017, defende o francês paris Saint-Germanin.
 Formiga diz que jamais sofreu ataques racistas na Suécia, nos Estados Unidos e na França, mas não escapou disso quando jogou na cidade de Caçador, em Santa Catarina, onde um torcedor gritava “macaca” sempre que ela tocava na bola.
 Nascida em Lobato, periferia e Salvador, ela começou a chutar a bola aos 7 de idade. Vizinhos a chamavam por mulher-macho. As vezes, leava porrada dos irmãos, por jogar junto com meninos.
 Aos 16, Formiga estreou na Seleção Brasileira. O apelido surgiu aos 14, quando disputava uma partida do Campeonato Baiano e era a menorzinha no gramado. De mulheres atletas brasileiras, só ela e Marta são  figurantes do Museu do Futebol, em São Paulo, ao lado dos maiores ídolos masculinos do futebol canarinho.


https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/historias-da-bola/a-negra-no-futebol-brasileiro/