quarta-feira, 11 de agosto de 2021

AULA DE JORNALISMO NO CEUB


Então, as fotos não são bastante sexy? E o tema não é diferente? Ioga, pelo que se sabia, nunca havia sido levada antes para um terreno tão diferente do seu usual. Este é um bom exemplo jornalístico de criatividade driblando os preconceitos de uma época.
Confira os outros "post" sobre o "Cursinho Kike de Jornalismo" nos dias 3, 4 e 15 deste julho de 2013. Até a próxima.

                                                  RECADO ESPORTIVO

O esporte é um dos maiores vendedores de publicidade. Porque é associado ao sucesso, à juventude e a muita ação, o que todos gostam. A propaganda neste sentido, se priorizar um rosto de pessoa, ela deve aparecer, sempre, sorridente. Vitórias e sorrisos são grandes parceiros. Veja o caso do creme dental norte-americano (já fora do mercado) que dominou, por muito tempo, as vendas no Brasil. Acentuava em sua mensagem publicada, principalmente, pela revista  O Cruzeiro: "Gente de espírito moço que precisa causar boa impressão prefere Kolynos..." É por aí.


Mari Paraíba, do vôlei, capa da Playboy em julho de 2012. Foto: ReproduçãoMari Paraíba reforça que pausar a carreira de jogadora foi necessária para quebrar a rotina que carregava desde os 14 anos.
 "Para ser uma jogadora de seleção você precisa estar 100% e disposta a compensar num aspecto quando outro não funciona direito. Sei do meu potencial e não vou me intimidar. Em quadra e nos treinos, farei de tudo para ganhar mais chances", ressaltou a ponteira.
Depois do ensaio nu, ela estudou Artes Cênicas, participou de eventos e programas de TV, se arriscou no vôlei de praia, voltou às quadras, pelo final de 2013 e, após duas temporadas defendendo o time do Minas, ganhou a recompensa de estar na seleção brasileira, primeiro no Grand Prix, depois no Pan de Toronto.
 Os elogios das companheiras e do técnico,  a motivaram ainda mais a deixar o rótulo de sex symbol para trás.
"A verdade é que eu nunca quis ser musa. Foi importante viver essa experiência, mas já passou e é pelo vôlei que quero ser conhecida. Eu olhei a revista (em que saiu nua) só uma vez, e nunca mais cheguei perto. Primeiro a atleta, depois a musa", afirmou à Playboy..
Mesmo com os elogios, voltrou ao banco das reservas para a semifinal do Pan entre Brasil e Porto Rico. A dona da posição, Jacqueline, havia sido poupada das partidas anteriores, para não correr riscos de ficar fora de uma possível decisão. Mas Mari Paraíba não se importou, entendeu que deveria contribuir o quanto pudesse para o sucesso da equipe. Principalmente, quando pudesse posar para fotos portando uma medalha.
MULHER PROPAGANDA

Se você pensa que no tempo do seu avô não tinha disso, não, tá enganado. Esta propaganda, quando ainda não se falava a palavra publicidade e, muito menos, em marketing, é da década-1950. O anunciante a veiculava pela revista de maior circulação na América Latina, a carioca O Cruzeiro.
Anúncios explorando a sexualidade acompanham a publicidade brasileira desde muito cedo. Tanto que os nossos primeiros garotos-propaganda foram o índio e a índia, quase pelados. Na década de 1969, um simples anúncio de suco de tomate ganhava apelo erótico. Os criadores de agências publicitárias excitavam a imaginação popular usando máquinas de lavar, cigarros, o que pudessem. Por exemplo, um dos anúncios da década-1960, que circulou como "A primeira noite de uma mulher", dizia em seu texto: "Quem dormiu com X nunca mais vai gostar de dormir com outro.... Não é apenas na cama que X deixa as pessoas satisfeitas". Pois bem! Se você pensou naquilo, errou". Era a sexyexcitante propaganda de uma nova marca de lençóis que chegava ao mercado.
Nesse anúcio da Phillilpes, que você vêr abaixo, qual é o recado? Vá na onda desse mulherão. Você ouve, pensa e imagina o que gostaria de ver. Não é assim? Aqui, o anunciante lhe faz quase ver.


                                    EXERCÍCIO DE BOA REDAÇÃO
A partir da década-1990, vários cinemas passaram a distribuir boletins mais sofisticados para as suas plateias. Por eles, faziam um resumo do filme e exibiam fotos de cenas das películas, como esta do filme "Cisne Negro". Era mais um mercado que surgia para os jornalistas. Quem o abocanhou foram as pequenas agências, as empresinhas criadas por profissionais desempregados pela chamada grande imprensa.                                                           
                                                                 




                                               BOLETIM CINEMATOGRAFICO

Meninos e meninas, deixemos, agorsa, o campo desportivo e adentremos a outras plagas. Vamos lá?
A partir da década-1990, vários cinemas passaram a distribuir boletins mais sofisticados. apresentando resumo do filme e exibindo fotos de cenas, como esta acima, do filme Cisne Negro. Era mais um mercado que surgia para os jornalistas. Foi abocanhado, principalmente, pelas pequenas agências, as empresinhas criadas por profissionais desempregados pela chamada grande imprensa.   
                                                          CELEBRIDADES   
                                                                 
Publicar posters de pessoas famosos, como cantores, artistas de cinema e jogadores de futebol é uma estratégia de revistas e jornais para aumentar vendas, puxadas, também, por casamentos e nascimentos de filhos destes.
 Uma das celebridades preferidas durante muito tempo pelos meios de comunicação foi a cantora Wanderléa, uma das mais simpáticas, carismática e importantes cantora da música popular brasileira. Consagrada pela Jovem Guarda, ao lado de roberto e Erasmo Carlos, depois que a onda passou ela visitou outros gêneros musicais, mostrando talento em todos eles. Mulher à frente do seu tempo, a Wandeca foi a primeira a posar grávida para uma capa de revista, como você vê aí em uma antiga edição da Status.

                                                            
CERTINHAS 


Uma das colunas mais lidas na revistas O Cruzeiro era a de Stanislwu Ponte Preta, pseudônimo do cronistas Sérgio Porto. Naquela página, ele enlouquecia os leitores com As certinhas do Lalau, um desfile das mais lindas mulheres do meio artístico da época. A atriz Iris Bruzzi foi uma das deusas daquele desfile. Afinal, para os reprimidos leitores da década-1960, nada melhor do que abrir uma página de revista e pass

MODISMOS

Muito comuns, por todas as partes. Alguns, mesmo prevendo-se não pegar, fazem os lançadores irem em cima, porque a imprensa não perde de divulgar o que é novo. Veja esta. O fotógrafo Ben Hopper clica mulheres com pelos nas asxilas, desde 2007, para o seu projeto Natural Beuauty (Beleza Natural).Sua meta é questionar padrões impostos pela indústria da beleza, de acordo com o jornal norte-americano Huffington Post.
A atriz sueca Emilie Bostdt (foto) foi a primeira a despertar a curiosidade do público, mas outras atrizes, modelos, designers e amigas do fotógrago também posaram para seu projeto.
Pesquisa mostra que 16% das brasileiras depilam a axila todos os dias no verão Foto: Getty Images“Conforme amadureci como pessoa e artista, percebi que gostava de pelos nas axilas. Acho que pode ser uma bela aparência”, disse o fotógrafo à revista citada acima, acrescentando: “Não quero dizer que quero que as mulheres comecem a deixar os pelos das axilas crescerem. Só acho que é uma possibilidade e que as pessoas não deveriam rejeitá-la. Gostaria que as pessoas questionassem os padrões de beleza".
No Brasil, pesquisadores afirmam que os cuidados com a beleza são prioridade para as nossa mulheres. Segundo estes, a maioria (54%) sente mais necessidade em se depilar no verão, pirorizando as axilas. O elvado número delas, asseguram, confesssam se depilarem  até sete dias, e 16% fazem diariamente.
Além disso, prosseguem informando as pesquisas,  60% depilam as pernas e 58% as virilhas no mesmo período. O hábito reflete-se no comportamento das mulheres: 27% delas acreditam que o ato de se depilar as deixa mais felizes. .


                                                  CAPAS MUITO SEDUTORAS

É elementar, no jornalismo, uma capa que seduz o leitor. Além de vender bem, joga pra cima a consideração de quem a sugeriu. Junto com a foto, ou desenho (gravura, antes, infografia, hoje) é essencial não cobrir o logotipo da revista, ou do jornal, porque isso é a identidade visual da publicação. E o leitor não gosta, como comenta sobre o tema pelas mesas dos bares da vida – jornalista que não frequenta boteco seria melhor ser físico nuclear.
Não há fórmulas milagrosas para a produção da capa nota 10. Depende muito do momento. Se a conversa da hora é se Miss Brasil ganhou o Miss Universo, coroa na jovem; o cara foi eleito presidente da nação, faixa nele. É por aí, sem nunca esquecer que a originalidade do tema e o ataque de cores é um grande aliado da capa.
Nas primeiras revistas brasileiras, os editores não levavam nada em consideração. Era capa para um lado e reportagens para o outro. Procure ver, por exemplo, a revista Fon-Fon. Só a partir da década-1940 isso mudou. Pintou a chamada de capa que ganhava muita força, parava os curiosos diante das bancas de revistas/jornais. Quem sacou isso rápido foi a turma de O Cruzeiro, que começou capeando as melindrosas (rostos bonitinhos) e convocou até os pinceis de, entre outros, Di Cavalcanti.
A fórmula evoluiu para corpos esfuziantes, em Manchete, a partir da década-1960. A revista usou, ao máximo, modelos, misses e artistas da hora. Se havia um tema sexy, ou sexual rolando, os editores não perdiam o lance. Caso desta capa que você vê, abordando novas tendências da juventude. E, se tem algo que faz brasileiro parar pelas bancas de revistas, é foto de jogador de futebol e de mulher pelada. Confere?
                                   BELA SACADA

Isso é o que se pode chamar de grande criatividade de esperto redator. Pra pregar as vistas do seu leitor na seção Sexy em Público, a revista Maxim bolou um inteligente ensaio em cima de um tema muito em discussão e alvo de campanhas na TV: Direção Perigosa.
O nome da modelo da foto não foi citado, mas ela, com certeza, deve ter adorado ser  italianizada com a exclamação "Che Macchina!!!" A criatividade maior rola no lance simulado pela gata, de mostrar como rolam as direções perigosas. 
Evidentemente, o recado é: quem passar e ver o que você está vendo por esta foto tem que se segurar. Uma desviadinha de olhar pode ser fatal no trânsito. Então, não se assanhe, rapaziada. O perigo estiver no olhar.

GATA VERÃO



Um show de fotos de lindas morenas brasileiras, exibindo a escultura que a natureza lhes deu, era um dos diferenciais da revista Manchete. Na matéria "E Deus criou o Verão", escrita por Albani Mota, com fotos de Indalécio Wandereley e de Oskar Sjöestedt, uma das moreníssimas clicadas foi esta jovem, não identificada pelo texto. De acordo com a legenda, a menina usava "um biquini que desafia as leis das física e seria capaz de embaralhar as teorias de (Isac) Newton". Realmente! Tá na cara!
 Esta foto saiu na edição Nº 1.185, de 31 de janeiro de 1987, quando a semanária estava comemorando 35 temporadas nas bancas, quando o verão carioca registava filamentos de mercúrio dos termômetros ultrapassando os 40 graus centígrados . Razão mais do que suficiente para os turistas estrangeiros deixarem o frio em suas casas e virem para o Rio de Janeiro verem as maravilhas que a Cidade Maravilhosa tinha. E continua a ter. De montão!
 
Meninos e meninas: as outras aulas sobre o tema serão nas datas 3 e 4 deste julho deste 2013. Até a  próxima.
                                                




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