domingo, 12 de março de 2023

T´IS- PER -RAREI

                                             TRAGÉDIAS DA COLINA – HERMANO DOVAL                                                                                                     Kike de 14.02.2012

Em um dos seus programas humorísticos na TV, Jô Soares teve um personagem, o argentino Gardelon, que estava, sempre, fazendo sacanagens com os amigos. Quando encerrava o quadro, o comediante fazia considerações sobre o comportasmento do hermano, exclamando: “Mui amigo, non! Era o que poderia ser atribuído, no sentido mais sacânico possível da palavra, ao atacante argentino Narciso Horácio Doval, que defendeu Flamengo e Fluminense. Vejamos:

                                    REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASÍLIA

1 - Quando era atleta rubro-negro, Doval colaborou com o Vasco da Gama vestindo a jaqueta da Turma da Colina, em partida beneficente em prol do também atacante (cruzmaltino) Jorginho Carvoeiro. Foi no 20 de dezsembro de 1975, quando a Fundação de Garantia ao Atleta Profissional-FUGAP formou uma equipe que enfrentou o Almira, no (velho demolido) Estádio Mané Garrincha, em Brasília.  O hermano formou neste time vascaíno: Andrada (Mazaropi); Paulo Céasr Puruca (Fidélis), Moisés (Joel Santana), Miguel e Alfinete; Alcir (Ademir Silva) e Zanatta; Jaburu (Jair Pereira), Roberto Dinamite (Doval), Dé Aranha e Luís Carlos Lemos (Galdino), comandados por Mário Travaglini. A FUGAP, tendo Rubens Minelli por técnico, foi representada por: Waldir Peres (Leão); Orlando Lelé, Alex (Ame-RJ), Wilson Piazza (Edinho) e Marco Antônio Feliciano (Rodrigues Neto); Geraldo (Zé Mário), Zé Carlos (Cruz) (Dudu) e Paulo César Caju (Paulo Isidoro); Gil, Palhilnha (Flecha) e Marinho Chagas, que marcou um dos gols mais bonitos naquele estádio de antes da demolição. Aos 27 do segundo tempo, driblou Fidélis e, sem ângulo, encobriu Mazaropi – Palhinha marcou o outro, enquanto Galdino descontou para os vascaínos, que foram batidos, por 1 x 2, em jogo apitado pelos paulistas Oscar Scolfaro (primeiro tempo), e Emidio Marques de Mesquita (segundo). A renda, vaiada, pois o estádio estava lotado, foi  dada por superior a Cr$ 350 mil cruzeiros.

 2 – Vasco da Gama e Fluminense decidiam o Campeonato Carioca, em 3 de outubro de 1976, com o Maracanã recebendo 127 mil e 52 pagantes. Durante os 90 minutos, a partida ficu no 0 x 0. Na prorrogação, a um minuto do final, Doval marcou o gol que derrubou os vascaínos. Mui amigo, non! Assim formou o Vasco escorregão: Mazaropi; Toninho, Abel, Renê e Luís Augusto; Zé Mário, Gaúcho e Luis Carlos Lemos; Dé Aranha (Luís Fumanchu), Roberto Dinamite e Galdino, comandados por Paulo Emílio. O Fluminense teve: Renato; Rubens Galaxie, Carlos Alberto Torres, Miguel e Rodrigues Neto; Pintinho, Paulo César Caju e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu Guimarães. Detalhe: Miguel e Dirceu haviam sido vascaínos, enquanto Pintinho e Paulo César seriam, no futuro.      

                       TRAGÉDIAS DA COLINA – BELLINI CANARINHO

                                                                        Kike de 17.05.2023

Em 13 de abril de 1957, em Brasil 1 x 1 Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo-1958, o vascaíno Bellini estreou na seleção canarinha, na psição considerada zaga central, com o seu ocupante usando a camisa de número 3. Escalado pelo treinador Oswaldo Brandão, a partir dali ele tornou-se titular absoluto, consideração mantida com os sucessores daquele, Sívio Pirillo e Vicente Feola, este o tendo por capitão da equipe conquistadora do Mundial-1958, na Suécia, da qual Bellini fora um dos líderes, juntamente com Nílton Santos e Didi.

 Estreia feita, Bellini disputou as seis partidas seguintes que marcaram a continuidade da temporada canarinha-1957 e mais duas que antecederam a Copa do Mundo-1958, espaço em que o seu reserva Mauro (Ramos de Oliveira) só entrou em dois amistososjogos. No Mundial sueco, Bellini formou dupla de xzaga com o também vascaíno Orlando (Peçanha de Carvalho), em mais seis compromissos, tornando-se o primerio capitão de equipe a erguer a Taça Jules Rimet acima a cabeça.

 Entre 1959 e 1962, Bellini fez 20 jogos, de 1959 a 1961, e Mauro três. Em 7 e 11 de maio de 1961, diante do Chile, pela Taça O´Higgins, o titular foi Mauro, tendo Bellini ficado na reserva, ainda, do palmeirense Waldermar Carabina, no jogo seguinte,  amistoso com os paraguaios. O treinador já era Aymoré Moreira, que comandaria a Seleção Brasileira na Copa do Mundo-1962, no Chile.   

          No São Paulo, o técnico Aymoré Moreira não teve peito pra barrar Bellini

Chega 1962, o Mundial se aproxima e Bellini disputas três amistosos. Por ali, Aymoré Moreira já pensava em barrá-lo, definitivamente, para fazer e Mauro o titular da zaga central. E o faz, nos últimos três amistosos antes do embarque para o Chile. Para justificar isso, Aymoré alega que Berllini não estava em sua melhor forma técnica, o que assegurava ocorrer com Mauro, sem ser contestado por nenhum membro a Comissão Técnica. Na verade, Aymoré  temia que a liderança de Bellini sobre os companheiros pudesse tirar forças dele. Re jogar, durante o Mundial-19562, Bellini foi um homem triste como mostrasm as fotos na concentração, em Viña del Mar. Mas nunca deixou de ser amigo de Mauro, o que continuou em São Paulo pós-Copa. Inclusive, um visitava a casa do outro. O eterno capitão vascaíno Hideralo Luís Belliniu não milsturava coisas. Era um homem de grande caráter. Fez a sua últlima partidas canarinha, como um cruzmaltino, em 6 de maio de 1962, em Brasil 2 x 1 Portugal, amistosamente, no paulsitano estádio do Pacaembu,  por esta formação: Gilmar; Djalma Santos, Bellini, Calvet e Nilton Santos; Zito (Zequinha) e Didi; Garrincha, Vavá (Amarildo), Pelé e Zagallo (Germano), escalado por Aymoré Moreira, o qual Bellini o reencontrou, em 1966, quando o homem treinava o São Paulo FC e não o mandou para o banco dos reservas, como na Seleção Brasileira.    

                       TRAGÉDIAS DA COLINA - VENCEU E MANDOU TORCIDA À PQP 

ytrasgédias d14 de maio de 1988 – a Turma da Colina sapecou 2 x 0 América, em jogo noturno, no Maracanã, com gols de Romário e do zagueiro Fernando. Com aquilo, ficou a um ponto da liderança e a dois de distância do terceiro colocado, após a nona rodada do Estadual-RJ. Bom! Menos para os cartolas da Colina. Eles ficaram pê da vida com o público - 2.888 pagantes - que não dava pra pagar as despesas do Almirante para a pugna. Esqueceram de combinar com os donos de botecos, que lucraram mais com os embalos etílicos da raziada naquele sabadão. Sem garrafas ficando em pé, o treinador Sebastião Lazaroni viu torcida quase fantasma aplaudindo a sua rapaziada: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando e Lira; Josenilton (Mazinho), Geovani e Henrique; Vivinho, Roberto Dinamite (William) e Romário.  

10 de fevereiro de 1990 – ninguém no futebol carioca andava mais sorridente do que o treinador vascaíno Alcir Portela. E não era pra menos. Afinal a sua patota vinha de 1 x 0 Fluminense; 5 x 0 Nova Cidade-RJ e 3 x 2 Americano-RJ. No jogo seguinte, o Almirante mandou 2 x 1 América, de Três Rios-RJ, e foi vaiado. No jogo seguintíssimo, Vasco 1 x 0 Itaperuna-RJ. E novas vaias. Análise do repórter Zildo Dantas, pela diário carioca O Dia: “O glorioso Vasco da Gama é líder absoluto do Campeonato Carioca, com todos os méritos, e mais alguns, estando a dois pontos de vantagem do segundo colocado. E mais: tem o maior número de vitórias, no geral da competição, o ataque mais positivo e o principal artilheiro, Bismarck. Se não está bom, o que a sua torcida quer mais? Pra mim, os que vaiam o time vascaínos são uns neuróticos” – nenhum ‘torcedor-vaiador’ reclamou, até hoje.         

Foto reproduzida do álbum de recortes de revistas/jornais do torcedor vascaínio Raimundinho Maranhão - agradecimento

        Rapaziada venceu e comemorou título com o pescoço seco (por dentro)

5 de agosto de 1990 -  para comemorar a conquista do título de campeão estadual-RJ, o Almirante convidou a fraca seleção da Arábia Saudita. Mandaria uma goleada e faria a festa que a torcida esperava. Só que a rapaziada esqueceu de jogar bola e os cartolas do chope comemorativo. Ainda bem, pois a pequena renda – Cr$ 93 mil e 800 cruzeiros – não daria para embebedar a galera. Com programa a seco, o Almira passou apertado pelo visitante – 2 x 1, com gols de Tato e Anderson, um em cada tempo (e empate saudita pelo meio disso aí), em São Januário, na presença de 1.876 pagantes. No dia dessa trapalhada, Alcir Portela (meia e capitão vascaíno da década-1970) era o técnico que escalou: Acácio; Luís Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo, William e Bismarck; Tita (Sorato), Roberto Dinamite e Tato (Anderson).         

  TRAGÉDIAS DA COLINA - VASCO FAZ A FESTA E ALMIARANTE DANÇA  

                                                                   Kike de 19.05,2023                                                                           

09 de outubro de 1988 – O Vasco da Gama recebia a visita do Internacional-RS, para compromisso pela Copa União, o Brasileirão da temporada. Sua diretoria, então,  preparou festanças com três vertentes: 1 - para o artilheiro Romário se despedir da galera, pois fora transfereido para o holandês PSV-Eindhoven. por R$ 6 milhões de dólares, a maior transação do futebol brasileiro; 2 – entregar placas prateadas aos atletas vascaínos – Geovani, Mazinho e Romário que haviam voltado dos Jogos Olímpicos, trazendo a medalha de prata do torneio de futebol; 3 - homenagear o ponta-direita Vivinho, por gol de placa, com três chapéus consecutivos sobre marcador – tudo emplacado. Geovani, Mazinho e Romário, que nem jogou naquela tarde, levaram as suas placas para casa, enquanto Vivinho teve a dele apregada em uma parede da sede do clube.

Festa encerrada, esquceram de combinar com o centroavante Nílson Pirulito, do time gaúcho, que a testulha cruzmaltina se estenderia pelo placar, pois a Turma da Colina era favorita, respaldada pro 1 x 0 Atlético-PR e 3 x 2 Palmeiras. Diante de 13.921 pagantes, aos dois minutos do segundo tempo, aplicando a “lei do ex”, Nílson, que havia passado por São  Januásrio, abriu o placar, broxando a galera vascaína. Aos 26, Geovani até tentu arrumar a casa, mas, 10 minuto depois, os becões estasbanados cometeram pênalti, que Edu cobrou e arrombou a festa: Vasco 1 x 2. Pisões do dia: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Célio Silva, Leonardo e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Bismarck; Vivinho, Roberto Dinamite e William (Sorato) dirigidos pelo ex-meiuqueiro vascaíno Carlos Albrtro Zanatta.

                                                TRAGÉDIAS DA COLINA -  BUJICA                                                                                                                          Kike de 21.05.23

5 de novembro de 1989 – o Vasco da Gama ia bem no Campeoanto Brasileiro, brigando em cima, enquanto o Flamengo caía pelas tabelas, com fumaça começando a se espalhar pelos ares da Gávea. Durante a semana em que os dois iriam se enfrentar, a galera vascaína tripudiava do rival, chamando Zico (36 de idade) e Júnior (35) por “velhinhos corocas”, e prometia levar bengalinhas ao Maracanã para “os dois se locomoverem e não se perderem dentro do gramado”. Grande saca! Até o tranquilo Bebeto entrou na bagunça, prometendo marcar o “gol gilbertinho”,  que seria oferecido ao presidente rubro-negro Gilberto Cardoso Filho, a quem o atacante baiano atrbuía tê-lo desprezado, permitindo ao Almirante levá-lo para a Colina.

 E rola a bola. Era a primeira partida de Bebeto contra o Flamengo, que  investira grana alta para tirá-lo do Vitória, da Bahia, quando ele ainda tinha idade de juvenil. No meio da fofoca, os vascaínos lembravam de que Bebeto se dizia ter sido torcedor vascaíno, por causa do seu avô que se chamava Vasco da Gama, e que virara casaca quando fora contratado pelo Flamengo. Rola mais a bola e a torcidas vascaína tripudiava mais e mais os rivais, dzendo que a sua moçada era a “Selevasco”, por reunir tantos jogadores consagrados, relegando ao Fla apelidos como “lixo do lixão”, essa coisas de torcedor.     

Rola a bola e a “Selevasco” não se anima muito. Motivos tinha, pois aquela era a primeira partida de Bebeto contra o seu-ex clube, o Flamengo. E já que o baianinho não cumprir a promssa dse marcar o “gol gilbertinho”, aos 30 mintos, o goleiro vasxcaíno Acácio nãos segurou chute flamenguista, deu rebote e, rápido, o atacane Bujica, profissionalizado naquela semana e que estreva no time principal, abriu o placar. Engtre os torcedores vascaínos, corria indagações e indagações: “De quem foi o gol, mesmo? Bujica, quem é este?”

                                    Reprodução de flaontwitter - agradecimento

 Nascido - em 21 de janeiro de 1969 -, batizado e registrado, no estado do Espírito Santo, por Marcelo Ribeiro, o desconhecido Bujica aprontaria mais uma pra cima da torcida crzmaltina. Aos oito minutos do segundo tempo, o “velhinho” Zico o deixou olhos-nos-olhos com Acácio e ele emplacou: Vasco 0 x 2 Fla. No minuto seguinte, o nunca agressivo Bebeto envolveu-se em rolo com o goleiro rubro-negro e foi expulso de campo. Ele que deveria ser “o cara” do jogo, deixou a glória daquela tarde para o humilde e pobretão Bujica que, cercado por repórters ao final da partida, espantou-se com o assedia, pois jamais havia sido entrevistado. E não sabia o que explicar aquele repentino sucesso, pois não tinha estudos pra falar em miocrofones. Por fim, ao sair do Maracanã, enquanto as famílias dos craques rubro-negros os apanhavca em seus carrões, Bujica caminhou a pé, até um ponto de ônibus para voltar pra casa. Ficou por mais uma temporada no Flamengo e só marcou aqueles dois gols contra o Vasco.

Conterrâneo de Roberto Carlos – natural de Cachoeiro do Itapemirim -, Bujica ainda tentou a sorte no Botafogo e no América-RJ, após deixar o Flamengo, mas não emplacou, e teve de ciganar, por 16 times sem a mesma fama, até encerar a carreira, em 2004. Quanto ao Vasco que passou vexame diante de Bujica naquele 5 de novembro de 1989, os caras foram: Acácio; Luís Carlos Winck, Leonardo, Quiñonez e Mazinho; Zé do Carmo, Andrade (Vivinho) e Marco Antônio Boiadeiuro (William); Tita, Bebetoe Bimarck, comandados pelo treinador Nelsinho Rosa. Depois, os vasa´nosd ainda enfrentaram o Bujica flamenguista em mais três oportunidades, com uam vitória, um emapte e uma otura escorregada, mas sem ele voltasr a aparecer na rede.

                                      TRAGÉDIAS DA COLINA – GARRINCHA

                                                       Kike de 26.05.2923

 O Seu Mané sempre foi uma tortura para a defensiva vascaína. Principalmente, para o seu marcador, o lateral-esquerdo Coronel. Entre 1960 e 1965, diante do Almirante, ele deixou escritas oito vitórias e três empates. Nos triunfos mais chocantes, desconjuntou a defesa cruzmatina, sobretudo, nos 5 x 1 (18.08.1961); 4 x 0 (19.11.1961); 4 x 1 (19.02.1962); 4 x 2 (24.03.1965) e 3 x 0 (11.08.1965). O último Garrincha botafoguense diante do Vasco da Gama rolou em 5 de setembro de 1965, diante de 115.064 pagantes, no Maracanã, com esta formação do time da estrela solitária: Manga; Joel Fonseca, Zé Carlos Gaspar, Paulistinha e Rildo; Aírton Polvil e Gérson; Garrincha, Sicupira, Jairzinho e Roberto Miranda, tendo Daniel Pinto por treinador.

Na foto, reproduzida de O Cruzeiro -  revista semanal carioca -, Garrincha faz o show, com três jogadores vascaínos -  Dario (6), Coronel (4) e Bellini (3) – tentando evitar a sua progressão rumo ao gol.  

                              TRAGÉDIAS DA COLINA – REPISADA

 

24 de setembro de 1989 – se vencesse o Bahia, em São Januário, o Vasco da Gama ficaria líder do Grupo B do Campeonato Brasileiro, desde que o Fluminense não vencesse o Sport Recife. A torcida cruzmaltina compareceu à refrega, com 5.843 pagantes incentivando a moçada. Aos 14 minutos, o lateral-esquerdo Cássio aterrou o atacante baiano Charles, dentro da área fatal cruzmaltinada, em pênalti que o próprio aterrado cobrou e marcou: Vasco 0 x 1. “Óóóóóh!” - muxoxou a torcida vascaína. O treinador Nelsinho Rosas pediu calma, mas só calma não adiantou, e o Almirante trocou de etapa atrás não levando trabalho para o “garoto do placar”. Sem problemas, garantia o  macumbeiro das Colina, o Pai Santana, prometendo amarrar os baianos na etapa final. E pareceu conseguir as graças do além. A Turma da Colina foi para o vira, virou e, em três minuto, entre o 23º e os 26º, anotando 2 x 1 na caderneta. Rolou mais a maricota e, quando a galera já cantava vitória vascainíssima, aos 42, Charles fez mais um: 2 x 2. Como Flu venceu o Sport, o Almira tirou seu time de campo vice-líder, com dois pontos a menos – Acácio: Mazinho, Célio Silva, Marco Aurélio e Cássio; Zé do Carmo, Andrade e Marco Antônio Boiadeiro (William); Vivinho (Sorato), Anderson e Bismarck foram os pisões do dia.

 

01 de outubro de 1989 – mais uma vez, se vencesse – daquela vez, o Fluminense -, o Vasco da Gama tiraria os dois pontos de frente mantidos pelo rival e assumiria a ponta do Grupo B do Brasileirão. O clássico era convidativo, mas só 38.705 pagantes deram as caras, no Maracanã, pra escutar o apito de Arnaldo César Coelho. Como este só teve o trabalho de ordenar duas saída de bola – uma em cada tempo – e assoprar o apito final, em jogo tranquilão, o empate, por 0 x 0, seguiu mantendo o Almirante vice-líder – o time de ‘repisões’ foi quase o mesmo, exceto com Bebeto barrando Sorato e com Anderson substituindo Vivinho, no decorrer da pugna.         

 

4 de dezembro de 2011 - em sua edição do dia, o jornal carioca O Globo anunciava em sua capa dominical: “Vasco pode ser campeão hoje”. Para acontecer, bastaria vencer o Flamengo e torcer para o Corinthians empatar com o Palmeiras.

 Os dois paulistas cumpriram com as suas respectivas obrigações, do ponto de vistas dos vascaínos, mas estes foram afundados pelo arbitragem de Péricles Basols Pegado Cortez, que deixou de marcar, a favor do Almirante, um pênalti claro, indiscutível, que todo o Brasil (e o planeta) conferiu pela TV, mostrando um flamenguista puxando a camisa de um cruzmaltino, dentro da área fatal. Só o homem do apito não viu – ou não quis ver.

 A Turma da Colina poderia até desperdiçar o penal, mas seria difícil na cobrança de Diego Souza, que andava com o pé bom de batida bem acertado naquele Brasileirão, no qual escrevera 11 encaçapadas no placar. Assim, com empates no Maracanã – Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo – e no Paca0embu - Corinthians 0 x 0 Palmeiras -, os corintianos fôramos campeões, somando 71 pontos, contra 69 dos vascaínos.

Vasco da Gama x Flamengo levou 34.064 pagantes do “Maraca”, tendo Diego Souza aberto o placar, aos 30 minutos do primeiro tempo – o empate rubro-negro saiu aos 10 da etapa final. Comandado pelo treinador baiano Cristóvão Borges, o time de São Januário alinhou: Fernando Pras; Fagner,  Dedé, Renato Silva e Jumar; Nílton, Rômulo, Felipe Bastos (Eduardo Costa)e Felipe Loureiro (Bernardo); Diego Souza (Elton) e Alecsandro.  

       14 denovembro de 11.1971 - na Fonte Nova, em Salvador, o Vasco da Gama levou 0 x 1  Bahia, valendo pelo Campeonato Brasileiro. Depois daquilo,  a Turma da Colina escorregou em mais seis placares iguais favoráveis aos baianos, sendo o último no recente 1º de maio deste 2023, em São Januário. Com aquilo, os dois times ficaram igualados no retrospecto deste emparceiramento. São 28 vitórias do Vasco (37%); 28 do Bahia  e 20 empatres (26%). Os dois estão igualados, também, em gols marcados: 98, à média de 1,3 por partida. Tais números dão aproveitamenteo de 46%para cadas um. O prmeiro Vasco da Gama x Bahia rolou em 21 de abril de 1936, com placar favorável aos vascaínos, por 4 x 1, amistosasmente. A maior goleada cruzmaltina foi 6 x 2, em 05.05.1946, também amistosamente, enquanto o maior vexame da moçada da carioca Rua General Almério de Moura foi 0 x  4 Bahia, em 09.09. 2012, pelo Campeonato Brasileiro.                                             

                                         HISTORI&LENDAS VASCAÍNAS - Kike de 09.05.2023 

    1 - Algumas publicações contam que o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo ajudou o Vasco da Gama a conquistar o Torneio da Ilha de Funchal-POR e o Torneio da Amizade, no Gabão. Na verdade, quem treinava a Turma da Colina durante aquelas duas conquistas era Antônio Lopes. Na primeira disputa rolou, inicialmente, Vasco 1 (5) x 1 (4) Las Palmas-ESP (06.08.1981), para o caneco ser carregado, em Vasco  5 x 0 Maritmo-POR (09.08.1981), por estes campeões: Jair Bagança (Nielsen); Rosemiro, Zezinho Figueroa (Nei), Ivan e João Luis; Serginho, Dudu Coelhão (Renato Sá) e Amauri (Ticão); Wilsinho, Roberto Dinamite e Silvinho. No segundo torneio, foi anotado – Vasco 3 x 0 Sogara-GAB (12.10.1991) e Vasco 2 x 1 Bahia (13.10.1991), por esta rapaziada: Carlos Germano; Dedé, Alexandre Torres, Jorge Luiz e Cássio; França, Geovani, Bismarck e William; Bebeto e Sorato.    

2 - Nílson Esídio Mora era (e ainda deve ser) o nome de registro e batismo do apelido por Nílson Pirulito.  Nascido no 19 de novembro de 1965, em Santa Rita do Passo Quatro-SP, ele esteve vascaíno, em 1996, por 31 jogos e oito gols. Estreou em Vasco da Gama 4 x 0 Nacional-AM, no 21.01.1996, amistosamente, no Estádio Vivaldo Lima, em Manaus-AM, sem marcar gol. Time do dia: Carlos Germano (Caetano); Pimentel (Bruno Carvalho), Zé Carlos (Tinho), Rogério (Alex) e Sídney; Leandro, Juninho, Assis (Zinho) e Válber; Nílson e Serginho (Alessandro) Técnico: Carlos Alberto Zanatta. O primeiro gol delesaiu, em  Vasco da Gama 1 x 1 Bangu, no 04.02.1996, aos 41 minutos do primeiro tempo, pela Taça Cidade Maravilhosa, no Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ, para esta formação, assistida por 642 pagantes: Carlos Germano; Bruno Carvalho, Zé Carlos, Tinho e Bill; Luisinho, Juninho, Assis e Válber; Nílson e Serginho. Técnico: Carlos Alberto Zanata. Ele foi o principal artilheiro do Campeonato Brasileiro-1988, quando não estava mais na Colina, mas jogando pelo Internacional-RS.

                                 REPRODUÇÃO DE WWW.SUPERVASCO.COM.BR

               Romário marcou dois gols em sua primeira visita oficial às redes

3 – Romário, segundo maior goleador vascaíno – o primeiro é Roberto Dinamite – estreou no time A, em  6 de fevrereiro de 1985, entrando em campo no decorrer de Vaco da Gama 3 x 0 Coritriba, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, em São Januário, diante de 6.137 pagantes. Naquele dia, o cara foi Roberto Dinamite, marcando dois gols, para Vítor fechar a conta. Treinado por Edu Antunes Coimbra, o time teve: Acácio; Edevaldo, Ivan, Nenê e Aírton; Vítor, Geovani e Cláudioi Adão; Mário Tilico (Romário), Roberto Dinamite e  Rômulo (Donato). OBS: o Mário Tilico desta escalação herdou o apelido do pai  campeão vascaíno da I Taça Guanabara, em 1965.

4 – Romário marcou os seus dois primeiros gols oficiais vascaínos, no 18 de agosto de 1985, em Vasco da Gama 6 x 0 Nova Venécia-ES, no Estádio Zenor Pedrosa Rocha, da cidade xará do time, amistosamente, diante de 2.708 pagantes. Aconteceu aos 40 e aos 42 minutos do segundo tempo. Time do dia: Roberto Costa; Edevaldo (Donato), Neumar, |Ivan (Fernando) e Paulo César; Vítor, Luís Carlos (Gersinho) e Geovani (Dudu); Mauricinho (Santos), Romário e Silvinho, comandados por Antônio Lopes.

5 - O goleiro Mazaropi atingiu o recorde de invencibilidade - 1.816 minutos -, no 18 de maio de 1977, em Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucessoa, pelo primeiro turno do Campeonato Carioca/TaçaGuanabara, em São Januário, assistido por  10.858 pagantes. A marca, reconhecida pela FIFA e a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, durou até  7 de setembro de 1978. Time do dia: Mazaropi; Orlando Lelé, Abel, Geralo e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Dirceu Guimarães; Luís Fumanchu (Wilsinho), Roberto Dinamite e Ramon Pernambucano. Técnico: Orlano Fantoni. OBS: um outro goleiro vascaíno a atingir longa invencibilidade foi Acácio, 915 minutos, em 1988.                                                               

                                    O VASCAÍNO ELBA DE PÁDUA “TIM” LIMA -                                                                                                          Kike de 08.05.2023

Ele foi um dos grandes craques do seu tempo. Tão fera que, durante o Campeonato Sul-Americano-1937, foi apelidado por “El Peón”, pois os cucrachas o viam conduzindo a Seleção Brasileira como um peão boiadeiro conduz uma boiada. Em 1938, disputou a Copa do Mundo, na França. Em 1942, arrasou na disputa de mais um Sul-Americano, daquela vez, na Argentina, redobrando o seu prestígio. Como as seleções nacionais jogavam pouco por aquele tempo, ele só vestiu a jaqueta do Brasil em 16 oportunidades. Em 1944, desistiu de seguir no escrete nacional.

O sujeito em questão foi registrado e batizado por Elba de Pádua Lima, apelidado, pela família, por Ti e, depois, Tim, como ficou consagrado, também, como treinador. Nascido na paulista Rifaina, em 20 de fevereiro de 1916, viveu até 7 de julho de 1984, ficando na história do futebol brasileiro como atacante com dribles insinuantes. Segundo o zagueiro Domingos da Guia, considerado o maior de ua posição entre os brazufa e todos os tempos, em dez temporadas jogando ao lado de Tim, nunca o vira errar um passe.

                                      REPRODUÇÃO DA REVISTA SUPERVASCO

                              Tim é o último em pé, da esquerda para a direita

Foi como treinador que Tim tornou-se um vascaíno. Considerao o "maior estrategista do futebol brasileiro", desembarou em São Januário, em 1970, e conduziu a Turma da Colina à quebra do tabu, de 12 temporadas sem o título do Campeonato Carioca. O antigo atacante Ademir Menezes – terceiro maior artilheiro das história vascaínas, depois de Roberto Dinamite e de Romário -, afirmava ter sido Tim o inventor do cabeça de área e quem faz o ponta-direita fechar em diagonal para dentro do campo e chutar para o arco.

 O Carioca-1970 teve 12 times disputando o turno e oito o returno, etapa para a qual Bangu, Bonsucesso, Portuguesa e São Cristóvão foram. O time-base campeão vascaíno teve: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e Eberval (Batista); Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson Nunes. Foram estes os resultados do Vasco da Gama de Tim naquele Estadual, entre 26 de junho a 20 de setembro: 2 x 1 Bonsucesso; 2 x 1 e 2 x 0 Madureira; 4 x 2 Bangu; 0 x 0 e 4 x 2 Campo Grande; 1 x 1 e 0 x 2 Fluminense; 1 x 0 São Cristóvão; 0 x 0 e 2 x 1 Botafogo; 1 x 0 e 3 x 1 Olaria; 1 x 3 e 3 x 2 América-RJ; 1 x 0 e 1 x 0 Flamengo; 2 x 0 Portuguesa-RJ.       

O CARETEIRO ALECSANDRO

Fazer caretinhas após marcar um gol, para homenagear o pai - o antigo atacante Lela, que inventou a moda -, foi a marca registrada de Alecsandro, enquanto esteve por São Januário, entre 2011 e 2012, quando disputou 97 partidas e mandou 39 bolas na rede. Nascido na paulista Bauru, em 4 e fevereiro de 1981, ele levou para a Turma a Colina uma boa estatura para  – 1m83cm – para brigar com os zagueiros, principalmente nas bolas aéreas. Seu primeiro jogo vascaíno rolou no 27 de março de 2011, com 0 x 0 Fluminense, pelo Estadual-RJ/TaçaRio, e o primeiro gol menos de um mês depois,  em 3 de abril, durante a goleada Vasco da Gama 4 x 0 Bangu, pela mesma competição. Alecsandro subiu na esqudra do Almirante após ter passado por sete clubes, dois deles do exterior. Seu únicoi título vasaíno foi a Copa do Brasil-2011, marcando o gol que deu vantagem ao Vasco na decisão contra o Coritiba – 1 x 0 em São Januário, e 2 x 3 na casa do adversário.    

REPRODUÇÃO DO ÁLBUM DE RECORTES DE REVISTAS E JORNAIS DO TORCEDOR VASCAÍNO RAIMUNDINHO MARANHÃO  - AGRADECIMENTO
 

                                            O SURPREENDENTE VASCÃO-DINAMITE

Entre 3 e 14 de novmbro de 1976, o Vasco da Gama deixou de faturar oito pontos no Campeoantao Basileiro -  1 x 1 Náutico-PE; 0 x 1 Bahia; 0 x 3 Fluminense. Com aquilo, ninguém botafa fé que pudesse dobrar o Grêmio-RS, no dia 17, na cas do adversário, o antigo Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Aconteceu em uma noite de quarta-feira, quando a maioria (gremista), de 14.236 pagantes, foi conferir mais uma “derrota vascaína” – o que indicava o histórico do Almirante. Só que, naquela vez, o meia e ponteiro Luís Carlos "Tatu" Lemos jogou tudo o que não jogara pelas partidas passasdass e emburacou dois gols – Roberto Dinamite fechou a conta, aos 45 minutos do segundo tempo: Vasco 3 x 1.

 Cheio de moral, pela vitória inesperada, o Almira voltou a São Januário pra encarar mais um “favorito”, o forte Flamengo, líder do seu grupo e geral do Brasileirão, com 35 pontos, dez a mais do que o Vasco da Gama. O Almirante era visto, pela torcida rubro-negra, meramente, como zebrão da rodada anterior. Chegado o domingão do Clássico dos Millhões, a chuva espantou a moçada e mudou o apelido do encontro para Clássico do Milhão – rendeu pouco mais de Cr$ 1 milhão de cruzeiros, pagos por maioria flamenguista nos 52 mil pagantes, pois eles eram ao mais asssanhados pelos três pontos.

                               Roberto Dinamite combatido por Rondinelli

 Antes do jogo, o treinador vascaíno, Paulo Emílio, não escondia dos repórteres que o seu time jogaria se defendendo. Realmente! Nos primeiros 15 minutos, o Flamengo sufocou, criou e desperdiçou chances de gol. Como não batia na rede, o Vasco da Gama conseguiu arrumar-se no meio-de-campo e a se soltar. Aos 40 minutos, quase chega lá. Roberto Dinamite deixou o ponteiro-direito Luí Fumanchu com boas chances de calar a torcidas do maior rival, mas este chutou para fora. Quando nada, o xerifão Rondinelli contudndiu-se no lance – foi substituído por Dequinha.  Veio o segudo tempo e o jogo ficou duríssimo para o favorio Fla. Aos 33 minutos, Dequinha falhou no domínio da bola, na frente do Dinamite, que pegou rebote e não perdoou: Vasco 1 x 0 – Mauro; Gílson Paulino, Abel, Gaúcho e Marco Antôni Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Luís Carlos Lemos; Luís Fumanchu (Alcides), Roberto Dinamite e Galdino (Jair Pereira).     

FOTO REPRODUZIDA DO ÁLBUM DE RECORTES DE REVISTAS/JORNAIS DO TORCEDOR CRUZMALTINO RAIMUNDINHO MARANHÃO -- AGRADECIMENTOS!!!!

                                                     TRAGÉDIAS DA COLINA – HERMANO DOVAL                                                                                                     Kike de 14.02.2012

Em um dos seus programas humorísticos na TV, Jô Soares teve um personagem, o argentino Gardelon, que estava, sempre, fazendo sacanagens com os amigos. Quando encerrava o quadro, o comediante fazia considerações sobre o comportasmento do hermano, exclamando: “Mui amigo, non! Era o que poderia ser atribuído, no sentido mais sacânico possível da palavra, ao atacante argentino Narciso Horácio Doval, que defendeu Flamengo e Fluminense. Vejamos:

1 - Quando era atleta rubro-negro, Doval colaborou com o Vasco da Gama vestindo a jaqueta da Turma da Colina, em partida beneficente em prol do também atacante (cruzmaltino) Jorginho Carvoeiro. Foi no 20 de dezsembro de 1975, quando a Fundação de Garantia ao Atleta Profissional-FUGAP formou uma equipe que enfrentou o Almira, no (velho demolido) Estádio Mané Garrincha, em Brasília.  O hermano formou neste time vascaíno: Andrada (Mazaropi); Paulo Céasr Puruca (Fidélis), Moisés (Joel Santana), Miguel e Alfinete; Alcir (Ademir Silva) e Zanatta; Jaburu (Jair Pereira), Roberto Dinamite (Doval), Dé Aranha e Luís Carlos Lemos (Galdino), comandados por Mário Travaglini. A FUGAP, tendo Rubens Minelli por técnico, foi representada por: Waldir Peres (Leão); Orlando Lelé, Alex (Ame-RJ), Wilson Piazza (Edinho) e Marco Antônio Feliciano (Rodrigues Neto); Geraldo (Zé Mário), Zé Carlos (Cruz) (Dudu) e Paulo César Caju (Paulo Isidoro); Gil, Palhilnha (Flecha) e Marinho Chagas, que marcou um dos gols mais bonitos naquele estádio de antes da demolição. Aos 27 do segundo tempo, driblou Fidélis e, sem ângulo, encobriu Mazaropi – Palhinha marcou o outro, enquanto Galdino descontou para os vascaínos, que foram batidos, por 1 x 2, em jogo apitado pelos paulistas Oscar Scolfaro (primeiro tempo), e Emidio Marques de Mesquita (segundo). A renda, vaiada, pois o estádio estava lotado, foi  dada por superior a Cr$ 350 mil cruzeiros.

 2 – Vasco da Gama e Fluminense decidiam o Campeonato Carioca, em 3 de outubro de 1976, com o Maracanã recebendo 127 mil e 52 pagantes. Durante os 90 minutos, a partida ficu no 0 x 0. Na prorrogação, a um minuto do final, Doval marcou o gol que derrubou os vascaínos. Mui amigo, non! Assim formou o Vasco escorregão: Mazaropi; Toninho, Abel, Renê e Luís Augusto; Zé Mário, Gaúcho e Luis Carlos Lemos; Dé Aranha (Luís Fumanchu), Roberto Dinamite e Galdino, comandados por Paulo Emílio. O Fluminense teve: Renato; Rubens Galaxie, Carlos Alberto Torres, Miguel e Rodrigues Neto; Pintinho, Paulo César Caju e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu Guimarães. Detalhe: Miguel e Dirceu haviam sido vascaínos, enquanto Pintinho e Paulo César seriam, no futuro.      

                                      TRAGÉDIAS DA COLINA – ESQUECERAM DA TAÇA                                                                                              Kike de 17.12.2019

O Vasco da Gama já deixou de comparecer a um jogo, em casa, São Januário, diante do Flamengo: em 25 de novembro de 1934. Mas pior foi no 6 de junho de 1999,  quando esqueceu de carregar um troféu duramente conquistado, diante do mesmo adversário e seu maior rival. 

Aconteceu após mandar (evidentemente) 2 x 0 Flamengo, pela Taça Rio, com Edmundo na rede, aos 17 e aos 48 minutos do segundo tempo. No primeiro gol, Zé Maria cobrou falta para a área fatal rubro-negra e o Animal chegou primeiro na maricota; no segundo, Ramon cruzou bola, da direita, para Edmundo, novamente, ser mais rápido do que a defesa do rivalaço, marcar e fechar a 16ª edição da disputa que rolava dede o 24 de abril. Antes, a Turma da Colina havia  carregado aquele caneco, que representava o segundo turno do Estadual, em 1988, 1992, 1993 e 1998. Daquela vez, no entanto, a rapaziada o esqueceu em um dos lados do gramado do Maracanã, onde a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro o colocou para o campeão levantá-lo diante de sua torcida (evidentemente). Só que, rolando comemorações, a moçada só sentilu falta da taça quando já estava nos vestiário, onde Edmundo posou para os fotógrafos a erguendo - fato inédito no futebol mundial, levantar taça no vestiário.

 O Clássico dos Milhões daquele título levou 64.845 pagantes ao ‘Maraca”, tendo apito por conta de Vágenr Tardelli Azevedo, e o time vasaíno escalado, pelo treinador Alcir Portela, com esta moçada: Carlos Germano; Zé Maria (Maricá), Odvan e Felipe; Nasa, Paulo Miranda, Vagner (Ramon) e Alex Oliveira (Fabrício Eduardo); Edmundo e Donizete Pantera.  

Se não tivesse brigado com a turma da Liga Carioca de Futebol e enfrentado o Flamengo, em novembro de 1934, possivelmente, o time vascaíno deveria ter sido: Chiquinho ou  Nascimento, Agnelli e Florindo; Figliola, Zarzur e Argemiro; Lindo, Alfredo I, ou Arlindo, Viladoniga, Gandula e Orlando Rosa Pinto, treinados pelo uruguaio Ramón Platero.     

                                       TRAGÉDIAS DA COLINA – FLUMIGREMADO                                                                                                          Kike de 30.12.2011

 O Vasco da Gama vinha em uma sequência – aceitável -  de três vitórias apertadas e um empate, pelo Campeonato Brasileiro:  21.10.1976 -  3 x 2 América-MG; 24.10 – 1 x 0 Mixto-MT; 30.10 – 1 x 0 CRB-AL; 03.11 -- 1 x 1 Náutico-PE. Incluído na Coluna 2 - Jogo 13 - do Teste 312 da Loteria Esportiva, o Almirante enfrentaria o Fluminense que vinha com campanmha melhor: 1 x 1 Botafogo; 1 x 1 Goiás; 2 x 1 Grêmio-RS; 1 x 0 CRB-AL e 1 x 0 Flamengo. Além disso, nos últimos confrontos entre ambos, pelo Estadual-RJ-1976, os tricolores haviam mandado 4 x 1, 3 x 0 e 1 x 0, além de ficarem em 0 x 0  e 2 x 2, o que significava cinco invencibilidades no duelo. Mas tinha mais na conta negativa cruzmaltina: a rapaziada havia pisado na bola – 06.11 – diante do Bahia, caíndo, por 0 x 1, em São Januário, diate de 22.551 pagantes e levando gol aos 45 minutos do segundo tempo. Juntando o tabuzinho tricolor e o vexame diante dos baianos, também tricolores, a Turma da Colina foi para as apostas como zebra. E cumpriu o seu papel. Levou 0 x 3 Fluminense  - 14.11.176 – no Maracanã, assistido por 58.353 apagantes. Pisões do dia: Mauro; Gílson Paulino, Abel Braga, Gaúcho e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Luís Carlos Lemos; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e Galdino, comandados pelo treinador Paulo Emílio. 

Durante a temporada-1980, o Vasco da Gama disputou duas partidas contra o  Grêmio-RS, a primeira pelo Campeonato Brasileiro (09.03) – e a segunda, amistosamente (21.06), ambas no Estádioi Olímpioco, em Porto Alegre. A oficial ficou em 1 x 3 gremistas, com vexame conferido por 36.286 pagantes e gol vascaíno marcado, por Jorge Mendonça, aos 41 minutos do primeiro tempo – Leão; Orlando, Ivan, Gomes e Marco Antônio Feliciano; Pintinho, Guina e Jorge Mendonça; Wilsinho, Paulinho Massariol e Aílton (Zé Mário), treinados por Orlando Fantoni. Desse jogo, ficou uma foto curiosíssima da revista paulistana Placar, com as duas camisas 10 estampadas nos costados de Jorge Mendonça e de Flávio. No amistoso, assistio por 23.845 pagantes e Vasco 0 x 1 no placar, os pisões foram: Mazaropi; Orlando, Ivan, Léo e Marco Antônio Feliciano; Carlos Alberto Pintinho, Dudu Coelhão e Paulo Roberto. Wilsinho, Roberto Dinamite e Aílton (João Luís). Técnico: Gílson Nunes.      

                                                                  TRAGÉDIAS DA COLINA                                                                                                                               Kike de 28.07.2014

  27 de outubro de 1973 – Vasco da Gama 0 x 1 Olaria - 17ª rodada do Campeonato Brasileiro-1973, em São Januario, com o Almirante naufragando, aos 44 minutos do segundo tempo. Pra piorar, o seu artilheiro Roberto Dinamite, que javia marcado sete tentos e estava só a dois do líder do pelotão de matadores, foi expulso de campo, aos 17 minutos do segundo tempo, por trocar pontapés com um advesário. Que vexame!  - conferido por 3.781pagantes que gastaram Cr$ 41 mil e 80 cruziros. Com aquela pisada na bola, o Almira afogou-se na tabela classificatória, descendo ao 17º degrau, a 10 pontos do primeiro colocado. O vexame daquela vez esteve na conta de: Andrada; Paulo César Puruca, Miguel, Renê e Alfinete; Gaúcho e Zanatta; Jorginho Carvoeiro, Robeto Dinamite, Ademir Silva (Luís Fumanchu) e Luís Carlos Lemos (Dé Aranha) – e do técnico Mário Travaglini.

25 de julho de 1973 – Vasco da Gama 0 x 1 Fluminense – decisão do segundo turno do Estadual-RJ, em jogo extra, no Maracanã. Noite de povãozaço no estádio – 101.363 pagantes – mesmo sendo uma quarta-feira. Dias antes do jogo, o radialistas Ênio Monteiro, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, avisou ao supervisor de segurança vascaíno, o Major Murilo, de que Duque, o técnico tricolor, havia plantado um espião em São Januário. Chamava-se Carlos Alberto “Katuca” e deu uma de verdadeiro agente secreto para fazer o seu trabalho. Colocou um broche com escudo do Vasco na jaqueta e colou no zagueiro Joel Santana para entrar no estádio, como se fora um forcedor fanático. Depois, misturou-se a pedreiros que trabalhavam na pista de atletismo da casa e, dali, ficou ouvindo as instruções do treinador Mário Travaglini. Além de levar a informação de que o centroavante Dé Aranha, machucado, ficaria nobanco dos reservas, o Travaglini teria que improvisar bastante, devido uma série outras lesões. E o mais importante: descobriu que era o zagueiro Moisés quem alertava o desligadão Paulo César Puruca pra se ligar nomomento de adiantar a zaga e deixar o ataque do adversário em impedimento. Vem o jogo, o Flu joga em cima do que o Katuca levou ao Duque e vence. Vacilões da noite: Andrada; Paulo César Puruca, Moisés, Renê e Alfinete; Alcir, Gaúcho e Buglê; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite (Dé) e Luis Carlos Lemos.         

                            VASCO NO PLACAR – NAS ÁGUAS DE MOISÉS  

                                                           Kike de 24.05.2023

 

 Salvo das águas: significado do nome Moisés, vindo do hebraico Mosheh e de história bíblica pela qual ele teria sido colocado em um cesto. lançado a um rio e resgatado pela filha do faraó egípcio. Nesses tempos mais modernos, o zagueiro Moisés, do Vasco da Gama-1971 a 1976, não foi resgatado em nenhum rio, mas cresceu nadando e mergulhando, aos primeiros raios do sol, quando o seu pai o acordava para se misturar com as águas do Rio Paraíba, em Resende-RJ.

 Moisés aprendeu, com o pai, a fazer pescas com anzol, mas o que ele queria mesmo era desenvolver-se em mergulhos submarinos, o que não podia, por que a grana do coroa - sargento do Exército -  não sobrava para comprar equipamentos especializados em visitas ao fundo do mar. Então, ele ficava só no sonho do garoto.

Um dia, o pai – e mestre de pescarias – de Moisés foi servir em um quartel do Rio de Janeiro. Como o seu salário só lhe permitia residir em subúrbio longe do mar, o garoto só achou o futebol para se divertir. Ganhou a chance de treinar no Bonsucesso, sobretudo porque era forte, ágil e sabia espantar os atacantes. Chegando ao time principal, formou uma tripla terrível, com Renê e Paulo Lumumba, a mais temida do futebol carioca, batendo até na alma de quem pintasse pela frente.

 Por aqueles tempos, Moisés não acreditava em seu futebol, e dar porradas nos atacantes era a sua única fonte de sobrevivência em campo. Mesmo assim, após fazer 19 de idade, passou por Flamengo e
Botafogo, para deixar de ser um suburbano bitolado, conhecer novos ambientes,  viajou pelo exterior e até fez curso de mercado de capitais. Próxima parada: zaga do Vasco da Gama.

 Com a jaqueta cruzmaltina, o malvado Moisés passou a jogar mais na bola do que na canela dos adversários, firmou-se como titular, passou a ser elogiado pela imprensa e ganhou convocação para a Seleção Brasileira. Aos 25 de idade, finalmente, pode comprar a sonhada casa na praia. Por atribuir o seu grande progresso ao Almirante, fez questão de casar-se na capela de São Januário.    

Tudo ia bem para Moisés no Campeonato Brasileiro-1973, até ele sofrer lesão no joelho direito. Com Renê, antigo parceiro de Bonsucesso, suspenso, e ele correndo o risco de passar por uma cirurgia, a defesa da Turma da Colina sofreu uma abalo. Ele intensificou os trabalhos de recuperação, mas, ao tentar voltar a jogar, o joelho doeu e ele saiu de campo chorando, achando que, por ali, sumiriam as suas chances de disputar a Copa do Mundo-1974.

                                 Placar fotografou melro fisgado por Moisés

O espírito das águas, no entanto, o ajudaram. Ele venceu  período de tratamento do problema físico e, em 2 de dezembro daquele 1973, em Vasco da Gama 0 x 0 Figueirense, no Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis, atuou bem e nada sentiu. A não ser uma porrada no supercílio direito - ver foto da revista Placar – Nº 197, de 21.10.1973 –, o que não era nada para quem estava acostumado ao mundo porradeiro.

 Recuperada a sua vaga de titular vascaíno, Moisés encerrou a sua participação na segunda fase do Brasileirão-1973 ajudando a rapaziada vascaína a mandar 1 x 0 Fluminense; 2 x 1 América-RJ e 1 x 0 Botafogo. E foi passar as férias no mar, completamente, nas águas da galera - daquela vez, usando o que de melhor havia em roupas de mergulho, compradas na Itália, com o dinheiro que lhe pagava o Vasco da Gama.      

          

                                          VASCO NO PLACAR – FORMIGUINHA DIRCEU

                                                                       Kike de 25.06.2023

Quando Dirceu chegou a São Januario, o torcedor vascaíno o imaginava sujeito simples, humilde, tímido e que faria na equipe o papel da “formiguinha” criada pelo ponta-esquerda Zagallo, na Seleção Brasileira da Copa do Mundo-1958. Com o tempo, a galera foi vendo que o carinha não era nada daquilo, mas muito orgulhoso do seu futebol e querendo, cada vez mais, a fama. Sentia-se humilhado quando o treinador o substituía durante as partidas. Com ele, não tinha esse negócio de sair de campo para ser poupado. Só aceitava substituição quando não dava mais mesmo para continuar jogando, por conta de alguma pancada forte.

 Embora alguns o vissem por “jogador armandinho”, Dirceu era considerado pela maioria dos torcedores cruzmaltinos como aplicado, taticamente, rondanado por todas as partes do campo e só pensando em vencer. Assim, ele vestiu a jaqueta vascaína entre 13 de fevereiro de 1977 – Vasco da Gama 2 x 1 Flamengo, amistosamente, e 12 de fevereiro de 1978 – Vasco da Gama 0 x 0 Corinthians, pelo Brassileiro, disputandi 25 partidas e marcado dois gols – nos amistosos Vasco 2 x 1 Flamengo (13.02.1977) e Vasco 4 x 3 Botafogo (18.02.1977).

 Como representante do Almirante, Dirceu disputou a Copa do Mundo da Argentina-1978, voltando como o destaque do time canarinho, eleito o Chuteira de Broze da competição, só superado pelo argentino Mário Kempes e o italiano Paolo Rossi. Ao lado de outro vascaíno, Roberto Dinamite, foi o brasileiro que mais gols marcou naquele Mundial (3), tendo sido dele o que deu ao time de Cláudio Coutinho – Brasil 2 x 1 Itália -  o terceiro lugar do Mundial argentino –  24 de junho de 1978 -, quando o treinador brazuca considerou os seus rapazes “campeões morais”, por saírem invictos da disputa, enquanto os anfitriões-campeões haviam perdido para a Itália.

        Reprodução de contracapa da revistas Placar


Se não deu para Dirceu trazer o caneco das canchas argentinas, ele ganhou o do Estadual-RJ-1977, participando de todas as 30 partidas deste time-base: Mazaropi; Orlando Lelé, Abel Braga, Geraldo e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Helinho e Dirceu; Wilsinho, Roberto Dinamite e Ramon Pernambucano, treinados por Orlando Fantoni. Em 1988, ele estava de volta a São Januário para ajudar na conquista de mais um título estadual, participando de sete partidas – Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e William; Vivinho, Bimarck e Romário foi o time-base, comandado por Sebastião Lazaroni.

 Nascido, em Curitiba, no 15 de junho de 1952, Dirceu Jose Guimarães viveu até 15 de setembro de 1995, levado desta vida por um acidente automobilístico, no Rio de Janeiro. Muitos o chamavampor Dirceuzinho, por ser magrinho e ter pouca estatura – tudo compensado por um fôlego de gato, se é que o gato tem tanto fôlego quanto ele tinha.

 

 

 

 

 

Para promover a estreia do artilheiro Roberto Dinamite e do meia-atacante Elói, o Campo Grande armou amistoso e venceu a Portuguesa de Desportos, em 13 de junho de 1991, por 2 x 0, no Estádio Ítalo Del Cima, no bairro carioca de Campo Grande-RJ. Elói fomou meio-de-campo com Círio e Rogério, tendo agradado tanto que, em 

A estreia do Campeonato Carioca, na Taça Guanabara, foi contra o Vasco, no 4 de agosto de 1991, e o Almirante vez 1 x 0. Terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 12 pontos, atrás só dos quatro grandes. Na Taça Rio, o segundo turno, o Campusca recebeu reforços, como Cláudio Adão e Paulo César Gusmão, e aprontou das suas. Logo na estreia, em 7 de outubro, bateu o Vasco, por 2 a 0, no Ítalo Del Cima. No retuno, cehgoua liderar a Taça Rio por alguns jogos, e terminou, novamente, em quinto lugar, sua posião ao final do campeonato. Fez 22 jogos (12 ponto), com oito vitórias, oito empates e seis derrotas, com 30 gols marcados e 29 levados. Atrás só de Flamengo (18 pontos) Fluminense (17). Botafogo (16) e Vasco da Gama (15).

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Sempre que havia uma brecha em sua agenda da década-1970, o Vasco da Gama saía pelo país, fazendo amistosos caça-níqueis que ajudavam no pagamento da folha salariam mensal. Roberto Dinamite era a principal isca dasquelas pescarias, como haviam sido Ademir Menezes, Vavá e Bellini, entre outros, de outros tempos.
 Um desses amisstosos cata grana da "Era Dinamite" rolou no 14 de dezembro de 1976, no Estádio Municipal Vidal Ramos Júnior, na catarinense Lages. Naquele dia, uma terça-feira, a Turma da Colina  escreveu Vasco da Gama 2 x 1 Internacional de Lages-SC, com um dos gols marcados por Roberto Dinamite, aos 22 minutos do primeiro tempo -  Ramon Pernambucano fez o outro. Treinado por Paulo Emílio, o time teve: Mazaropi; Orlando Lelé (Toninho), Abel Braga, Gaúcho e Luís Augusto (Marcelo); Zanata, Zé Mário e Luís Carlos Martins; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite (Zandonaide) e Ramon. Depois daquele jogo, o Vasco da Gama voltou a se encontrar com o Inter de Lages só mais uma vez, em novo amistoso, no mesmo local, em 17 de abril de 1985, uma quarta-feira. Goleou: 5 x 2, com o Dinamite deixando o dele na rede, aos 45 minutos do primiro tempo, cobrando pênalti.

 Na segunda semana de setembro de 1978, a revista paulistana Placar, da Editora Abril, publicou matéria sobre Roberto Dinamite, considerando o atleta bicho certo.  O texto foi acompanhado  pela foto de Zeka Araújo e saiu à da página 28, do nº 446, de 10.09.1978. Naquela semana, a Turma da Colina mandou 4 x 2 Portuguesa-RJ, pelo Estadual-RJ, em prélio de pouca gente, 4.933 pagantes. O Dinamite bateu na rede só uyma vez naquele prélio, em São Januário, aos 21 minutos do primeiro tempo. Se deram bem com o "homem-bicho-certo": Jair Bragança;  Orlando Lelé, Gaúcho, Marco Antônio e Paulo César; Helinho, Paulo Roberto e Guina; Wilsinho, Roberto Dinamite e Paulinho Massariol.  Técnico: Orlando Fantoni.  



.01.1982 - Vasco da Gama 7 x 0 Moto Clube-MA -  Campeonato Brasileiro, co os impiedosos batizados por Cláudio Adão (3), Roberto Dinamite, Renato Sá, Dudu Coelhão e Marquinho. O treinador era Antônio Lopes, que escalou: Mazzaropi; Rosemiro (Galvão), Rondinelli, Ivan e Pedrinho; Dudu Coelhão, Serginho e Renato Sá (Marquinho); Wilsinho, Roberto Dinamite e Cláudio Adão. 




 Em 21 de outubro de 1989,  um sábado , Roberto Dinamite, o maior ídolo da torcida cruzmaltina, enfrentou o Vasco da Gama, no 0 x 0 Portuguesa de Desportros, pelo Campeonato Brasileiro. O maior goleador da história vascaina estava emprestado à Lusa do Canindé e foi assisstido por 7.502 pagantes, que gastaram NCz$ 120.255,00 (novos cruzeiros). José de Assis Aragão-SP apitou e o Vasco da Gama, treinado por Nelsinho Rosa, alinhou:  Acácio; Ayupe, Sidnei, Leonardo Siqueira e Cássio; Zé do Carmo, Andrade, William e Marco Antônio Boiadeiro; Anderson (Vivinho) e Tato. A Portuguesa-SP tinha por treinador alguém muito ligado ao Vasco, Antônio Lopes, e contava, ainda, com o lateral-esquerdo Lira, que se consagrara em São Januário – Sidmar; Zanata, Eduardo, Henrique e Lira; Capitão, Márcio Araújo, Biro-Biro e Toninho; Jorginho e Roberto Dinamite foi a formação.
Carlos Roberto de Oliveira tinha a sua imagem ligada, indissociavelmente, ao Vasco da Gama. Passara 21 dos seus 22 anos como atleta profissional na Colina, balançado as redes por 702 vezes, em 1.110 partidas com a camisa cruzmaltina. Entre os motivos que  o tornaram maior ídolo da torcida vascaína estavam ser o maior artilheiro da história dos Campeonatos Brasileiro (190 gols) e Carioca (279). Pela Federação Internacional de Estatística de Futebol, entidade reconhecida pela FIFA, aparecia como o quinto goleador do planeta, em disputas de primeira divisão, com 470 gols, em 758 jogos oficiais – fica atrás só do “Rei Pelé”, de Josef Biean (TCH), de Puskas (HUN) e de Romário.
Roberto Dinamite chapela Osmar me marca o seu gol mais bonito, em foto do arquivo do jornalista José Dias

 O maior artilheiro da história do Club de Regatas Vasco da Gama, Roberto Dinamite (702 gols, em 1.100 jogos), considera este o mais bonito. Ele aplica um "chapéu" no zagueiro botafoguense Osmar Guarnelli, no clássico de 9 de maio de 1976, pela Taça Guanabara, quando a "Turma da Colina" venceu, por 2 x 1, de virada, após vantagem do rival, por toda a primeira etapa. Roberto fez os dois tentos vascaínos, aos 18 e aos 44. O time do dia, dirigido por Paulo Emílio, teve: Mazaropi; Gaúcho, Abel Braga, Renê e Marco Antônio; Zé Mario, Zanata e Luiz Carlos Lemos; Luís Fumanchu, Roberto e Dé "Aranha".
1 - O jogo em que o glorioso capitão Mauro Galvão abriu  o sacode não foi contra o Bonsucesso, mas frente ao Madureira, em 19 de maio. de 1999. Rolou em São Januário e o Vasco mandou 8 x 1, com os outros gols marcados por  Guilherme (3), Donizete "Pantera" (2) e Alex Oliveira  (2). 
    




Embora tivesse ajudado ao Vasco da Gama a ser campeão estadual-1977/1982/1987/1988, e campeão brasileiro-1974, os 592 gols marcados por Roberto Dinamite, em em 946 partidas, não comoveram os cartolas que comandavam o clube, em 1989. 
Apresentado pela Portuguesa de Desportos, Roberto forçava o sorriso,
 como prova esta foto reproduzida do álbum de recortes 
do kikenauta Raimundinho Maranhão.
Aos 35 de idade, o atacante foi considerado descartável, ao ponto de o Vasco da Gama contratar, para ser o astro o seu ataque, o baiano  Bebeto (José Roberto de Oliveira Gama), com muita festa e regalias. Não era pra menos. O Dinamite sentiu na alma o seu escanteamento pelos dirigentes, afinal ele era considerado o maior ídolo da torcida vascaína, desde que o futebol fazia parte da vida do Almirante. Era por ele que a galera se espremia em cima de alambrado de estádio para toca-lo, quando entrava em campo.
 No dia 9 de agosto daquele 1989, Roberto era recebido - também, com festa - pela paulistana Portuguesa de Desportos, clube, como o Vasco da Gama, da comunidade lusitana no Brasil. Mas nãos seria bem aquilo que ele gostaria de estar vivendo. As dezenas de rojões que explodiram o céu do Canindé, as garrafas de uisque abertas e os bolinhos da bacalhau não alimentaram tanto a sua alma, uma sobremesa do que ele desfrutava, há 19 temporadas, em São Januário.        
A Lusa do Canindé levara o Dinamite, por empréstimo, até o final de 1989, pagando-lhe Cr$ 800 mil cruzados novos mensais (boa grana na moeda da época), além de apartamento com três quartos e prêmios especiais, livres do imposto de renda.
Carlos Roberto de Oliveira mudava de camisa, pela segunda vez. A primeira, em 1980, quando passou, apenas, três meses no espanhol Barcelona. Casado, com Liliane, e pai de Luciana (15), Tatiana (11) e de Roberto (1,3), ele não poderia estar mesmo tão feliz. Além de ir jogar para um time que apresentava-se para pequenas plateias, ao contrário do Vasco da Gama, a sua família ficara  no Rio de Janeiro. Ele não esteve tão solitário em São Paulo porque frequentava, sempre, a pequena área, e dali saiu 11 vezes parta o abraço dos companheiros, durante o Campeonato Brasileiro.
Voltou à Colina, mas teve que sentar-se no banco dos reservas. 


1 - Em 28 de julho de 2008, Roberto Dinamite venceu Amadeu Pinto da Rocha, candidato de Eurico Miranda, e tornou-se presidente do Vasco, encerrando um período de mais de 20 anos de domínio dos euriquistas. O Bob obteve 140 votos, contra 103 de Amadeu. Primeiro ex-atleta do clube a chegar à presidência, Roberto assumiu o cargo em 1º de julho. “Joguei 20 anos no Vasco..... O Vasco tem que ser uma equipe campeã, mas não só em campo. Também fora, com respeito a todos. Era a vontade dos torcedores de todo o Brasil. ... A vitória não é só minha. É uma conquista da nossa chapa, que representa de 10 a 20 milhões de torcedores”, discursou Roberto, após a vitória que já era clara pouco antes de 1h da manhã, quando a chapa de Roberto venceu a eleição para o Conselho Deliberativo por 146 a113.

DINAMITU O CORONEL e abriu uma nova era na Colina, valendo reeleição, em 2011                              
 O Vasco rasgava o caminho para o seu primeiro título de campeão carioca da Série A. Era o ano da sua estreia na elite. Em 8 de julho de 1923, cerca de 35 mil torcedores, pelos cálculos do jornal ”O Imparcial”, lotavam até a pista de atletismo do estádio das Laranjeiras, do Fluminense, para ver o primeiro “Jogo do Século”. O Flamengo abriu 2 x 0, no primeiro tempo. Ceci empatou, no início do segundo. Junqueira fez 3 x 1, e Arlindo o segundo da rapaziada. Depois, o Vasco igualou o placar. Mas o juiz Carlito Rocha, do Botafogo (na época, os árbitros eram pessoas dos cubes) anulou o gol, para o time líder não ser campeão invicto. Então, Flamengo 3 x 1, no apito. Valeu uma grande comemoração dos torcedores rivais, que fizeram uma tremenda passeata festiva, das Laranjeiras até a Lapa. Roubazaço! 
 

2 -  Nascido em Duque de Caxias-RJ e registrado como Carlos Roberto de Oliveira, o garoto dinamite foi vascaíno de 1970 a 1979; de 1980 a 1989; em 1990 e de 1992 a 1993. Quando esteve fora de São Januário, passou por Barcelona-ESP, em 1981; Portuguesa de Desportos-SP, entre 1989 a 1990, e  Campo Grande-RJ, em 1991.
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Gols de Roberto Dinamite por adversários: Fluminense 43; América 30; Botafogo 28; Americano 27; Bangu 27; Flamengo 27; Goytacaz 22; Portuguesa 22; Bonsucesso 19; Campo Grande 18; Olaria 14; São Cristóvão 14; Madureira 12; Internacional 11; Corinthians 10; Volta Redonda 10; Operário 8; Vitória 8; Santos 7; Grêmio 7 e Goiânia 7.
26.10.1992 - Último gol de Roberto Dinamite, pelo Vasco, no 1 x 0 sobre o Goytacaz, pelo Estadual-RJ, em São Januário. Por adversários, foi assim que o Dinamite esvaziou o seu saco de maldades: Fluminense 43 gols; América 30; Botafogo 28; Americano 27; Bangu 27; Flamengo 27; Goytacaz 22; Portuguesa 22; Bonsucesso 19; Campo Grande 18; Olaria 14; São Cristóvão 14; Madureira 12; Internacional 11; Corinthians 10; Volta Redonda 10; Operário 8; Vitória 8; Santos 7; Grêmio 7 e Goiânia 7.

 BOB FIVE - Vaso 5 x 2 Coirinthians

                                                          

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