domingo, 31 de outubro de 2021

RevPelesíaca

 

                                                             PENÚLTIMO PELÉ 

  Na data de hoje, em 1973 – portanto, há 47 temporadas - o Rei Pelé enfrentou o Vasco da Gama pela penúltima vez. Foi em uma tarde de domingo, no Maracanã, com o placar anotando Vasco da Gama 1 x 1 Santos, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro.  Roberto Dinamite balançou a roseira, em nome do Almirante, enquanto o Rei do Futebol ficou devendo – o gol santista foi por Eusébiol.

Dirigida por Mário Travaglini, a  Turma da Colina do dia alinhou: Andrada; Paulo César Puruca, Renê e Pedrinho; Alcir e Zanatta (Gaúcho) e Ademir (Dé); Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luís Carlos Lemos. A raspaziada do Camisa 10 chamava-se: Cejas; Carlos Albrto Torres, Hermes, Vicente e Zé Carlos; Clodoaldo e Léo (Brecha); Mazinho, Euzébio, Pelé e Ferreira (Cláudio Adão), treinados por Pepe (José Macia).

 Quase uma temporada deois – 21 de julho de 1974 – o Rei disputasria a sua última partida contra o Vasco, clube pelo qual ele declarou torcer, no futebol carioca. Valeu, também, pelo Brasileirão, no mesmo Maraca, pela parte finalo da competição (que teve o Almira campeão), diante de 97.696 passantes pelas catracas.

 

                                          HISTÓRIA DE UM GRANDE DUELO

 

O Vasco encarou Pelé por 20 vezes, entre 1957 e 1974. E igualou a “guerra”, rolando oito vitórias de cada lado, além de quatro empates. A primeira batalha foi em 1957, durante a “Semana Alvinegra”, promovida pelo Santos, para comemorar o seu 45º aniversário, como bicampeão paulista (1955/56). De sua parte, o “Time da Colina” era o campeão carioca (1956).

No primeiro Vasco x Pelé, em 7 de abril de 1957, na Vila Belmiro, e o Peixe mandou 4 x 2 e o garoto santista nem era titular ainda. Fazia a sua 15º partida no time A santista. Depois daquilo, muitas histórias viriam, como as que leremos abaixo.

Torneio Rio-São Paulo de 1959 - O Vasco liderava e só uma escorregada diante do Peixe, no último jogo, lhe tiraria o bi. Pelé esteve infernal, fez um gol e levou seu time aos 3 x 0, tomando o caneco da “Turma da Colina”.

Torneio Rio-São Paulo de 1963 - O “Time da Colina” encarava Pelé no Maracanã, e o vencia, por 2 a 0. A dupla de “xerifões” vascaínos, formada por Brito e Fontana, resolveu tirar um sarro no “Camisa 10”. Quando a bola saía, um deles a chutava, para mais longe, aproveitando que, naquela época, não havia tantos gandulas. E sacaneavam: ‘É, crioulo, nessa não dá mais”. Pra chatear mais, indagavam: “Cadê o Rei?” Faltando dois minutos para o final da partida, Pelé empatou a pugna: 2 x 2. Aí, pegou a bola, chegou pra Fontana, entregou-lhe a bola e sugeriu-lhe: “Leve para a senhora sua mãe. Diga que foi presente do Rei”.

Torneio Roberto Gomes Pedrosa-1969 (Taça de Prata) - No dia 19 de novembro de 1969, o mundo parou para ver or milésimo gol de Pelé. Justamente, contra o Vasco. Houve um pênalti, muito constestado pelo zagueiro Fernando, que jura não ter nem tocado no “Camisa 10”, e este foi para a cobrança. O goleiro vascaíno Andrada, até então, fechava o gol, pois não queria ver a trma lhe chamando de “Arqueiro do Rei”. Ele até tocou na bola, durante a batida da falta. Mas não deu. Naquele noite, até a segunda viagem do homem à Lua passou despercebida diante de um acontecimento tão grandioso aqui na Terra.

 

Campeonato Brasileiro-1973 - Pelé vai ao Maracanã encarar o Vasco. Seria a primeira vez em que o maior ídolo do Santos estaria frente a frente com o futuro maior ídolo cruzmaltino, Roberto Dinamite. Muitos achavam que o “Garoto da Colina”, aos 19 anos, se intimidaria diante do “Rei”. Porém, aos 34 minutos, o lateral vascaíno Paulo César cruzou, na medida, para Roberto ganhar de Carlos Alberto Torres, na corrida, e emendar, de num sem-pulo , par a rede, indefensável. Pelé foi cumprimentá-lo, após o jogo, e declarou: “Foi o gol mais bonito que eu vi neste Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado, será um craque”. Proféticas palavras: Roberto Dinamite se tornaria o maior artilheiro da história do Vasco, com mais de 700 gols em mais de mil jogos com a jaqueta vascaína. (foto reproduzida de www.osgigantesdacolina.blogspot.com). Agradecimentos

 

 O Maracanã, que sempre aplaudira o “Camisa 10” e se tornara o palco predileto do time santista, onde sempre era aplaudido, iria assistir ao único jogo do “Garoto Dinamite” contra o “Atleta do Século”. Quando rolou a bola, o Vasco destacou o volante Alcir Portella para ajudar ao zagueiro René a marcar Pelé. E só subia nos contra-ataques. Num deles, aos 34 minutos do primeiro tempo, o lateral-direito Paulo César venceu o lateral-esquerdo santista Zé Carlos e cruzou  a bola para a área do "Peixe". Roberto penetrou entre Carlos Alberto e Vicente, aplicou o chamado “sem pulo”, pegando a pelota no ar. A gorduchinha passou pelo ângulo esquerdo das baliza defendida pelo argentino Cejas. Um golaço! Tanto que, depois de sair pro abraço de sua turma, Roberto recebeu os cumprimentos do “Rei Peé”, que declarou: “Foi o gol mais bonito que vi nesse Campeonato Brasileiro. Se este garoto for bem trabalhado será um craque” – acertou na mosca!

No segundo tempo, Eusébio empatou, aos 44 minutos, e o placar ficou no 1 x 1. O Vasco foi:  Andrada; Paulo César, Miguel, Renê e Pedrinho; Alcir, Zanata (Gaúcho) e Ademir (Dé); Jorginho Carvoeiro, Roberto Dinamite e Luiz Carlos Lemos. O Santos, treinado por José Macia, o seu ex-ponta-esquerda Pepe, teve: Cejas; Hermes, Carlos Alberto Torres, Vicente e Zé Carlos; Clodoaldo e Léo (Brecha); Mazinho, Eusébio, Pelé e Ferreira (Cláudio Adão). Técnico: José Macia, o Pepe. O juiz foi José Luiz Barreto (S) o público de 44.590 pagantes e renda de Cr$ 97.328

VASCO 2 X 1 SANTOS -  Corria o 21 de julho de 1974 e o adversário e a batalha valia pela fase final do Campeonato Brasileiro. Pelé deu esperanças de vitória à sua patota, igualando o placar, aos 30 minutos do segundo tempo – aos 15 da primeira etapa, Luís Carlos Lemos havia aberto o placar. Mas, faltando duas voltas do ponteiro do relógio do juiz gaúcho Agomar Martins para o final da pugna, o garoto Roberto Dinamite desempatou, para os cruzmaltinos, em um belíssimo tento que mereceu elogios do “despedinte”. 
Pelé disputou a sua última partida no Maracanã diante de 97.696 desportistas, que pagaram Cr$ 1.168.789,00. A bola que ele mandou à rede teve aquele endereço pela 1.214ª vez, em 1.242 compromissos. Coincidentemente, o seu comandante em seu último jogo no Maracanã era Tim, o treinador que tentou levá-lo para o Bangu, quando ele tinha 15 anos e defendia o Baquinho, de Bauru. Treinado por Mário Travaglini, o time cruzmaltino ganhou do “Rei" contando com: Andrada; Fidélis, Joel Santana, Miguel e Alfinete; Alcir, Zanata e Peres; Luís Carlos, Roberto Dinamite e Jaílson (Jorginho Carvoeiro). A “Turma do Rei” era: Carlos; Hermes, Vicente, Bianchi (Oberdan) e Zé Carlos; Clodoaldo e Brecha; Fernandinho, Nenê (Cláudio Adão) e Pelé e Mazinho. (Foto reproduzida da revista "Grandes Clubes"). Agradecimento.

 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário