Brasília é uma das cidades brasileiras que mais contam com
quadras de tênis, juntando clubes e residências. Por aqui, a modalidade não é
só um esporte entre pessoas que podem frequentar clubes, mas um meio de
interação social.
Para a médica entomologista Rosete
Carvalho, praticado entre amigas, o tênis na vida brasiliense entre
pessoas não, verdadeiramente, atletas “ajuda na estabilidade e no
relaxamento do equilíbrio mental do dia a dia”. Ela só não fala assim
quando a atividade é levada para a competição. “Nesse caso, vem a
responsabilidade de vencer, o peso de atuar bem, que deixa a pessoa nervosa”,
acentua.
Brasília já teve grandes nomes no tênis brasileiro feminino, como Claudia Chabalgoity, que liderou o seu ranking, por muito tempo. E a cidade já sediou vários grandes eventos, que trouxe pra cá todos os grandes nomes das raquetes brazucas, com Gustavo Kuerten, em inícios de carreira, Luiz Matar, Fernando Meligeni, Silvana Campos, Gisele Miró e muitos outros. Inclusive, por ter ótimas quadras, certa vez, a argentina Gabriela Sabatini, então uma das primeiras do ranking mundial, escolheu a Academia de Tênis de Brasília para fazer pré-temporada, com o teirnador paulista Carlos Kirmair.
Grupos de amigas que se reúnem
para jogar tênis pelos clubes brasilienses, além de manterem o corpo em
atividade física, aproveitam, também, para o desenvolvimento de atividades
culturais. Caso da proposta Livros e Raquetes, que faz as tenistas
trocarem, depois dos treinos e partidas, a quadra pela análise de boas
leituras. “Discutimos autores consagrados mundialmente, de passado até muito
distante, e os que estão chegando e começando a encantar”, explica Rosete
Carvalho.
Normalmente, tenistas amadores
decidem rolar a bolinha mirando-se em algum ídolo. No caso da médica
Rosete Carvalho, ela teve por isca o filho Fabiano Carvalho, hoje o seu
professor e de várias de suas amigas. Vendo o garoto recebendo aulas do pai –
Dílson Carvalho, funcionário do Ministério da Fazenda – ela decidiu fazer o mesmo, já que Brasília não tinha praia pra ela jogar frescobol,
como o fazia, no Rio de Janeiro, onde brincava, com o marido. nas areias das praias.
Como a maioria das mulheres modernas de vida bem ativa em Brasilia preenchem todo o seu tempo (pela ordem, na foto, Márcia Amorim, Edna Maciel, Karla Haje, Terezinha Acioly, Fabiano Carvalho (professor), Marilena Mendes, Rosete Carvalho, Silvia Diez, Claudia Vieira e Vitória Vieira (sentada), além de médica hospitalar, Rosete foi professora de Biologia, do Colégio Elefante Branco, o que só lhe permitia jogar tênis pelos finais de semana. Assim, só após os seus 58 de idade, ao aposentar-se da Medicina, e ficou mais amiga das raquetes.
Atualmente, jogando no Iate Clube de Brasília, Rosete nunca se preocupou em ser a fera das quadras, por ter o tênis, meramente, só por meio de interação social. Mas, certa vez, levada para uma disputa amistosa, entre amigas, formou par, com Marilene Melo, e volto pra casa com medalha pendurada no pescoço. “Bom! Mas interagir, socialmente, com amigos, é muito melhor” – palavra de quem tem CRM- Certificado de Registro Médico e passo (e ainda passa) muito tempo revirando, físico, corações e mentes.
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