MANÉ VASCAÍNO
Era o dia 20, do mês 7, do 7º da
década-60. O camisa 7, aos 20 minutos do segundo tempo, balançou a rede, em um
jogo de 7 gols: Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. Estava escrito que,
algum dia, Mané Garrincha vestiria a jaqueta cruzmaltina.
Esta história começa em 1947, quando um tio do Mané – Manoel Francisco
dos Santos – com quem ele se sentia mais a vontade do que seu alagoano pai, pediu
ao amigo Franciso dos Santos Ferreira, o Gradim, treinador do Vasco da Gama,
para experimentar o seu sobrinho, que andava perto de fazer 15 anos. Mas o
garoto viu tantos outros com o seu mesmo sonho, esperando pela vez de rolar a
bola, que terminou não tendo paciência para esperar. Desistiu e foi embora.
Quatro anos se passaram. Então, Manoel dos Santos, nascido em 18 de
outubro de 1933, resolveu voltar a São Januário, para nova tentativa. Só queu
não levou assuas chuteiras. Como o clube não tinha pares sobarndo e, muito
menos, ninguém dos que estasvam por ali, novamente, falhou a tentativa de ele
entrar para a Turma da Colina. |
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Veio, então, a temprada de 1967, e Garrincha não conseguira repetir,
pelo Corinthians, o futebol que o fizera o maior ponta-direita da histórai do
futeboo: apenas dois gols em 13 jogos. Já era final de carreira, e o clube
paulista o cedeu ao Vasco. Em São Januário, o Mané só treinava. Um dia,
então, o zagueiro Brito, o capitão do time, liderou a rapaziada e pediu aos cartolas
para definirem o futuro do “Demônio das Pernas Tortas”.
Valeu o pedido. Arrumaram a situação do craque e marcaram a estreia de
Garrincha para o jogo contra o Bangu, pela Taça Guanabara-1967. Mas não
rolou. Antes, haveria um amistoso, contra a seleção municipal de Cordeiro-RJ, e
ele foi incluído no grupo da partida, mesmo tendo se machucado no treino da
véspera. Jogando no sacrifício. Mane agravou a contusão e por ali terminou a
sua aventura vascaína, que se reuniu ao 90 minutos e ao gol marcado, cobrando falta,
diante do time de Cordeiro. Pelomenos, por um jogo, Garrincha vestiu a camisa
do Vasco da Gama, como já haviam feito Domingos da Guia, Fausto dos Santos,
Leônidas da Silva, Zizinho e Pelé. O jogo em que Garrincha foi
cruzmaltino homenageou João Beliene, o então único sócio fundador do Vasco
ainda vivo. Pela cota de NCr$ 600,00, o clube enviou a Cordeiro um time
mesclando reservas, como goleiro Edson Borracha e o atacante Bianchni, que já
haviam passado pela Seleção Braileira, juvenis e jogadores que vinham sendo
testados pelo técnico Gentil Cardoso. Confir a ficha técnica.
20.07.1967 - Vasco 6 x 1 Seleção de Cordeiro-RJ. Local: Cordeiro (RJ).
Juiz: Vander Carvalho. Renda: NCr$ 2. mil 727 novos cruzeiros e 25 centavos.
Gols: Bianchini, aos 15, aos 18 e aos 35, e Zezinho, aos 21 min do 1º tempo;
Milano (Cor), aos 10; Garrincha , aos 20, e Valfrido, aos 35 minutos do 2º
tempo. Vasco: Édson Borracha (Celso); Djalma, Ivan (Joel), Álvaro e Almir;
Paulo Dias e Ésio; Garrincha, Bianchini (Sílvio), Zezinho (Valfrido) e Okada
(William). Técnico: Gentil Cardoso. (fotos enviadas pelo ex-goleiro
vascaíno e atual bloqueiro Valdir Appel).
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