A tela La Gioconda, de Leonado da Vinci, era apenas uma das muitas do artista, até ser roubada do parisiense museu do Louvre, pelo vidraceiro italiano Vicenzo Peruggia, em 1911. Para os estudiosos, era inferior, tecnicamente, por exemplo, a Dama com Arminho, em que Leonardo retrata Cecília Galerani, amante de seu protetor Ludovico Sforza, Duque de Milão. No entanto, a notícia do roubo, atiçou a curiosidade dos franceses e o restante da história todos conhecem.
Depois de La Gioconda ter viajado no tempo, por cinco séculos, em 2005, surgiu mais uma boa discussão: Leonardo não seria o autor da tela Maria Madalena, pintada por volta de 1515, mas o seu colaborador Giampietrino (Giovanni Pietro Rizzoli). A discussão surgiu porque o sujeito pintava madonas e Madalenas, e à época da retomada do estilo greco-romano nas artes e na literatura (Renascimento), muitos pintores aderiram ao nu feminino, tendo Santa Madalena por uma das modelos de inspiração, pois desde 591 Depois de Cisto era vista como prostituta, por conta do Papa Gregório I assim torná- la durante um sermão de Páscoa – só em 1969, o Papa Paulo VI acabou com tal história.
Na pintura de Da Vinci, um dos seu seus poucos nús, Madalena aparece com os seios de fora, segurando um véu branco transparente, usando ao pescoço colar e olhando para cima
As semelhança com La Gioconda, estudadas por especialistas em Da Vnci, derrubam a tese de autoria por Giampietrino, invocando, sobretudo, a expressão facial, a atmosfera mística das (duas mulheres) e a técnica do sfumato, ausência de bordas nítidas, criando efeito de transição suave entre luz e sombra.
La Gioconda, medindo 77cm de altura, por 53cm de largura, está na França porque foi levada pra lá peio próprio Leonardo, que a vendeu para o rei Carlos I. Da sua parte, Maria Madalena, medindo 58cm x 45 cm, faz parte de coleção particular – bem que esta versão poderia ser a Mona Lena. Confere?
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