TRAGÉDIAS DA COLINA – HERMANO DOVAL Kike de 14.02.2012
Em um dos seus programas humorísticos na TV, Jô Soares teve um personagem, o argentino Gardelon, que estava, sempre, fazendo sacanagens com os amigos. Quando encerrava o quadro, o comediante fazia considerações sobre o comportasmento do hermano, exclamando: “Mui amigo, non! Era o que poderia ser atribuído, no sentido mais sacânico possível da palavra, ao atacante argentino Narciso Horácio Doval, que defendeu Flamengo e Fluminense. Vejamos:
REPRODUÇÃO DO JORNAL DE BRASÍLIA
1 - Quando era atleta rubro-negro, Doval colaborou com o Vasco da Gama vestindo a jaqueta da Turma da Colina, em partida beneficente em prol do também atacante (cruzmaltino) Jorginho Carvoeiro. Foi no 20 de dezsembro de 1975, quando a Fundação de Garantia ao Atleta Profissional-FUGAP formou uma equipe que enfrentou o Almira, no (velho demolido) Estádio Mané Garrincha, em Brasília. O hermano formou neste time vascaíno: Andrada (Mazaropi); Paulo Céasr Puruca (Fidélis), Moisés (Joel Santana), Miguel e Alfinete; Alcir (Ademir Silva) e Zanatta; Jaburu (Jair Pereira), Roberto Dinamite (Doval), Dé Aranha e Luís Carlos Lemos (Galdino), comandados por Mário Travaglini. A FUGAP, tendo Rubens Minelli por técnico, foi representada por: Waldir Peres (Leão); Orlando Lelé, Alex (Ame-RJ), Wilson Piazza (Edinho) e Marco Antônio Feliciano (Rodrigues Neto); Geraldo (Zé Mário), Zé Carlos (Cruz) (Dudu) e Paulo César Caju (Paulo Isidoro); Gil, Palhilnha (Flecha) e Marinho Chagas, que marcou um dos gols mais bonitos naquele estádio de antes da demolição. Aos 27 do segundo tempo, driblou Fidélis e, sem ângulo, encobriu Mazaropi – Palhinha marcou o outro, enquanto Galdino descontou para os vascaínos, que foram batidos, por 1 x 2, em jogo apitado pelos paulistas Oscar Scolfaro (primeiro tempo), e Emidio Marques de Mesquita (segundo). A renda, vaiada, pois o estádio estava lotado, foi dada por superior a Cr$ 350 mil cruzeiros.
2 – Vasco da Gama e Fluminense decidiam o Campeonato Carioca, em 3 de outubro de 1976, com o Maracanã recebendo 127 mil e 52 pagantes. Durante os 90 minutos, a partida ficu no 0 x 0. Na prorrogação, a um minuto do final, Doval marcou o gol que derrubou os vascaínos. Mui amigo, non! Assim formou o Vasco escorregão: Mazaropi; Toninho, Abel, Renê e Luís Augusto; Zé Mário, Gaúcho e Luis Carlos Lemos; Dé Aranha (Luís Fumanchu), Roberto Dinamite e Galdino, comandados por Paulo Emílio. O Fluminense teve: Renato; Rubens Galaxie, Carlos Alberto Torres, Miguel e Rodrigues Neto; Pintinho, Paulo César Caju e Rivellino; Gil, Doval e Dirceu Guimarães. Detalhe: Miguel e Dirceu haviam sido vascaínos, enquanto Pintinho e Paulo César seriam, no futuro.
TRAGÉDIAS DA COLINA
– BELLINI CANARINHO
Kike de 17.05.2023
Em 13 de abril de
1957, em Brasil 1 x 1 Peru, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo-1958, o vascaíno
Bellini estreou na seleção canarinha, na psição considerada zaga central, com o
seu ocupante usando a camisa de número 3. Escalado pelo treinador Oswaldo Brandão,
a partir dali ele tornou-se titular absoluto, consideração mantida com os sucessores
daquele, Sívio Pirillo e Vicente Feola, este o tendo por capitão da equipe
conquistadora do Mundial-1958, na Suécia, da qual Bellini fora um dos líderes,
juntamente com Nílton Santos e Didi.
Estreia feita, Bellini disputou as seis
partidas seguintes que marcaram a continuidade da temporada canarinha-1957 e
mais duas que antecederam a Copa do Mundo-1958, espaço em que o seu reserva
Mauro (Ramos de Oliveira) só entrou em dois amistososjogos. No Mundial sueco,
Bellini formou dupla de xzaga com o também vascaíno Orlando (Peçanha de Carvalho),
em mais seis compromissos, tornando-se o primerio capitão de equipe a erguer a Taça
Jules Rimet acima a cabeça.
Entre 1959 e 1962, Bellini fez 20 jogos, de 1959 a 1961, e Mauro três. Em 7 e 11 de maio de 1961, diante do Chile, pela Taça O´Higgins, o titular foi Mauro, tendo Bellini ficado na reserva, ainda, do palmeirense Waldermar Carabina, no jogo seguinte, amistoso com os paraguaios. O treinador já era Aymoré Moreira, que comandaria a Seleção Brasileira na Copa do Mundo-1962, no Chile.
No São Paulo, o técnico Aymoré Moreira não teve peito pra barrar BelliniChega 1962, o Mundial
se aproxima e Bellini disputas três amistosos. Por ali, Aymoré Moreira já
pensava em barrá-lo, definitivamente, para fazer e Mauro o titular da zaga
central. E o faz, nos últimos três amistosos antes do embarque para o Chile.
Para justificar isso, Aymoré alega que Berllini não estava em sua melhor forma
técnica, o que assegurava ocorrer com Mauro, sem ser contestado por nenhum membro
a Comissão Técnica. Na verade, Aymoré temia
que a liderança de Bellini sobre os companheiros pudesse tirar forças dele. Re jogar,
durante o Mundial-19562, Bellini foi um homem triste como mostrasm as fotos na
concentração, em Viña del Mar. Mas nunca deixou de ser amigo de Mauro, o que continuou
em São Paulo pós-Copa. Inclusive, um visitava a casa do outro. O eterno capitão vascaíno Hideralo Luís Belliniu
não milsturava coisas. Era um homem de grande caráter. Fez a sua últlima
partidas canarinha, como um cruzmaltino,
em 6 de maio de 1962, em Brasil 2 x 1 Portugal, amistosamente, no paulsitano estádio
do Pacaembu, por esta formação: Gilmar; Djalma
Santos, Bellini, Calvet e Nilton Santos; Zito (Zequinha) e Didi; Garrincha, Vavá
(Amarildo), Pelé e Zagallo (Germano), escalado por Aymoré Moreira, o qual
Bellini o reencontrou, em 1966, quando o homem treinava o São Paulo FC e não o
mandou para o banco dos reservas, como na Seleção Brasileira.
TRAGÉDIAS DA COLINA - VENCEU E MANDOU TORCIDA À PQP
ytrasgédias d
10 de fevereiro de 1990 – ninguém no futebol carioca andava mais sorridente do que o treinador vascaíno Alcir Portela. E não era pra menos. Afinal a sua patota vinha de 1 x 0 Fluminense; 5 x 0 Nova Cidade-RJ e 3 x 2 Americano-RJ. No jogo seguinte, o Almirante mandou 2 x 1 América, de Três Rios-RJ, e foi vaiado. No jogo seguintíssimo, Vasco 1 x 0 Itaperuna-RJ. E novas vaias. Análise do repórter Zildo Dantas, pela diário carioca O Dia: “O glorioso Vasco da Gama é líder absoluto do Campeonato Carioca, com todos os méritos, e mais alguns, estando a dois pontos de vantagem do segundo colocado. E mais: tem o maior número de vitórias, no geral da competição, o ataque mais positivo e o principal artilheiro, Bismarck. Se não está bom, o que a sua torcida quer mais? Pra mim, os que vaiam o time vascaínos são uns neuróticos” – nenhum ‘torcedor-vaiador’ reclamou, até hoje.
Foto reproduzida do álbum de recortes de revistas/jornais do torcedor vascaínio Raimundinho Maranhão - agradecimentoRapaziada venceu e comemorou título com o pescoço seco (por dentro)
5 de agosto de 1990 - para comemorar a conquista do título de campeão estadual-RJ, o Almirante convidou a fraca seleção da Arábia Saudita. Mandaria uma goleada e faria a festa que a torcida esperava. Só que a rapaziada esqueceu de jogar bola e os cartolas do chope comemorativo. Ainda bem, pois a pequena renda – Cr$ 93 mil e 800 cruzeiros – não daria para embebedar a galera. Com programa a seco, o Almira passou apertado pelo visitante – 2 x 1, com gols de Tato e Anderson, um em cada tempo (e empate saudita pelo meio disso aí), em São Januário, na presença de 1.876 pagantes. No dia dessa trapalhada, Alcir Portela (meia e capitão vascaíno da década-1970) era o técnico que escalou: Acácio; Luís Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo, William e Bismarck; Tita (Sorato), Roberto Dinamite e Tato (Anderson).
TRAGÉDIAS DA COLINA -
Kike de 19.05,2023
09 de outubro de
1988 – O Vasco da Gama recebia a visita do Internacional-RS, para compromisso
pela Copa União, o Brasileirão da temporada. Sua diretoria, então, preparou festanças com três vertentes: 1 -
para o artilheiro Romário se despedir da galera, pois fora transfereido para o
holandês PSV-Eindhoven. por R$ 6 milhões de dólares, a maior transação do
futebol brasileiro; 2 – entregar placas prateadas aos atletas vascaínos –
Geovani, Mazinho e Romário que haviam voltado dos Jogos Olímpicos, trazendo a
medalha de prata do torneio de futebol; 3 - homenagear o ponta-direita Vivinho,
por gol de placa, com três chapéus consecutivos sobre marcador – tudo emplacado. Geovani, Mazinho e
Romário, que nem jogou naquela tarde, levaram as suas placas para casa,
enquanto Vivinho teve a dele apregada em uma parede da sede do clube.
Festa encerrada, esquceram de combinar com o centroavante Nílson Pirulito, do time gaúcho, que a testulha cruzmaltina se estenderia pelo placar, pois a Turma da Colina era favorita, respaldada pro 1 x 0 Atlético-PR e 3 x 2 Palmeiras. Diante de 13.921 pagantes, aos dois minutos do segundo tempo, aplicando a “lei do ex”, Nílson, que havia passado por São Januásrio, abriu o placar, broxando a galera vascaína. Aos 26, Geovani até tentu arrumar a casa, mas, 10 minuto depois, os becões estasbanados cometeram pênalti, que Edu cobrou e arrombou a festa: Vasco 1 x 2. Pisões do dia: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Célio Silva, Leonardo e Mazinho; Zé do Carmo, Geovani e Bismarck; Vivinho, Roberto Dinamite e William (Sorato) dirigidos pelo ex-meiuqueiro vascaíno Carlos Albrtro Zanatta.
TRAGÉDIAS DA COLINA - BUJICA Kike de 21.05.23
5 de novembro de 1989 – o Vasco
da Gama ia bem no Campeoanto Brasileiro, brigando em cima, enquanto o Flamengo
caía pelas tabelas, com fumaça começando a se espalhar pelos ares da Gávea.
Durante a semana em que os dois iriam se enfrentar, a galera vascaína
tripudiava do rival, chamando Zico (36 de idade) e Júnior (35) por “velhinhos
corocas”, e prometia levar bengalinhas ao Maracanã para “os dois se locomoverem
e não se perderem dentro do gramado”. Grande saca! Até o tranquilo Bebeto
entrou na bagunça, prometendo marcar o “gol gilbertinho”, que seria oferecido ao presidente rubro-negro
Gilberto Cardoso Filho, a quem o atacante baiano atrbuía tê-lo desprezado,
permitindo ao Almirante levá-lo para a Colina.
E rola a bola. Era a primeira partida de
Bebeto contra o Flamengo, que investira
grana alta para tirá-lo do Vitória, da Bahia, quando ele ainda tinha idade de
juvenil. No meio da fofoca, os vascaínos lembravam de que Bebeto se dizia ter
sido torcedor vascaíno, por causa do seu avô que se chamava Vasco da Gama, e
que virara casaca quando fora contratado pelo Flamengo. Rola mais a bola e a
torcidas vascaína tripudiava mais e mais os rivais, dzendo que a sua moçada era
a “Selevasco”, por reunir tantos jogadores consagrados, relegando ao Fla
apelidos como “lixo do lixão”, essa coisas de torcedor.
Rola a bola e a “Selevasco” não
se anima muito. Motivos tinha, pois aquela era a primeira partida de Bebeto
contra o seu-ex clube, o Flamengo. E já que o baianinho não cumprir a promssa
dse marcar o “gol gilbertinho”, aos 30 mintos, o goleiro vasxcaíno Acácio nãos
segurou chute flamenguista, deu rebote e, rápido, o atacane Bujica,
profissionalizado naquela semana e que estreva no time principal, abriu o
placar. Engtre os torcedores vascaínos, corria indagações e indagações: “De
quem foi o gol, mesmo? Bujica, quem é este?”
Reprodução de flaontwitter - agradecimento
Nascido - em 21 de janeiro de 1969 -, batizado e registrado, no estado do
Espírito Santo, por Marcelo Ribeiro, o desconhecido Bujica aprontaria mais uma
pra cima da torcida crzmaltina. Aos oito minutos do segundo tempo, o “velhinho”
Zico o deixou olhos-nos-olhos com Acácio e ele emplacou: Vasco 0 x 2 Fla. No
minuto seguinte, o nunca agressivo Bebeto envolveu-se em rolo com o goleiro rubro-negro
e foi expulso de campo. Ele que deveria ser “o
cara” do jogo, deixou a glória daquela tarde para o humilde e pobretão Bujica
que, cercado por repórters ao final da partida, espantou-se com o assedia, pois
jamais havia sido entrevistado. E não sabia o que explicar aquele repentino
sucesso, pois não tinha estudos pra falar em miocrofones. Por fim, ao sair do
Maracanã, enquanto as famílias dos craques rubro-negros os apanhavca em seus
carrões, Bujica caminhou a pé, até um ponto de ônibus para voltar pra casa.
Ficou por mais uma temporada no Flamengo e só marcou aqueles dois gols contra o
Vasco.
Conterrâneo de Roberto Carlos – natural de Cachoeiro do Itapemirim -, Bujica ainda tentou a sorte no Botafogo e no América-RJ, após deixar o Flamengo, mas não emplacou, e teve de ciganar, por 16 times sem a mesma fama, até encerar a carreira, em 2004. Quanto ao Vasco que passou vexame diante de Bujica naquele 5 de novembro de 1989, os caras foram: Acácio; Luís Carlos Winck, Leonardo, Quiñonez e Mazinho; Zé do Carmo, Andrade (Vivinho) e Marco Antônio Boiadeiuro (William); Tita, Bebetoe Bimarck, comandados pelo treinador Nelsinho Rosa. Depois, os vasa´nosd ainda enfrentaram o Bujica flamenguista em mais três oportunidades, com uam vitória, um emapte e uma otura escorregada, mas sem ele voltasr a aparecer na rede.
TRAGÉDIAS DA COLINA –
GARRINCHA
Kike de 26.05.2923
O Seu Mané sempre foi uma tortura para a defensiva vascaína. Principalmente, para o seu marcador, o lateral-esquerdo Coronel. Entre 1960 e 1965, diante do Almirante, ele deixou escritas oito vitórias e três empates. Nos triunfos mais chocantes, desconjuntou a defesa cruzmatina, sobretudo, nos 5 x 1 (18.08.1961); 4 x 0 (19.11.1961); 4 x 1 (19.02.1962); 4 x 2 (24.03.1965) e 3 x 0 (11.08.1965). O último Garrincha botafoguense diante do Vasco da Gama rolou em 5 de setembro de 1965, diante de 115.064 pagantes, no Maracanã, com esta formação do time da estrela solitária: Manga; Joel Fonseca, Zé Carlos Gaspar, Paulistinha e Rildo; Aírton Polvil e Gérson; Garrincha, Sicupira, Jairzinho e Roberto Miranda, tendo Daniel Pinto por treinador.
Na foto, reproduzida de O Cruzeiro - revista semanal carioca -, Garrincha faz o show, com três jogadores vascaínos - Dario (6), Coronel (4) e Bellini (3) – tentando evitar a sua progressão rumo ao gol.
TRAGÉDIAS DA COLINA – REPISADA
24 de setembro de 1989 – se vencesse o Bahia, em São Januário, o Vasco
da Gama ficaria líder do Grupo B do Campeonato Brasileiro, desde que o
Fluminense não vencesse o Sport Recife. A torcida cruzmaltina compareceu à
refrega, com 5.843 pagantes incentivando a moçada. Aos 14 minutos, o
lateral-esquerdo Cássio aterrou o
atacante baiano Charles, dentro da área
fatal cruzmaltinada, em pênalti que o próprio aterrado cobrou e marcou: Vasco 0 x 1. “Óóóóóh!” - muxoxou a
torcida vascaína. O treinador Nelsinho Rosas pediu calma, mas só calma não
adiantou, e o Almirante trocou de
etapa atrás não levando trabalho para o “garoto
do placar”. Sem problemas, garantia o macumbeiro das Colina, o Pai Santana, prometendo
amarrar os baianos na etapa final. E
pareceu conseguir as graças do além. A Turma
da Colina foi para o vira, virou
e, em três minuto, entre o 23º e os 26º, anotando 2 x 1 na caderneta. Rolou
mais a maricota e, quando a galera já
cantava vitória vascainíssima, aos 42, Charles fez mais um: 2 x 2. Como Flu
venceu o Sport, o Almira tirou seu
time de campo vice-líder, com dois pontos a menos – Acácio: Mazinho, Célio Silva,
Marco Aurélio e Cássio; Zé do Carmo, Andrade e Marco Antônio Boiadeiro
(William); Vivinho (Sorato), Anderson e Bismarck foram os pisões do dia.
01 de outubro de 1989 – mais uma vez, se vencesse – daquela vez, o Fluminense
-, o Vasco da Gama tiraria os dois pontos de frente mantidos pelo rival e assumiria
a ponta do Grupo B do Brasileirão. O clássico era convidativo, mas só 38.705
pagantes deram as caras, no Maracanã, pra escutar o apito de Arnaldo César
Coelho. Como este só teve o trabalho de ordenar duas saída de bola – uma em cada
tempo – e assoprar o apito final, em jogo tranquilão, o empate, por 0 x 0,
seguiu mantendo o Almirante vice-líder
– o time de ‘repisões’ foi quase o
mesmo, exceto com Bebeto barrando Sorato e com Anderson substituindo Vivinho,
no decorrer da pugna.
4 de dezembro de 2011 - em sua edição do dia, o jornal carioca O Globo
anunciava em sua capa dominical: “Vasco pode ser campeão hoje”. Para acontecer,
bastaria vencer o Flamengo e torcer para o Corinthians empatar com o Palmeiras.
Os dois paulistas cumpriram com as suas respectivas obrigações,
do ponto de vistas dos vascaínos, mas estes foram afundados pelo arbitragem de
Péricles Basols Pegado Cortez, que deixou de marcar, a favor do Almirante, um pênalti claro,
indiscutível, que todo o Brasil (e o planeta) conferiu pela TV, mostrando um
flamenguista puxando a camisa de um cruzmaltino, dentro da área fatal. Só o homem do apito não viu – ou não quis ver.
A Turma da Colina poderia até desperdiçar o penal, mas seria difícil
na cobrança de Diego Souza, que andava com o pé bom de batida bem acertado
naquele Brasileirão, no qual escrevera 11 encaçapadas no placar. Assim, com empates
no Maracanã – Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo – e no Paca0embu - Corinthians 0 x 0
Palmeiras -, os corintianos fôramos campeões, somando 71 pontos, contra 69 dos
vascaínos.
Vasco da Gama x Flamengo levou 34.064 pagantes do “Maraca”, tendo Diego
Souza aberto o placar, aos 30 minutos do primeiro tempo – o empate rubro-negro
saiu aos 10 da etapa final. Comandado pelo treinador baiano Cristóvão Borges, o
time de São Januário alinhou: Fernando Pras; Fagner, Dedé, Renato Silva e Jumar; Nílton, Rômulo,
Felipe Bastos (Eduardo Costa)e Felipe Loureiro (Bernardo); Diego Souza (Elton)
e Alecsandro.
14 denovembro de 11.1971 - na Fonte Nova, em Salvador, o Vasco da Gama levou 0 x 1 Bahia, valendo pelo Campeonato Brasileiro. Depois daquilo, a Turma da Colina escorregou em mais seis placares iguais favoráveis aos baianos, sendo o último no recente 1º de maio deste 2023, em São Januário. Com aquilo, os dois times ficaram igualados no retrospecto deste emparceiramento. São 28 vitórias do Vasco (37%); 28 do Bahia e 20 empatres (26%). Os dois estão igualados, também, em gols marcados: 98, à média de 1,3 por partida. Tais números dão aproveitamenteo de 46%para cadas um. O prmeiro Vasco da Gama x Bahia rolou em 21 de abril de 1936, com placar favorável aos vascaínos, por 4 x 1, amistosasmente. A maior goleada cruzmaltina foi 6 x 2, em 05.05.1946, também amistosamente, enquanto o maior vexame da moçada da carioca Rua General Almério de Moura foi 0 x 4 Bahia, em 09.09. 2012, pelo Campeonato Brasileiro.
HISTORI&LENDAS VASCAÍNAS - Kike de 09.05.2023
1 - Algumas publicações contam que o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo ajudou o Vasco da Gama a conquistar o Torneio da Ilha de Funchal-POR e o Torneio da Amizade, no Gabão. Na verdade, quem treinava a Turma da Colina durante aquelas duas conquistas era Antônio Lopes. Na primeira disputa rolou, inicialmente, Vasco 1 (5) x 1 (4) Las Palmas-ESP (06.08.1981), para o caneco ser carregado, em Vasco 5 x 0 Maritmo-POR (09.08.1981), por estes campeões: Jair Bagança (Nielsen); Rosemiro, Zezinho Figueroa (Nei), Ivan e João Luis; Serginho, Dudu Coelhão (Renato Sá) e Amauri (Ticão); Wilsinho, Roberto Dinamite e Silvinho. No segundo torneio, foi anotado – Vasco 3 x 0 Sogara-GAB (12.10.1991) e Vasco 2 x 1 Bahia (13.10.1991), por esta rapaziada: Carlos Germano; Dedé, Alexandre Torres, Jorge Luiz e Cássio; França, Geovani, Bismarck e William; Bebeto e Sorato.
2 - Nílson Esídio Mora era (e ainda deve ser) o nome de registro e batismo do apelido por Nílson Pirulito. Nascido no 19 de novembro de 1965, em Santa Rita do Passo Quatro-SP, ele esteve vascaíno, em 1996, por 31 jogos e oito gols. Estreou em Vasco da Gama 4 x 0 Nacional-AM, no 21.01.1996, amistosamente, no Estádio Vivaldo Lima, em Manaus-AM, sem marcar gol. Time do dia: Carlos Germano (Caetano); Pimentel (Bruno Carvalho), Zé Carlos (Tinho), Rogério (Alex) e Sídney; Leandro, Juninho, Assis (Zinho) e Válber; Nílson e Serginho (Alessandro) Técnico: Carlos Alberto Zanatta. O primeiro gol delesaiu, em Vasco da Gama 1 x 1 Bangu, no 04.02.1996, aos 41 minutos do primeiro tempo, pela Taça Cidade Maravilhosa, no Estádio Proletário, em Moça Bonita-RJ, para esta formação, assistida por 642 pagantes: Carlos Germano; Bruno Carvalho, Zé Carlos, Tinho e Bill; Luisinho, Juninho, Assis e Válber; Nílson e Serginho. Técnico: Carlos Alberto Zanata. Ele foi o principal artilheiro do Campeonato Brasileiro-1988, quando não estava mais na Colina, mas jogando pelo Internacional-RS.
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3 – Romário, segundo maior goleador vascaíno – o primeiro é Roberto
Dinamite – estreou no time A, em 6 de
fevrereiro de 1985, entrando em campo no decorrer de Vaco da Gama 3 x 0
Coritriba, pelo primeiro turno do Campeonato Brasileiro, em São Januário,
diante de 6.137 pagantes. Naquele dia, o cara
foi Roberto Dinamite, marcando dois gols, para Vítor fechar a conta. Treinado
por Edu Antunes Coimbra, o time teve: Acácio; Edevaldo, Ivan, Nenê e Aírton;
Vítor, Geovani e Cláudioi Adão; Mário Tilico
(Romário), Roberto Dinamite e Rômulo
(Donato). OBS: o Mário Tilico desta
escalação herdou o apelido do pai campeão vascaíno da I Taça Guanabara, em 1965.
4 – Romário marcou os seus dois primeiros gols oficiais vascaínos, no 18
de agosto de 1985, em Vasco da Gama 6 x 0 Nova Venécia-ES, no Estádio Zenor
Pedrosa Rocha, da cidade xará do time, amistosamente, diante de 2.708 pagantes.
Aconteceu aos 40 e aos 42 minutos do segundo tempo. Time do dia: Roberto Costa;
Edevaldo (Donato), Neumar, |Ivan (Fernando) e Paulo César; Vítor, Luís Carlos
(Gersinho) e Geovani (Dudu); Mauricinho (Santos), Romário e Silvinho,
comandados por Antônio Lopes.
5 - O goleiro Mazaropi atingiu o recorde de invencibilidade - 1.816 minutos -, no 18 de maio de 1977, em Vasco da Gama 2 x 1 Bonsucessoa, pelo primeiro turno do Campeonato Carioca/TaçaGuanabara, em São Januário, assistido por 10.858 pagantes. A marca, reconhecida pela FIFA e a Federação Internacional de História e Estatística do Futebol, durou até 7 de setembro de 1978. Time do dia: Mazaropi; Orlando Lelé, Abel, Geralo e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Dirceu Guimarães; Luís Fumanchu (Wilsinho), Roberto Dinamite e Ramon Pernambucano. Técnico: Orlano Fantoni. OBS: um outro goleiro vascaíno a atingir longa invencibilidade foi Acácio, 915 minutos, em 1988.
O VASCAÍNO ELBA DE PÁDUA “TIM” LIMA - Kike de 08.05.2023
Ele
foi um dos grandes craques do seu tempo. Tão fera que, durante o Campeonato
Sul-Americano-1937, foi apelidado por “El Peón”, pois os
cucrachas o viam conduzindo a Seleção
Brasileira como um peão boiadeiro conduz
uma boiada. Em 1938, disputou a Copa do Mundo, na França. Em 1942, arrasou na
disputa de mais um Sul-Americano, daquela vez, na Argentina, redobrando o seu
prestígio. Como as seleções nacionais jogavam pouco por aquele tempo, ele só
vestiu a jaqueta do Brasil em 16 oportunidades. Em 1944, desistiu de seguir no
escrete nacional.
O sujeito em questão foi registrado
e batizado por Elba de Pádua Lima,
apelidado, pela família, por Ti e, depois, Tim, como ficou consagrado, também,
como treinador. Nascido na paulista Rifaina, em 20 de fevereiro de 1916, viveu
até 7 de julho de 1984, ficando na história do futebol brasileiro como atacante
com dribles insinuantes. Segundo o zagueiro Domingos da Guia, considerado o
maior de ua posição entre os brazufa e todos os tempos, em dez temporadas jogando
ao lado de Tim, nunca o vira errar um passe.
REPRODUÇÃO DA REVISTA SUPERVASCO
Tim é o último em pé, da esquerda para a direita
Foi como treinador que Tim tornou-se um vascaíno. Considerao o "maior estrategista do futebol brasileiro", desembarou em São Januário, em 1970, e conduziu a Turma da Colina à quebra do tabu, de 12 temporadas sem o título do Campeonato Carioca. O antigo atacante Ademir Menezes – terceiro maior artilheiro das história vascaínas, depois de Roberto Dinamite e de Romário -, afirmava ter sido Tim o inventor do cabeça de área e quem faz o ponta-direita fechar em diagonal para dentro do campo e chutar para o arco.
O Carioca-1970 teve 12 times disputando o
turno e oito o returno, etapa para a qual Bangu, Bonsucesso, Portuguesa e São Cristóvão
foram. O time-base campeão vascaíno teve: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e
Eberval (Batista); Alcir e Buglê; Luiz Carlos Lemos, Valfrido, Silva e Gílson
Nunes. Foram estes os resultados do Vasco da Gama de Tim naquele Estadual, entre
26 de junho a 20 de setembro: 2 x 1 Bonsucesso; 2 x 1 e 2 x 0 Madureira; 4 x 2
Bangu; 0 x 0 e 4 x 2 Campo Grande; 1 x 1 e 0 x 2 Fluminense; 1 x 0 São Cristóvão;
0 x 0 e 2 x 1 Botafogo; 1 x 0 e 3 x 1 Olaria; 1 x 3 e 3 x 2 América-RJ; 1 x 0 e
1 x 0 Flamengo; 2 x 0 Portuguesa-RJ.
O CARETEIRO ALECSANDRO
Fazer caretinhas após marcar um gol, para homenagear o pai - o antigo atacante Lela, que inventou a moda -, foi a marca registrada de Alecsandro, enquanto esteve por São Januário, entre 2011 e 2012, quando disputou 97 partidas e mandou 39 bolas na rede. Nascido na paulista Bauru, em 4 e fevereiro de 1981, ele levou para a Turma a Colina uma boa estatura para – 1m83cm – para brigar com os zagueiros, principalmente nas bolas aéreas. Seu primeiro jogo vascaíno rolou no 27 de março de 2011, com 0 x 0 Fluminense, pelo Estadual-RJ/TaçaRio, e o primeiro gol menos de um mês depois, em 3 de abril, durante a goleada Vasco da Gama 4 x 0 Bangu, pela mesma competição. Alecsandro subiu na esqudra do Almirante após ter passado por sete clubes, dois deles do exterior. Seu únicoi título vasaíno foi a Copa do Brasil-2011, marcando o gol que deu vantagem ao Vasco na decisão contra o Coritiba – 1 x 0 em São Januário, e 2 x 3 na casa do adversário.
REPRODUÇÃO DO ÁLBUM DE RECORTES DE REVISTAS E JORNAIS DO TORCEDOR VASCAÍNO RAIMUNDINHO MARANHÃO - AGRADECIMENTO
O SURPREENDENTE VASCÃO-DINAMITE
Entre 3 e 14 de novmbro de 1976, o Vasco da Gama deixou de faturar oito pontos no Campeoantao Basileiro - 1 x 1 Náutico-PE; 0 x 1 Bahia; 0 x 3 Fluminense. Com aquilo, ninguém botafa fé que pudesse dobrar o Grêmio-RS, no dia 17, na cas do adversário, o antigo Estádio Olímpico, em Porto Alegre. Aconteceu em uma noite de quarta-feira, quando a maioria (gremista), de 14.236 pagantes, foi conferir mais uma “derrota vascaína” – o que indicava o histórico do Almirante. Só que, naquela vez, o meia e ponteiro Luís Carlos "Tatu" Lemos jogou tudo o que não jogara pelas partidas passasdass e emburacou dois gols – Roberto Dinamite fechou a conta, aos 45 minutos do segundo tempo: Vasco 3 x 1.
Cheio de moral, pela vitória inesperada, o Almira voltou a São Januário pra encarar
mais um “favorito”, o forte Flamengo,
líder do seu grupo e geral do Brasileirão, com 35 pontos, dez a mais do que o
Vasco da Gama. O Almirante era visto,
pela torcida rubro-negra, meramente, como zebrão
da rodada anterior. Chegado o domingão do Clássico
dos Millhões, a chuva espantou a moçada e mudou o apelido do encontro para Clássico do Milhão – rendeu pouco mais
de Cr$ 1 milhão de cruzeiros, pagos por maioria flamenguista nos 52 mil pagantes,
pois eles eram ao mais asssanhados pelos três pontos.
Roberto Dinamite combatido por Rondinelli
Antes do jogo, o treinador vascaíno, Paulo Emílio, não escondia dos repórteres que o seu time jogaria se defendendo. Realmente! Nos primeiros 15 minutos, o Flamengo sufocou, criou e desperdiçou chances de gol. Como não batia na rede, o Vasco da Gama conseguiu arrumar-se no meio-de-campo e a se soltar. Aos 40 minutos, quase chega lá. Roberto Dinamite deixou o ponteiro-direito Luí Fumanchu com boas chances de calar a torcidas do maior rival, mas este chutou para fora. Quando nada, o xerifão Rondinelli contudndiu-se no lance – foi substituído por Dequinha. Veio o segudo tempo e o jogo ficou duríssimo para o favorio Fla. Aos 33 minutos, Dequinha falhou no domínio da bola, na frente do Dinamite, que pegou rebote e não perdoou: Vasco 1 x 0 – Mauro; Gílson Paulino, Abel, Gaúcho e Marco Antôni Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Luís Carlos Lemos; Luís Fumanchu (Alcides), Roberto Dinamite e Galdino (Jair Pereira).
FOTO REPRODUZIDA DO ÁLBUM DE RECORTES DE REVISTAS/JORNAIS DO TORCEDOR CRUZMALTINO RAIMUNDINHO MARANHÃO -- AGRADECIMENTOS!!!!
TRAGÉDIAS DA COLINA – HERMANO DOVAL Kike de 14.02.2012
Em um dos seus
programas humorísticos na TV, Jô Soares teve um personagem, o argentino Gardelon, que estava, sempre, fazendo sacanagens com os
amigos. Quando encerrava o quadro, o comediante fazia considerações sobre o
comportasmento do hermano,
exclamando: “Mui amigo, non! Era o
que poderia ser atribuído, no sentido
mais sacânico possível da palavra, ao atacante argentino Narciso Horácio
Doval, que defendeu Flamengo e Fluminense. Vejamos:
1 - Quando era atleta rubro-negro, Doval colaborou com o Vasco da Gama
vestindo a jaqueta da Turma da Colina,
em partida beneficente em prol do também atacante (cruzmaltino) Jorginho Carvoeiro. Foi no 20 de dezsembro de
1975, quando a Fundação de Garantia ao Atleta Profissional-FUGAP formou uma
equipe que enfrentou o Almira, no (velho demolido) Estádio Mané Garrincha,
em Brasília. O hermano formou neste time vascaíno: Andrada (Mazaropi); Paulo Céasr Puruca (Fidélis), Moisés (Joel Santana),
Miguel e Alfinete; Alcir (Ademir Silva) e Zanatta; Jaburu (Jair Pereira),
Roberto Dinamite (Doval), Dé Aranha e Luís Carlos Lemos (Galdino),
comandados por Mário Travaglini. A FUGAP, tendo Rubens Minelli por técnico, foi
representada por: Waldir Peres (Leão); Orlando Lelé, Alex (Ame-RJ), Wilson
Piazza (Edinho) e Marco Antônio Feliciano (Rodrigues Neto); Geraldo (Zé Mário),
Zé Carlos (Cruz) (Dudu) e Paulo César Caju (Paulo Isidoro); Gil, Palhilnha
(Flecha) e Marinho Chagas, que marcou um dos gols mais bonitos naquele estádio
de antes da demolição. Aos 27 do segundo tempo, driblou Fidélis e, sem ângulo,
encobriu Mazaropi – Palhinha marcou o outro, enquanto Galdino descontou para os
vascaínos, que foram batidos, por 1 x 2, em jogo apitado pelos paulistas Oscar
Scolfaro (primeiro tempo), e Emidio Marques de Mesquita (segundo). A renda,
vaiada, pois o estádio estava lotado, foi
dada por superior a Cr$ 350 mil cruzeiros.
TRAGÉDIAS DA COLINA – ESQUECERAM DA TAÇA Kike de 17.12.2019
O
Vasco da Gama já deixou de comparecer a um jogo, em casa, São Januário, diante
do Flamengo: em 25 de novembro de 1934. Mas pior foi no 6 de junho de
1999, quando esqueceu de carregar um
troféu duramente conquistado, diante do mesmo adversário e seu maior
rival.
Aconteceu
após mandar (evidentemente) 2 x 0
Flamengo, pela Taça Rio, com Edmundo na rede, aos 17 e aos 48 minutos do
segundo tempo. No primeiro gol, Zé Maria cobrou falta para a área fatal
rubro-negra e o Animal chegou
primeiro na maricota; no segundo,
Ramon cruzou bola, da direita, para Edmundo, novamente, ser mais rápido do que
a defesa do rivalaço, marcar e fechar
a 16ª edição da disputa que rolava dede o 24 de abril. Antes, a Turma da Colina havia carregado aquele caneco, que representava o segundo turno do Estadual, em 1988,
1992, 1993 e 1998. Daquela vez, no entanto, a rapaziada o esqueceu em um dos
lados do gramado do Maracanã, onde a Federação de Futebol do Estado do Rio de
Janeiro o colocou para o campeão levantá-lo diante de sua torcida (evidentemente). Só que, rolando
comemorações, a moçada só sentilu falta da taça quando já estava nos vestiário,
onde Edmundo posou para os fotógrafos a erguendo - fato inédito no futebol mundial, levantar taça no vestiário.
O Clássico
dos Milhões daquele título levou 64.845 pagantes ao ‘Maraca”, tendo apito por conta de Vágenr Tardelli Azevedo, e o
time vasaíno escalado, pelo treinador Alcir Portela, com esta moçada: Carlos
Germano; Zé Maria (Maricá), Odvan e Felipe; Nasa, Paulo Miranda, Vagner (Ramon)
e Alex Oliveira (Fabrício Eduardo); Edmundo e Donizete Pantera.
Se não tivesse brigado com a turma da Liga Carioca de Futebol e enfrentado o Flamengo, em novembro de 1934, possivelmente, o time vascaíno deveria ter sido: Chiquinho ou Nascimento, Agnelli e Florindo; Figliola, Zarzur e Argemiro; Lindo, Alfredo I, ou Arlindo, Viladoniga, Gandula e Orlando Rosa Pinto, treinados pelo uruguaio Ramón Platero.
TRAGÉDIAS DA COLINA – FLUMIGREMADO Kike de 30.12.2011
O Vasco da Gama vinha em uma sequência –
aceitável - de três vitórias apertadas e
um empate, pelo Campeonato Brasileiro:
21.10.1976 - 3 x 2 América-MG;
24.10 – 1 x 0 Mixto-MT; 30.10 – 1 x 0 CRB-AL; 03.11 -- 1 x 1 Náutico-PE.
Incluído na Coluna 2 - Jogo 13 - do Teste 312 da Loteria Esportiva, o Almirante enfrentaria o Fluminense que
vinha com campanmha melhor: 1 x 1 Botafogo; 1 x 1 Goiás; 2 x 1 Grêmio-RS; 1 x 0
CRB-AL e 1 x 0 Flamengo. Além disso, nos últimos confrontos entre ambos, pelo
Estadual-RJ-1976, os tricolores haviam mandado 4 x 1, 3 x 0 e 1 x 0, além de
ficarem em 0 x 0 e 2 x 2, o que
significava cinco invencibilidades no duelo. Mas tinha mais na conta negativa
cruzmaltina: a rapaziada havia pisado na bola – 06.11 – diante do Bahia,
caíndo, por 0 x 1, em São Januário, diate de 22.551 pagantes e levando gol aos
45 minutos do segundo tempo. Juntando o tabuzinho
tricolor e o vexame diante dos baianos, também tricolores, a Turma da Colina
foi para as apostas como zebra. E cumpriu o seu papel. Levou 0 x 3
Fluminense - 14.11.176 – no Maracanã,
assistido por 58.353 apagantes. Pisões do dia: Mauro; Gílson Paulino, Abel
Braga, Gaúcho e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Luís Carlos Lemos;
Luís Fumanchu, Roberto Dinamite e
Galdino, comandados pelo treinador Paulo Emílio.
Durante a temporada-1980, o Vasco da Gama disputou duas partidas contra
o Grêmio-RS, a primeira pelo Campeonato
Brasileiro (09.03) – e a segunda, amistosamente (21.06), ambas no Estádioi
Olímpioco, em Porto Alegre. A oficial ficou em 1 x 3 gremistas, com vexame
conferido por 36.286 pagantes e gol vascaíno marcado, por Jorge Mendonça, aos
41 minutos do primeiro tempo – Leão; Orlando, Ivan, Gomes e Marco Antônio
Feliciano; Pintinho, Guina e Jorge Mendonça; Wilsinho, Paulinho Massariol e
Aílton (Zé Mário), treinados por Orlando Fantoni. Desse jogo, ficou uma foto curiosíssima
da revista paulistana Placar, com as
duas camisas 10 estampadas nos costados de Jorge Mendonça e de Flávio. No
amistoso, assistio por 23.845 pagantes e Vasco 0 x 1 no placar, os pisões foram: Mazaropi; Orlando,
Ivan, Léo e Marco Antônio Feliciano; Carlos Alberto Pintinho, Dudu Coelhão e Paulo Roberto. Wilsinho, Roberto Dinamite
e Aílton (João Luís). Técnico: Gílson Nunes.
25 de julho de 1973 – Vasco da Gama 0 x 1 Fluminense – decisão do segundo turno do Estadual-RJ, em jogo extra, no Maracanã. Noite de povãozaço no estádio – 101.363 pagantes – mesmo sendo uma quarta-feira. Dias antes do jogo, o radialistas Ênio Monteiro, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, avisou ao supervisor de segurança vascaíno, o Major Murilo, de que Duque, o técnico tricolor, havia plantado um espião em São Januário. Chamava-se Carlos Alberto “Katuca” e deu uma de verdadeiro agente secreto para fazer o seu trabalho. Colocou um broche com escudo do Vasco na jaqueta e colou no zagueiro Joel Santana para entrar no estádio, como se fora um forcedor fanático. Depois, misturou-se a pedreiros que trabalhavam na pista de atletismo da casa e, dali, ficou ouvindo as instruções do treinador Mário Travaglini. Além de levar a informação de que o centroavante Dé Aranha, machucado, ficaria nobanco dos reservas, o Travaglini teria que improvisar bastante, devido uma série outras lesões. E o mais importante: descobriu que era o zagueiro Moisés quem alertava o desligadão Paulo César Puruca pra se ligar nomomento de adiantar a zaga e deixar o ataque do adversário em impedimento. Vem o jogo, o Flu joga em cima do que o Katuca levou ao Duque e vence. Vacilões da noite: Andrada; Paulo César Puruca, Moisés, Renê e Alfinete; Alcir, Gaúcho e Buglê; Luís Fumanchu, Roberto Dinamite (Dé) e Luis Carlos Lemos.
VASCO NO PLACAR – NAS ÁGUAS DE MOISÉS
Kike de
24.05.2023
Salvo das águas: significado do
nome Moisés, vindo do hebraico Mosheh e de história bíblica pela qual ele teria
sido colocado em um cesto. lançado a um rio e resgatado pela filha do faraó
egípcio. Nesses tempos mais modernos, o zagueiro Moisés, do Vasco da Gama-1971 a
1976, não foi resgatado em nenhum rio, mas cresceu nadando e mergulhando, aos
primeiros raios do sol, quando o seu pai o acordava para se misturar com as
águas do Rio Paraíba, em Resende-RJ.
Moisés aprendeu, com o pai, a
fazer pescas com anzol, mas o que ele queria mesmo era desenvolver-se em
mergulhos submarinos, o que não podia, por que a grana do coroa - sargento do Exército -
não sobrava para comprar equipamentos especializados em visitas ao fundo
do mar. Então, ele ficava só no sonho do garoto.
Um dia, o pai – e mestre de
pescarias – de Moisés foi servir em um quartel do Rio de Janeiro. Como o
seu salário só lhe permitia residir em subúrbio longe do mar, o garoto só achou
o futebol para se divertir. Ganhou a chance de treinar no Bonsucesso, sobretudo
porque era forte, ágil e sabia espantar os atacantes. Chegando ao time
principal, formou uma tripla terrível, com Renê e Paulo Lumumba, a mais temida
do futebol carioca, batendo até na alma de quem pintasse pela frente.
Por aqueles tempos, Moisés não
acreditava em seu futebol, e dar porradas nos atacantes era a sua única fonte
de sobrevivência em campo. Mesmo assim, após fazer 19 de idade, passou por
Flamengo e
Botafogo, para deixar de ser um suburbano bitolado, conhecer novos ambientes, viajou pelo exterior e até fez curso de
mercado de capitais. Próxima parada: zaga do Vasco da Gama.
Com a jaqueta cruzmaltina, o
malvado Moisés passou a jogar mais na bola do que na canela dos adversários,
firmou-se como titular, passou a ser elogiado pela imprensa e ganhou convocação
para a Seleção Brasileira. Aos 25 de idade, finalmente, pode comprar a sonhada casa
na praia. Por atribuir o seu grande progresso ao Almirante, fez questão de casar-se na capela de São Januário.
Tudo ia bem para Moisés no Campeonato Brasileiro-1973, até ele sofrer
lesão no joelho direito. Com Renê, antigo
parceiro de Bonsucesso, suspenso, e ele correndo o risco de passar por uma
cirurgia, a defesa da Turma da Colina sofreu
uma abalo. Ele intensificou os trabalhos de recuperação, mas, ao tentar voltar
a jogar, o joelho doeu e ele saiu de campo chorando, achando que, por ali,
sumiriam as suas chances de disputar a Copa do Mundo-1974.
Placar fotografou melro fisgado por Moisés
O espírito das águas, no entanto, o ajudaram. Ele venceu período de tratamento do problema físico e,
em 2 de dezembro daquele 1973, em Vasco da Gama 0 x 0 Figueirense, no Estádio
Orlando Scarpelli, em Florianópolis, atuou bem e nada sentiu. A não ser uma porrada no supercílio direito - ver foto da revista Placar – Nº 197, de
21.10.1973 –, o que não era nada para quem estava acostumado ao mundo porradeiro.
Recuperada a sua vaga de titular
vascaíno, Moisés encerrou a sua participação na segunda fase do Brasileirão-1973
ajudando a rapaziada vascaína a mandar 1 x 0 Fluminense; 2 x 1 América-RJ e 1 x
0 Botafogo. E foi passar as férias no mar, completamente, nas águas da galera - daquela vez, usando o que de melhor havia em
roupas de mergulho, compradas na Itália, com o dinheiro que lhe pagava o Vasco
da Gama.
VASCO NO PLACAR –
FORMIGUINHA DIRCEU
Kike de 25.06.2023
Quando Dirceu
chegou a São Januario, o torcedor vascaíno o imaginava sujeito simples,
humilde, tímido e que faria na equipe o papel da “formiguinha” criada pelo ponta-esquerda Zagallo, na Seleção
Brasileira da Copa do Mundo-1958. Com o tempo, a galera foi vendo que o carinha
não era nada daquilo, mas muito orgulhoso do seu futebol e querendo, cada vez
mais, a fama. Sentia-se humilhado quando o treinador o substituía durante as
partidas. Com ele, não tinha esse negócio de sair de campo para ser poupado. Só
aceitava substituição quando não dava mais mesmo para continuar jogando, por
conta de alguma pancada forte.
Embora alguns o vissem por “jogador armandinho”, Dirceu era considerado
pela maioria dos torcedores cruzmaltinos como aplicado, taticamente, rondanado
por todas as partes do campo e só pensando em vencer. Assim, ele vestiu a
jaqueta vascaína entre 13 de fevereiro de 1977 – Vasco da Gama 2 x 1 Flamengo,
amistosamente, e 12 de fevereiro de 1978 – Vasco da Gama 0 x 0 Corinthians,
pelo Brassileiro, disputandi 25
partidas e marcado dois gols – nos amistosos Vasco 2 x 1 Flamengo (13.02.1977)
e Vasco 4 x 3 Botafogo (18.02.1977).
Como representante do Almirante, Dirceu disputou a Copa do
Mundo da Argentina-1978, voltando como o destaque do time canarinho, eleito o Chuteira de Broze da competição, só
superado pelo argentino Mário Kempes e o italiano Paolo Rossi. Ao lado de outro
vascaíno, Roberto Dinamite, foi o brasileiro que mais gols marcou naquele
Mundial (3), tendo sido dele o que deu ao time de Cláudio Coutinho – Brasil 2 x
1 Itália - o terceiro lugar do Mundial
argentino – 24 de junho de 1978 -,
quando o treinador brazuca considerou
os seus rapazes “campeões morais”,
por saírem invictos da disputa, enquanto os anfitriões-campeões
haviam perdido para a Itália.
Nascido, em Curitiba, no
15 de junho de 1952, Dirceu Jose Guimarães viveu até 15 de setembro de 1995,
levado desta vida por um acidente automobilístico, no Rio de Janeiro. Muitos o
chamavampor Dirceuzinho, por ser magrinho e ter pouca estatura – tudo
compensado por um fôlego de gato, se é que o gato tem tanto fôlego quanto ele
tinha.
Para promover a estreia do artilheiro Roberto Dinamite e do meia-atacante Elói, o Campo Grande armou amistoso e venceu a Portuguesa de Desportos, em 13 de junho de 1991, por 2 x 0, no Estádio Ítalo Del Cima, no bairro carioca de Campo Grande-RJ. Elói fomou meio-de-campo com Círio e Rogério, tendo agradado tanto que, em
A estreia do Campeonato Carioca, na Taça Guanabara, foi contra o Vasco, no 4 de agosto de 1991, e o Almirante vez 1 x 0. Terminou o primeiro turno em quinto lugar, com 12 pontos, atrás só dos quatro grandes. Na Taça Rio, o segundo turno, o Campusca recebeu reforços, como Cláudio Adão e Paulo César Gusmão, e aprontou das suas. Logo na estreia, em 7 de outubro, bateu o Vasco, por 2 a 0, no Ítalo Del Cima. No retuno, cehgoua liderar a Taça Rio por alguns jogos, e terminou, novamente, em quinto lugar, sua posião ao final do campeonato. Fez 22 jogos (12 ponto), com oito vitórias, oito empates e seis derrotas, com 30 gols marcados e 29 levados. Atrás só de Flamengo (18 pontos) Fluminense (17). Botafogo (16) e Vasco da Gama (15).
.........
Na segunda semana de setembro de 1978, a revista paulistana Placar, da Editora Abril, publicou matéria sobre Roberto Dinamite, considerando o atleta bicho certo. O texto foi acompanhado pela foto de Zeka Araújo e saiu à da página 28, do nº 446, de 10.09.1978. Naquela semana, a Turma da Colina mandou 4 x 2 Portuguesa-RJ, pelo Estadual-RJ, em prélio de pouca gente, 4.933 pagantes. O Dinamite bateu na rede só uyma vez naquele prélio, em São Januário, aos 21 minutos do primeiro tempo. Se deram bem com o "homem-bicho-certo": Jair Bragança; Orlando Lelé, Gaúcho, Marco Antônio e Paulo César; Helinho, Paulo Roberto e Guina; Wilsinho, Roberto Dinamite e Paulinho Massariol. Técnico: Orlando Fantoni.
.01.1982 - Vasco da Gama 7 x 0 Moto Clube-MA - Campeonato Brasileiro, co os impiedosos batizados por Cláudio Adão (3), Roberto Dinamite, Renato Sá, Dudu Coelhão e Marquinho. O treinador era Antônio Lopes, que escalou: Mazzaropi; Rosemiro (Galvão), Rondinelli, Ivan e Pedrinho; Dudu Coelhão, Serginho e Renato Sá (Marquinho); Wilsinho, Roberto Dinamite e Cláudio Adão.
Roberto Dinamite chapela Osmar me marca o seu gol mais bonito, em foto do arquivo do jornalista José Dias |
Apresentado pela Portuguesa de Desportos, Roberto forçava o sorriso, como prova esta foto reproduzida do álbum de recortes do kikenauta Raimundinho Maranhão. |
No dia 9 de agosto daquele 1989, Roberto era recebido - também, com festa - pela paulistana Portuguesa de Desportos, clube, como o Vasco da Gama, da comunidade lusitana no Brasil. Mas nãos seria bem aquilo que ele gostaria de estar vivendo. As dezenas de rojões que explodiram o céu do Canindé, as garrafas de uisque abertas e os bolinhos da bacalhau não alimentaram tanto a sua alma, uma sobremesa do que ele desfrutava, há 19 temporadas, em São Januário.
1 - Em 28 de julho de 2008, Roberto Dinamite venceu Amadeu Pinto da Rocha, candidato de Eurico Miranda, e tornou-se presidente do Vasco, encerrando um período de mais de 20 anos de domínio dos euriquistas. O Bob obteve 140 votos, contra 103 de Amadeu. Primeiro ex-atleta do clube a chegar à presidência, Roberto assumiu o cargo em 1º de julho. “Joguei 20 anos no Vasco..... O Vasco tem que ser uma equipe campeã, mas não só em campo. Também fora, com respeito a todos. Era a vontade dos torcedores de todo o Brasil. ... A vitória não é só minha. É uma conquista da nossa chapa, que representa de 10 a 20 milhões de torcedores”, discursou Roberto, após a vitória que já era clara pouco antes de 1h da manhã, quando a chapa de Roberto venceu a eleição para o Conselho Deliberativo por 146 a113. |
Gols de Roberto Dinamite por adversários: Fluminense 43; América 30; Botafogo 28; Americano 27; Bangu 27; Flamengo 27; Goytacaz 22; Portuguesa 22; Bonsucesso 19; Campo Grande 18; Olaria 14; São Cristóvão 14; Madureira 12; Internacional 11; Corinthians 10; Volta Redonda 10; Operário 8; Vitória 8; Santos 7; Grêmio 7 e Goiânia 7. 26.10.1992 - Último gol de Roberto Dinamite, pelo Vasco, no 1 x 0 sobre o Goytacaz, pelo Estadual-RJ, em São Januário. Por adversários, foi assim que o Dinamite esvaziou o seu saco de maldades: Fluminense 43 gols; América 30; Botafogo 28; Americano 27; Bangu 27; Flamengo 27; Goytacaz 22; Portuguesa 22; Bonsucesso 19; Campo Grande 18; Olaria 14; São Cristóvão 14; Madureira 12; Internacional 11; Corinthians 10; Volta Redonda 10; Operário 8; Vitória 8; Santos 7; Grêmio 7 e Goiânia 7. BOB FIVE - Vaso 5 x 2 Coirinthians |
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