Todas as revistas esportivas brasileiras haviam sido muito bem comportadas na publicação de fotos de mulheres-atletas. Afinal, durante a primeira metade do século 20, quem ousava ir além dos limites estabelecidos? Vigiados, principalmente, pela Santa Madre Igreja Católica Apostólica Romana e as famílias conservadoríssimas.

Para justificar aquela pauta, a “RE” disse , por um título rasgando as duas folhas, que a vedete ...”até brigava com homens por causa do Vasco”. Eloína mandava dizer à torcida vascaína que o capitão do time, o zagueiro Bellini”, era o atleta que mais admira, “pela dignidade com que se conduz em campo”, mas considerava Ademir Menezes como o maior de todos que já vestira a jaqueta do seu time. E deixava certa a contagem de mais um torcedor engrossando a “Turma da Colina”, o seu filho Anton José, de três meses.
Por ali, o redator da “RE” – ou da “RE”? –, costurou uma historinha interessante: a moça ficara possessa, ao abrir um presente, de tias rubro-negras, para o neném. Era uma camisa do Flamengo!
Por ali, o redator da “RE” – ou da “RE”? –, costurou uma historinha interessante: a moça ficara possessa, ao abrir um presente, de tias rubro-negras, para o neném. Era uma camisa do Flamengo!

Pessoalmente, Eloína confessava só conhecer quatro astros da bola, Ademir Menezes, Zizinho , Pinga e Almir, todos cruzmaltinos. Definia-se como uma torcedora “nervosíssima”, durante os jogos do Vasco, levantando-se e sentando-se “mais de 100 vezes”, atrapalhando a visão de quem estivesse atrás. Mas tinha algo muito mais feroz: quando ia ao Maracanã, discutia com quem insultasse os jogadores cruzmaltinos. Certa vez, descera a mão sobre um cara que chamava o goleiro Barbosa de frangueiro. Por causa daquilo, deixou de ir pra galera. Passou a ser uma “teletorcedora”. E jurava explodir a praia de Copacabana, (como fogueteira, é claro), no dias em que o Vasco goleasse o Flamengo, por dez a zero.

A moreníssima Carminha vestia a camisa do "Diabo", isto é, do América Futebol Clube, e encantava nas disputas cariocas. Tinha torcedor que suspirava ao vê-la entrando na quadra. Uma das mais belas jogadores do basquetebol brasileiro da década-1960.