HOJE, 29 DE JUNHO É O DIA DE SÃO PEDRO. VALEU, PEDRÃO!
Foro reproduzida da capa da Revista do Vasco |
HOJE, 29 DE JUNHO É O DIA DE SÃO PEDRO. VALEU, PEDRÃO!
Foro reproduzida da capa da Revista do Vasco |
DRICA IS HIS NAME. The vascaína opened her heart and warned: here, nobody tasca. Only the "Admiral," as long as I am in my best judgment. Vascaina has not seen the coat. For nothing of this world. And neither of the others, if there are any. She, with all the beauty that the "Man Over There" gave her takes energy to the crowd on the day of games, pushing the boys to victory. So many, that is to say, because he has already lost count of how many times he left St. Januarius with a smile crossed his lips. Okay or want more?
A norte-americana Addie Andrews era virgem, quando entrou para a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Contava 17 de idade, na época, e era paqueradíssima. Mas se segurava. Dizia às amigas mais avançadinhas que só iria para a cama, com um homem, depois de casada. Chegou a atuar como missionária missionária mórmom.
Veio um dia, porém, em que ela sentiu-se cansada de tanta dedicação à religião e sentiu o seu corpo formigando. Foi quando recebeu a visita de Satanás, que sugeriu-lhe experimentar emoções mais forteso. Addie obedeceu-o e mandou a sua virgindade pro espaço. Tornou-se atriz pornô, deixando os amigos embasbacados com a radicalidade de sua mudança.
O tempo foi passando, Addie Andrews gostou da sugestão do demo (segundo as antigas amigas de igreja) e chegou aos 30tão, cheia de tesão. E explicou isso em entrevista ao jornal New York Post e que foi reproduzida pelo Jornal de Brasília, ao qual disse: “Eu era muito reprimida, sexualmente. Me sentia e me comportava como uma freira. Era, totalmente, devotada à religião. Em 2016, abandonei as minhas atividades missionária e, em 2017, deixei a igreja, definitivamente".
De mãos dadas com o Demo, a moça foi morar na Califórnia, pensando ser atriz, pois o que não lhe faltava era estampa. De saída, porém, só arrumou trabalhos como dançarina. Mas, como era uma dançarina frenética, bonita e gostosa, pintaram convites para trabalhar na indústria pornográfica. “Vai nessa!”, recomendou o Satanás. Ele voltou a ouvi-lo e, hoje, após participar de vários filmes com cenas de nudez e de sexo explícito, já tem mais de de 70 mil seguidores em seu Instagram.
E a família, como ficou nisso? Respondeu Addie, pela matéria que o Kike reproduziu do Jornal de Brasília: “Eu sabia que eles ficaram um pouco chocados, quando falei sobre o meu trabalho com filmes pornôs, mas, como o tempo, os parentes se acostumaram. O meu irmão, por exemplo, disse que jamais assistiria aos meus filmes, mas me via mais feliz do que nos tempos de missionária. E passou a apoiar a minha decisão - palavras de quem espalhavas a palavra de Deus e a trocou pelos embalos do Demo.
FOTO REPRODUZIDA DO JORNAL DE BRASILIA
Fundado em 1947 - 76 years de história, o Trem Desportivo Clube do Amapá é rubro-negro por inspiração no Flamengo, inclusive no escudo. Tem sete títulos do Campeonato Amapaense e cinco da extinta Copa Amazônia, por sinal, o maior papão campeão da dita cuja. Uma das responsáveis pelo sucesso do clube no Estado é a presidente Socorro Marinho, de 60 anos e que há 13 é mandatária do clube, fundado, majoritariamente, por operários torcedores do rubro-negro carioca.
A presidente Socorro vê pequena quantidade de mulheres gestoras
no futebol brasileiro, levando em consideração a infinidade de clubes que
adotamo futebol profissionais no país. "Creio que somos quatro ou cinco presidentes
mulheres, em 27 Estados, com mais de 100 clubes em atividade em
competiçõesnaiconais. Pouquíssimo. Estou há 13 anos na presidência do Trem e
mantê-lona linha é muito difícil. Pior quando o assumi,, pois logo noteik que havia um grande machismo contra
uma mulher ser presidente. Hoje não, já me encaram muito bem, onde eu passo
todo mundo fala, me cumprimenta pelo bom trabalho que venho fazendo. É
gratificante porque eu gosto do futebol”, comenta.
Socorro reproduzida de Facebook
Socorro Marinho não esconde que tem interferência direta no time. Em conjunto com o seu diretor de futebol, que é o seu marido, e o treinador do clube, ela ajuda na hora de contratar e dispensar jogadores. "Contratamos jogadores do Amapá, a nossa base, e também do Pará. Mas já gente, também, do Rio de Janeiro. Assisto jogos eu sei quem joga e quem não joga bo.a", garante
LEÃO DA ILHA NA COLINA
REPRODUÇÃO DE ESPORTE ILUSTRADO
Foi no jogo desta foto – publicada pela semanária carioca citada acima da imagem - Nº 205, de 12.03.1942 – que o Vasco da Gama descobriu Ademir Menezes, o grande ídolo de sua torcida nas décadas-1940/1950. Rolou no estádio vascaíno da Rua São Januário (fundos com a frenteira General Almério de Moura), em 1º de março de 1942, com o time rubro-negro pernambucano mandando 5 x 4 Vasco, em prélio apitado por José Mariano Carneiro Pessoa.
Para a Esporte Ilustrado, foi uma “vitória espetacular do campeão perenambucano”, por estasr inferioridado no placar - 0 x 2 -, com cinco minutos de peleja, e levad o terceiro tentovascaíno - 0 x 3 -, aos 20. Foi, então, que começou a fulminante reação nordestina, com Ademir diminuindo o placar, aos 29. Veio o segundo tempo e o Leão da Illha (apelido do Sport-PE) fez o seu segundo gol, aos três minutos. Aos seis e aos sete, o que não era imaginável, aconteceu para uma torcida (não divulgada) incrédula: Ademir virou o placar, para Sport 4 x 3. Os cruzmaltinos chegaram a escrever 4 x 4, aos 18 minutos, mas Pirombá fechou a conta, em Sport 5 x 4 Vasco, faltando dez minutos para o final a pugna.
A partir dali, o Almirante não parou de sonhar com Ademir Marques de Menezes, que era estudante, de Odontologia, em Recife. Com o interesse, também, do Fluminense, os cartolas vascaínos usaram até a influência de um ministro do presidente Getúlio Vargas, o grande ditador brazuca, para ganhar aquela parada – e ganharam. Ademir , então, trocou a Ilha pela Colina e, de 1942 a 1956 foi o maior ídolo e artilheiro do futebol vascaíno, maracando 302 gols, em 429 jogos. Só perdeu a idolatria, em 1971, para Roberto Dinamite, que soma 619 tentos contabilizados pela equipe que produziu o Almanaque do Vasco da Gama.
Ademir vestiu a camisa vascaína, pela primeria vez, e, 22 der março de 1942, durante o amistoso Vasco da Gama 2 x 1 América-RJ, no Estrádio General Severiano. Naz partidas em que foi descoberto pelo Almira, os dois times atuaram assism: Vasco: Lourinho, Florindo e Oswaldo Carvalho; Figliola (Dacunto), Zarzur e Argemiro; Alfredo dos Santos; Russinho, Nino, Villadoniga e Orlando, treinador por Telêmaco Frazão de Lima. Sport-PE: Manoelzinho. Salvador e Zago; Pitola, Furlan e Castanheira; Djalma, Ademir, Pirombá, Magri e Walfredo, dirigidos por Ricardo Diez.
Ademir, que viveu entre 8 de novembro de 1922 e 11 de maio de 1996, foi o maior nome do time cruzmaltino que ficou conhecido por “Espresso daVitória” e, de 1945 e 1952, ganhou quase tudo o que disputou – Campeonato Sul-Americano-1948; Carioca-1945/1949/1950/1952; Torneio Relâmpago-1944 e Torneio Municipal/1944/1945. Ele foi, também, foi o artilheiro (e vice-campeão) da Cpa do Mundo-1950, com nove gols, tendo totalizado 32, em 39 jogos, pela Seleção Brasileira, em um tempo em que se jogava bem menos do que hoje.
HISTÓRIA DA HISTÓRIA – O JOGO DO SÉCULO
Kike de 21/22.07.2023 JBr de
10.08.2023
1 - Penta campeão europeu, primeiro campeão mundial interclubes da
FIFA e a caminho do seu oitavo título nacional espanhol (disputas da primeria
divisão desde 1929), o Real Madrid tinha o time mais forte do planeta e
visitaria o Brasil, pela primeria vez. Para enfrenta-lo, o jornal A
Noite promoveu enquete para o toredor dizer qual clube gostaria de ver
enfrentando os apelidados merengues. O América era o então campeãoc
carioca – Fluminense, Botafogo e Flamengo, o seguiam na classificação final -,
mas, surpreendentemente, o Vasco da Gama foi apontado, por cerca de 35 mil
votos, como o preferido para o desafio, o que gerou críticas à Confederação
Brasileira de Desportos-CBD (atual CBFutebol) e à Federação Carioca de Futebol.
Fora a torcidas vascaína, ninguém via na Turma da Colina condições
técnicas capaz para tão difícil empreitada.
As críticas à escolha do Vasco da Gama para encarar o Real Mardid
não paravam na sua quinta colocação no último Estadual. Incluía as suas fracas
apresentações da equipe no recente Torneio Octagonal Internacional, contra
times brasileiros, argentinos e uruguaios, quando perdera três e empatara dois
dos seus sete compromissos. Só o eleitorado vascaíno, o
mais eficiente da votação de A Noite, areditava em sua rapaziada.
Enfim, com resultado do pleito confimado e amistoso
maracado, para a noite da quarta-feira, oito de fevereiro de 1961, no Maracanã,
para receber, homenagear e prestar toda assistência aos vivitantes, o
presidente vascaíno, Allah Baptista, nomeou comissão formada pelos
vice-presidentes de Comuniaões, Avelino Dias; Altino Telles, de Patrimônio;
Agathyrno Gomes, de de Relações Especializadas, e Edgard Campos, do
Departamento Social. Na manhã de 6 de fevereiro de 1961, a delegação do Real
Madrid desembarcou no aeroporto do Galeão, chefiada pelo legendário presidente
Santiago Bernabeu e foi recepcionada por todas a diretoria cruzmaltina. Às sete
da noite, foi homenageada, com coquetel, no salão de troféus da sede da Rua
General Almério de Moura, que faz fundos com a São Januário, na presença das
mais altas autoridades desportivas do país, entre elas o presidente da
Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol), João Havelange; os
embaixadores no Brasil de Espanha e Portugal, e o governador do Estado da
Guanabara (atual Estado do Rio de Janeiro) , Carlos Lacerda – além do capitão
do time vascaíno, Bellini, representando os colegas jogadores.
Em discurso improvisado, Allah Baptista falou sobre o “alto gru da
amizade Brasil/Espanha” e presenteou os visitantes com medalhões de pratas,
cinzeiros, flâmulas e publicações do Vasco da Gama. De sua parte, Santiago
Bernabeu presenteou os diretores vascaínos com relógios suíços de série
fabricada especialmente para o Real Madrid. Houve, ainda, visita às
dependências do prédio-sededo clube e exibição de aqualoucos, no parque
aquático cruzmaltino.
Por aquele momento em qu o Vasco da Gama andava pisando na
bola, o seu time era treinado pelo argentino Abel Picabea. Contam as
crônicas da época que o tal hermano era tão
chato, mas tão chato que, se precisasse de um cara
chato, ele não servia: era muito mais. Há até textos
dizendo que ele fora demitido nem tanto pelos resultados negativos que
mostravam o seu time perdendo por placares apertados – 0 x 1 Fluminnse, 0 x 1
Bangu, 1 x 2 Botafogo -, mas pela sua chatice. Então, dois dias antes do
encontro com os merengues, foi contratado Martim Francisco, campeão
vascaíno carioca-1956 e que já havia vencido o Real Madrid, amistosasmente, em
duas ocasiões: 2 x 0, em 20.07.1956, e 4 x 3, no 14 de
junho de 1957. E empatado – 2 x 2, em 19.06.1956.
Sem tempo para trabalhar a rapaziada, Martim Francisco comandou só um
treino, viu o Vsco levar 0 x 2 no primeiro tempo do 8 de fevereiro, mas arrumou
a casa, dentro do vestiçario, no papo, durante o intervalo. O que aconteceu
nosegundo tempo, você fica sabendo no texto
abaixo.
2 – Se o Real Madrid era considerado o melhor times
do mundo, o Vasco tinham os campeões mundiais Bellini e
Orlando, além de atletas que haviam passado pela Seleção Brasileira, casos de
Coronel, Écio, Paulinho de Almeida, Sabará, Delém e Pinga. Assim, a
imprensa carioca badalava o encontro, com os dois times indo para o Jogo
do Século, mesmo com os vascaínos saído de um recente quinto lugar no
Campeonato Carioca. Até aquele encontro, o maior público no Maracanã fora o de
16 de julho, da final da Copa do Mundo, quando, dos 199.854 que passaram pelas
catracas, 173.850 pagaram para entrar. Naquele 8 de fevereiro dee 1961, mais de
140 mil foram ao Maracanã, dos quais 122.038 compraram ingresso, gerando o
maior público de jogo de um clube sul-americano.
Quando o árbitro argentino Juan Brozzi chamou os
capitães Bellini e Gento para sortear a saída de bola, havia dezenas de
fotógrafos pelo gramado, mas nenhum conseguia fazer Di Stefano posar. O
estrelismo do Real Madrid era tamanho que os seus atletas nem cumprimentaram os
vascaínos. Por protocolo, só os presentearam, com relógios de ouro – em troca,
receberam flâmulas. Quando a bola rolou, o Real tinha Del Sol e Puskas, pela meia esquerda,
deixando a direita para penetrações de Vidal e Canário, que infernizava a
vida de Coronel. Aos poucos, Di Stefano foi mostrando precisão nos passes,
inteligência nos deslocamentos e fazendo corridas inesperadas, para livrar-se
dos marcadores. E distribuindo ordens. Seu treinador nem se manifestava, ao
contrário do estreante técnico vascaíno, Martim Francisco, que gesticulava e
berrava muito, segurando os suspensórios.
Com futebol rápido e brilhante, o Real Madrid
agradava. Aos 14 e aos 15 minutos, fez 2 x 0, com gols de Del Sol e Canário.
Reclamando muito do calor da noite carioca, os madrilenhos saíram para o
intervalo, recebendo água mineral em suas cabeças. Para o segundo tempo,
uma novidade: o árbitro usando camisa amarela, substituindo o preto
total da etapa inicial, sugerido pelo bandeirinha Alberto
da Gama Malcher – Eunápio de Queirós foi o outro – , para não
ser confundido com os cruzmaltinos. E quem esperava por uma goleada do
Real Madri viu o Vasco se superar. Aos sete minutos, Casado marcou gol contra.
Aos 17, Pinga empatou, cobrando pênalti, sofrido por Delém. Depois, a torcida
vaiou Di Stefano, quando ele foi substituído. E o duelo ficou 2 x 2 no placar e
nos empates do confronto.
O Vasco foi: Humberto Torgado (Miguel); Paulinho de
Almeida, Bellini e Coronel: Écio e Orlando; Sabará, Delém, Wilson Moreira,
Lorico e Pinga (Da Silva). O Real Madrid teve: Dominguez; Marquitos (Michel),
Santamaria (Zagarra) e Casado; Vidal e Pachin; Canário, Del sol, Di Stefano
(Pepillo), Puskas e Gento.
TATUAGEM
DA ESQUINA DA COLINA
Kike de 20.07.2023 (quinta-feira)
Ultimamente,
tornou-se comum torcedores tatuados, alguns com boa parte da pele exaltando o
seu time e engrossando torcidas organizadas e uniformizadas. Por conta da
violência que começou a fazer parte dos muitos dos “grandiosos clássicos” do
futebol brasileiros, com brigas dentro e fora dos estádios, os torcedores
tatuados começaram a ser vistos com parte indissociavável da bagunça. Mesmo
assim, não há nenhum “dispositivo legal” proibindo a presença dos “tatus” em
estádios ou torcidas organizadas. Em São Paulo, a Federação Paulista de Futebol
proibiu as organizadas de levarem bandeiras e faixas para os jogos dos seus
campeoantos, mas a portaria neste sentido não faz nenhuma menção aos tatuados.
O
conhecimento da tatuagem chegou ao mundo ocidental, em 1769, quando o navegador
inglês James Cook visitou a Polinésia e viu os nativos usando o que eles
chamavam “tattow” – tatoo, em inglês -, a colocação de
camadas de cor preta sobre a pele, o “tattowing”,
conforme anotou em seu diário de bordo, e não demorou para encantar a nobreza
europeia, que teve entre um dos primeiros tatuados o Rei Edward VII, da
Inglaterra (tataravô do recém coroado Rei Charles-III e que tatuou-se com uma
cruz de Cristo) e o seu primo Czar Nicolau-II, da Rússia, que preferiu um
dragão. Mais tarde, para a coisas ficar mais fácil, em 1891, o norte-americano
Ssamuel O´Reilly patenteou a primeira máquina elétrica para tatuagens.
No caso dos torcedores tatuados brazucas, eles usam de tudo o que o
aproximem do seu clube: escudo, bandeira, camisa, hino, data e conquista de
titulo, etc. Para o sociólogo Luís Alberto Lago Filho, consultado pelo Kike da Bola, o torcedor faz da tatuagem
“prova da sua lealdade ao seu time”. Caso de Fábio Cássio, que disse (e aparece
na capa da revista carioca L!A+
(foto), Nº 126, de 26 de janeiro a 1º de fevereiro de 2003, que só não tatuou a
caravela vascaína em seu corpo porque a sua mulher o impediu de gastar mais
grana, após a tatuagem de uma cuz no braço esquerdo.
Tatuadores que fazem pnto na Estação
Rodoviária (o coração de Brasília) gantiram ao Kike que a procura por tatuagens não aumenta quando o time está
vencendo mais, ameaçando ser campeão. “O Vasco não vem bem, agora (penúltimo
colocado no Brasileiro), mas o número de vascaínos que tatuo não é menor do que
o de botafoguenses (time líder do Brasileirão)”, afirma Leonardo Torquato –
sentdo assim, viva o time do “TatuVasco”.
OS TERRÍVEIS IRMÃOS GONÇALVES
Quatro atletas
vestiram a mesma camisa e foram campeões pelo memo time
Para JBr de 20.07.2023 e Kike de 21.06.2012
Eles
eram, também, torcedores do Vitória da Bahia - história iniciada pelos
finais da década-1950 e que rolou por toda a seguinte, na pele dos zagueiros Kleber
e Romenil, e dos atacantes Itamar e Carlinhos. Kleber viveu por 78 temporadas. Começou a
carreira no rival Bahia, mas logo mudou-se para o Leão da Barra, pelo qual teve três passagens, a última em 1968,
tendo, aos 19 de idade, sido campeão do Torneio Início do Campeonato
Baiano-1961. Passou, ainda por Comercial e Botafogo, de Ribeirão Preto-SP,
Botafogo-BA e o extinto Monte Líbano, ambos de Salvador. No entanto, não
viveu as glórias do mano Romenil Arestides Gonçalves Filho, ainda vivo e
considerado o maior zagueiro que já vestiu a jaqueta do Vitória - quando este
começava, o Carlinhos já era titular. Itamar, ponta esquerda, viveu o
seu grande dia de glória no 30 de maio de 1965 (valendo por 1964), marcando
os dois gols do título estadual baiano, em Vitória 2 x 1 Bahia, na Fonte
Nova, para esta formação: Ouri, Tinho, Romenil, Nelinho, e Raimundo; Kleber e
Fontoura; Edmundo, Bartola, Didico e Itamar. Em 1964, ele já havia sido
campeão, marcando seis gols da campanha que teve esta formação na última
partida: Ouri, Mundinho, Romenil, Nelinho, Tinho, Edmundo, Olívio, Fontoura,
Adelmo, Kleber e Itamar, que partiu
desta vida devido acidente com automóvel. O centroavante Carlinhos foi o
mais brilhante dos Gonçalves. Embora Beijoca tenha sido o atleta mais famoso
do Bahia – pelos gols e confusões que arrumava -, ele defendeu três grandes
clubes, América-RJ (na época, era grande), Fluminense e Internacional-RS,
enquanto o Beijoca passou, rápido, pelo Flamengo, que não suportou as suas
bagunças. Pelo Inter, o Carlinhos disputou oito Grenais (um dos mais difíceis clássicos brasileiros, marcado gol
nos 2 x 0 do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (embrião do Brasileiro), em 5 de
março de 1967, na casa do adversário, o antigo Estádio Olímpico. Participou,
ainda, de duas viórias (02.10.1966 e
17 de dezembro e 1966, ambas no mesmo Olímpico) quatro empates e duas quedas. Carlos Alberto Gonçalves nasceu
em Salavdor, no 10.11.1939 e viveu até o 10.04.2005. Começou pelas divisões
de base do São Cristóvão-BA, o apelidado Tricolor
Mirim (1957/1958), e dali foi para o Vitória (1958/1963), do qual o
América-RJ o tirou, em 1963. Depois, passou por Bonsucesso (1964/1965);
Fluminense (1965/1966) e Internacional-RS (1966/1967). Voltou à Bahia e
defendeu o Galícia (1967 a 1969), sendo vice-campeão baiano-1967 e
campeão-1968. Nas duas temporadas, foi o principal artilheiro,
respectivamente, com 15 e 17 gols, o que motivou o Esporte Clube Bahia a
contratá-lo, em 1969, e tê-lo até 1971, quando deixou na conta 49 bolas nas
redes. Defendeu, ainda, o Sergipe (1972) e o Botafogo-BA (1973). Pelo Bahia, o feito do
Carlinhos mais contado rolou no 29 de julho de
1971, diante do Botafogo-BA. Mesmo com a cabeça machucada e enfaixada,
cabeceou bola para marcar o tento do empate. Aos 43 minutos do segundo tempo,
cobrou o pênalti da virada do placar, para 3 x 2, valendo o bi estadual dele
e do clube. Como “canecara” pelo
Galícia-1968, três títulos em quatro temporadas. Carlinhos
Gonçalves não entra na lista dos 10 maiores goleadores do Bahia, por ter
passado menos tempo no clube do que os “primeirões”
– Carlito (253); Douglas (211); Hamilton (154); Uéslei (140); Osni (138);
Marcelo Ramos (128); Nonato (125); Vareta (121) e Alencar (116). Mas bateu mais
na rede do que quatro grandes ídolos da tocida do “Tricolor de Aço” em Estaduais: Zé Hugo (1945 a 1950); Vareta
(1935/1936 e de 1938 a 1941)); Beijoca (décadas-1970/1980), todos com 46
gols, e Hamilton (1956 a 1958 e de 1962 a 1964), com 48 – não era um Carlinhos, mas um Carlão! |
O CONSTELLATION POMPEIA
JBr de 16.07.2023 (domingo) e Kike de 30.08.2012
O goleiro mais espetacular da história do
futebol brasileiro foi Pompéia, que fez fama defendendo o América-RJ da
década-1960. Para ele, estrar debaixo da traves era o memo que transitar de um
trapézio para o outro. Nas bolas aéreas, não perdia a chance de decolar e se
divertir lá por cima, além de consagrar fotógrafos pelos cliques de seus
incríveis voos que faziam os antigos speakers
criarem os mais mirabolantes bordões. Ganhou. Do locutor Waldir Amaral, da
Rádio Globo-RJ, o apelido de ‘Constellation”,
tirado avião quadrimotor a pistão, que voou entre 1943 e 1968, transportando passageiros e topas militares, bem
como servindo ao pesidente norte-americano Dwight Eisenhower. Outros locutores o
chamavam por Ponte Aérea, Fortaleza Voadora e Caravelle, nome de um outro
modelo de avião.
Antes
de ser goleiro, Pompeia não ligava pra futebol. Em sua cidade, a mineira
Itajubá, vivia brincando de saltar o que pudesse e disputando corridas com os
amigos. Aos 12 de idade, pintou pela terra o Circo Americano Bandeirante. Ao
parar para admirar um artista treinando saltos de trampolim, o cara o indagou
se ele teria coragem de encarar. Disse sim e mandou ver, no momento em que ia chegando
o dono da casa. Fugiu, com medo de levar um esporro, mas terminou foi sendo
convidado, pelo homem, pra treinar mais e ganhar um dinheirinho. Passou três meses
aprimorando as piruetas no chão e, depois de muitas quedas sobre rede, passou
duas temporadas e meia no ofício de volante (artista que salta).
Estudante da escola profissionalizante da
Fábricas Nacional de Armas, o adolescente Pompeia que disputava corridas de
fundo e salto em altura, o pelas tantas, foi convidado a participar
de um treino do Atlético de Varginha, que visitava Itajubá. Entrou pela
ponta-direita e, como ninguém lhe pegava na corrida e nem saltava tão alto para
cabecear bolas aéreas, ele marcou dois gols. Com aquilo, tornou-se centraovante
do time da Fábrica de Armas e, uma temporadas depois, do São Paulo itajubense,
pelo qual marcou gols em amistosos contra os paulistanos Juventus e Bragantino,
que quiseram levá-lo -prefriu ficar em sua terra.
Mais uma vez, o famoso “lá pelas tantas” rolou na vida de Pompeia. O São Paulo itajubense
foi a Três Pontas-MG e seu goleiro adoeceu. Por ser alto e forte, ele teve de
usar a camisa 1. Arrasou e, a partir dali, decidiu ser goleiro, para sempre.
Mais um tempinho depois, o Bonsucesso-RJ foi a Itajubá e Pompeia voltou a pegar
muito para a selecionado municipal. No primeiro de abril de 1953, recebeu
carta-convite do Bonsuça pra ser um rubro-anil, imaginou que fosse sacanagem
de algum amigo, um “primiro de abril”,
mas era verdade no “Dia da Mentira”.
Em
seus inícios no Bonsucesso, o treinador Alfinete levava-o ao Maracanã para ver
os maiores goleiros brasileiros da época em ação, o vascaíno Moacir Barbosa e Carlos
Castilho, do Fluminense. Ele os aplaudia, mas não os copiava, matinha o seu
estilo acrobático, com o qual estreou bom-sucessense
no segundo turno do Campeonato Carioca-1953, ainda aspirante, vencendo o
Botafogo, por 1 x 0. No jogo contra o América, agradou tanto aos amerianos que
estes lhe tiraram do Bonsucesso. Estreou, como profissional do Diabo (apelido do América),
amistosamente, em 1954, vencendo o Santos, por 2 x 1, e defendendo pênalti
cobrado por Pepe, ajudando o seu time a conquistar o Quadrangular Internacional
de Lima, no Peru, com as participaões, também, dos locais Alianza e
Universitário.
José
Valentino da Silva foi como Joaquim Valentino da Silva e Maria José Valentino
lhe batizaram e registraram, tendo nascido em 27 de de setembro de 1934. O
apelido foi porque, quando estudante o antigo curso primário (primeiro grau)
vivia desenhando o marinheiro Popeye, personagem dos quadrinhos
norte-americanos. Por não conseguirem pronunciar o nome do herói, os colegas falavam
Pompei, que virou Pompeia e lhe acompanhou até o seu último dia de vida, em 18
de maio de 1996.
Campeão
carioca, pelo América-1960, e venezuelano, pelo Deportivo Português-1967(9?)
jogava usando uniforme negro ou cinza, como todos os goleiros do seu tempo.
Entusiasmava ao teatrólogo Nélson Rodrigues - também, cronista esportivo – que,
certa vez, escreveu: “... Pompeia... bela e emocionante figura... o goleiro mais
plástico, mais elástico, mais acrobático do mundo. Nada tem de simples:
complica tudo... não sabe defender sem um salto ... sem um vôo. Pompéia voa...
enfeita, dramatiza, dinamiza ... Ele é o espetáculo.”
O livro sobre a Seleção
Brasileira-1914-2004, de Roberto Assaf/Antônio Carlos Napleão, não cita
participação de Pompeia com a camisa canarinha, mas há uma foto em que ele
aparece na Seleção Brasileira (veja aqui) sendo o terceiro em pé, da esquerda
para a direita, antecedido por Djalma Santos e tendo à sua esquerda Edson,
Formiga, Zózimo e Hélio; agachados, na mesma aordem, Canário, Romeiro, Leônidas
da Selva, Zizinho e Ferreira,
comandados pelo treiandor Flávio Costa.
Há pesquisadores contando que este
time da foto foi formado pela
Confederação Brasileira de Desportos (atual CBFutebol) para jogos contra
selecionados sul-americanos. Citam, inclusive, jogo-treino (apitado por Alberto
da Gama Malcher) , em São Januário, no 9 de junho de 1956, contra o Bonsucesso,
goleado, por 4 x 1, com gols de Leônidas da
Selva (2), Romeiro e Canário, alinhando assim o selecionado: Pompéia, Djalma Santos (Rubens) e Édson; Hélio
(Nílton Santos), Formiga e Zózimo (Osvaldinho); Canário (Calazans), Zizinho,
Leônidas "da Selva" (Paulinho); Romeiro (Ilton Vaccari) e Ferreira – treinado por Gentil Cardoso, o Bonsucesso
foi: Humberto (Veludo), Mauro e Gonçalo (Édson); Décio,
Pacheco (Edil) e Gilberto; Milton (Nicola) (J. Alves),Vivinho, Válter Prado,
Valdemar e Nilo.
Em 1957, Pompeia substituiu Castilho no jogo final
São Paulo x Rio de Janeiro, no Pacaembu, pelo Campeoanto Brasileiro de Seleções
Estaduais, formando neste time: Pompeia, Paulinho de Almeida (Vsc) e Bellini
(Vsc); Zózimo (Bang), Benedito (SCris) e Altair (Flu); Joel (Fla), Índio (Fla),
Valdo (Flu) e Dequinha (Fla) e Pinga (Vsc), comandados por Sylvio Pirillo.
COLLOR
CONFISCA POUPANÇA E DINAMITE VAI AO BANCO
Kike de 002.07.2023
A revista semanária Placar, da Editora Abril, fez uma bricadeira com esta foto
publicada em seu Nº 1032, de 30 de março de 1990, com Tita e Roberto Dinamite
sentados em um banco. Com certeza, deve ter sido click antigo, pois os dois atacantes haviam sido titulares nos dois
últimos jogos antes daquela data. Atuaram nos compromissos vascaínos de 21 e 25,
e, também, no de 31 de março, quando ambos marcaram gols. Para o kikenauta mais novo, que não viveu a
década-1990, é preciso explicar a bricadeira de Placar. Vamos lá?
O Brasil
pré-Fernando Collor olhava para bom cenário externo, com o neoliberalismo em
moda. Em 1990, com o país já collorido,
o homem achava ter munição suficiente para lançar plano econômico e decretar
medida provisória sem papo com o Congresso Nacional. Segundo ele, acabaria com
a inflação, melhoraria a economia e mataria a corrupção. Era início de março
daquele 1990, rolou feriado bancário e o Collor de Melo surpendeu o povão com
oito itens: poupança acima de 50 mil cruzeiros novos (moeda da época) retida; retrocesso
nos preços; troca de moeda (de cruzados novos para cruzeiros); privatização de
estatais; reforma administrativa, com
fechamento de ministérios, autarquias e empresas públicas; demissão de
funcionários públicos; abertura do mercado brasileiro ao exterior; fim de
subsídios governamentais e flutuação cambial controlada pelo Governo.
No iten retenção
das poupanças nos bancos, o brasileiro sentiu-se “confiscado”, mesmo com Collor de Melo prometendo devolvê-la dentro
de 18 meses, corrigida por juros anuais de 6%. Sustentava que 90% das contas “poupeiras” ficavam abaixo dos 50 mil e que
a retenção não prejudicaria a economia nacional. Dizia que obteria liquidez e
financiaria projetos econômicos Resultado: o Plano Collor foi um fracasso. Reduziu
a inflação no primeiro mês de vigência, mas, nas semanas seguintes, os preços seguiram
subindo. E o salário, óhóhóhó!
Sobaram créditos
mais caros e difíceis de conseguir, levando pequenos empresários e investidores
ao enfarte. Mais: o desemprego aumentou bastantíssimo,
a indústria brazuca foi sucateada e
algumas empresas estatais vendidas abaixo do preço de mercado. Tempos depois,
Collor de Mello foi acusado por corrupção, o povo foi às ruas exigir o impeachment dele, que renunciou ao cargo
em 29 de dezembro de 1992.
O último jogo do Vasco da Gama durante o
governo Collor de Mello foi no 13 de dezembro, em São Januáio, amistosamente,
contra o paraguaio Olímipia. O Dinamite foi a campo, mas o Tita nem era mais um
vascaíno.
HISTÓRIAS DO KIKE
POMBA BRANCA E NÚMERO 13 DÃO BI AO BAHIA
Para JBr de 06.08.2023 (domingo)
Atribui-se ao
cronista/treinador Joõ Saldanha a frase dizendo que “se macumba ajudasse a
vencer no futebol, o Campeoanto Baiano terminaria, sempre, empatado”. Pode não
ser verdade, mas que rolam coisas esquisitas por ali, ah! isso rola! Por
exemplo, a decisão do Estadual-BA de primeiro de agosto de 1971. Vonfira o que
rolou:
O Bahia estava há 64 partidas sem vencer o seu
naior rival, o Vitória, pelo Campeoanto Baiano. Tentava acabar com o tabu e, de
quebra, ficar bicampeão estadual, caso para o qual precisava só empatar.
Enquanto a sua moçada ainda estava pelo vestiário, um macumbeiro adentrou ao
gramado da Fonte Nova, portando uma gaiola que prendia uma pomba branca tendo
em uma de suas pernas uma bandeirola com a tricolice do Bahia - vermelho, azul
e branco. Das altura da intermediária de um dos lados do campo, ele libertou a
ave que saiu voando em curva até se enoroscar com a rede das traves fincadas do
lado do Dique do Tororó. Assistindo aquele voo
prendeu o fôlego de 84.785 torcedores pagantes
– 11º maior de jogos já disputados pelo Nordeste -, o motorista do Bahia, Esmeraldo,
empreendeu alucinada correria, desceu o túnel que ligva vestiários ao gamado e
foi interromper a prelação do treinador Jorge Vieira, gritando:
- Zé
Oto! Se você ganhar o cara ou coroa da moedinha escolha chutar pro lado do
Dique. É recado de pomba branca.
Jorge
Vieira, carioca que já havia sido campeão baiano, pelo Galícia, em 1968,
conhecia bem as manhas da terra e deixou o seu capitão Zé Oto, o mais chegado a
contatos com o além, dentre todos os jogadoes de futebol da Bahia, parar de
ouví-lo para responder ao motorista:
- Pode
deixar. Vamos atacar pra lá, pro gol da pomba branca.
E não
deu outra. O Bahia ganhou o toss e seu goleiro Renato foi pra debaixo das
traves do lado da Ladeira da Fonte das Pedras, que os locutores de rádio
chamavam por “meta da entrada” (do estádio). O juiz Garibaldo Matos (nas horas
vagas, ator e teatro) e seus bandeirinhas Clinamute Vieira França e Bartolomeu
Lordelo tiraram do gramado todos os que não eram atletas, conferiram tudo e a
pelota rolou. O Vitória fez a saída de jogo e, de início, ninguém colocava a
cabeça fora d´água, todos muito cuidadosos, principlamente o “Leão a Barrra”,
que não era campeão baiano desde 1965 e nem queria perder a maior cota da
arrecadação de Cr$ 478 mil, 845 cruzeiros, a moeda da época.
Rolava, então, o pega, devagar, devagarinho,
quando, aos 13 minutos, porém, o artilheiro do “Tricolor de Aço”, o Carlinhos
Gonçalves, lançou o Adílson, que não tinha muitas possibilidades de sucesso no
lance, pois o goleiro Adílson Paredão e o veteraníssmo zagueiro Nelinho Canecão
estavam mais próximos da bola. Só que um
a deixou para o outro e o outro a deixou para o um, abrindo tempo para o
camisas 9 do rival chegar. Então, um Adílson fez pênalti no outro.
Encarregado a batida do penal, o ponta-esquerda
Arthurzinho (ex-Botafogo) pegou forte na bola, imprimundo nela o mesmo voo
rasante da pomba brana rumo ao canto esquerdo defendido pelo goleiro Adílson
Paredão, que teve o seu muro derrubado e ouviu a galera rivalizante
gritar:
- Bahêa!
Bahêa! Bahêa!
Pelos
77 minutos restantes, o Bahia administgoru o seu “bicaneco” e aprontou um
migué”, aos 38 do segundo tempo, quando o seu goleiro Renato trombou com o
André Catimba e este mandou-lhe uma porrada, gerando rebu que parou a pugana
por 10 minutos. Malandro, o Bahia tirou seu time de campo, considerando-se
campeão e alegando ter entendido que o jogo terminara quando torcedores
invadiram o gramado. No meio daquele rolo todo, o governador da Bahia, Antônio
Carlos Magalhães, botou moral na casa e mandando o juiz reiniciar a partida.
Falou-se que as ordens do Toninho Malvadeza incluiram expulsões de campo para André Catimba e Nilo,
este do Bahia, mas ele jamais confirmou e nem desdmentiu isso – fato ficado no
folclore do futebol brasileiro. No mais, após a canecagem, a torcida do Bahia
fez carnaval até a Igreja do Senhor do Bomfim.
No jogo
da pomba branca esvoaçante o “Bahêa” teve: Renato; Aguiar, Zé Oto, Roberto
Rebouças e Sousinha; Amorim e Baiaco; Toninhoi (Nélson Cazumbá), Aílson,
Carlinhos e Arthurzinho (Nilo). Vitória: Adílson Paredão; Valtinho, Luís Carlos
Nelinho Canecão e França; Osvaldo (Juarez) e Ademir; Mário Sérgio, André
Catimba, Adãozinho e Ventilador (Kosilek).
HISTORI & LENDAS DA COLINA – TIM Kike de 11.06.2023
Conta-se que quando o técnico
Elba de Pádua Lima, o Tim, fora convidado a dirigir o time como qual o Vasco da
Gama disputaria o Campeonato Carioca-1970 vários amigos lhe aconselharam a não
topar, dizendo que ele só disputaria o quarto, quinto lugar, todos considerando
o time do Almirante um terror. Alguns até lhe diziam que ele
teria muito mais prazer cozinhando as suas peixadas para os atletas, do que
comemorando vitórias. No entanto, ele topou o desafio de acabar com o jejum, de
12 temporadas sem o título estadual.
Veio o primeiro turno do Estadual
e o Vasco ficou naquela de ganhar apertado de times pequenos – 2 x 1
Bonsucesso; 2 x 1 Madureira; 1 x 0 São Cristóvão; 1 x 0 Olaria e até 0 x 0
Campo Grande, além de 1 x 3 América, que já andava na curva descendente rumo ao
seu apequenamento. Quando nada,
empatara com dois grandes – 1 x 1
Fluminense e 0 x 0 Botafogo – e vencera o Flamengo – 1 x 0 -, o que fora considerado
zebra. No returno, a moçada do Tim
seguiu vencendo os lebréias - 3 x 1 Olaria; 2 x 0 Madureira; 3 x 2 América
e goleou o Campo Grande – 4 x 0. Surpreendentemente, mandou 2 x 1 Botafogo, de
Jairzinho, Paulo César Caju, Roberto Miranda e Zequinha, todos jogadores da
Seleção Brasileira e rezebrou 1 x 0 Flamengo. Por ali, os amigos de Tim (precisava de inimigos pra quê?) que o
desaconselhavam treinar o Vasco, já mandavam
tapinhas em suas costas.
Conta Sérgio Cabral em sua coluna
–Abrindo o Jogo – da revista Placar – Nº 592, de 18.09.1981 – que o
grande dilema do Tim naquela campanha fora convencer o estabanado centroavante Valfrido
(Campos Filho) a cair para a esquerda, quando o volante Alcir (Portela)
estivesse com bola dominada, saindo para o ataque. Deveria entrar no espaço
aberto pela saída do centroavante grandalhão, apelidado por “Espanador da Lua”. Valfrido resistia obedecê-lo,
durante os treinamentos, alegando que o companheiro não lhe faria um passe,
pois estava entre os que o consideravam “grosso”.
Ao que Tim disse-lhe: “O Alcir é meu amigo e me garantiu que vai lhe passar a
bola”.
Com aquela variação tática, Valfrido
marcou cinco e Alcir dois gols na campanha de 18 jogos, com 13 vitórias, três empates
e só duas escorregadas – 1 x 3 América e 0 x 2 Fluminense, esta na última
rodada, quando o time recebeu as faixas de campeão e não precisavas mais vencer.
Alcir jogou todas as 18 partidas e Valfrido 17. Segundo o mesmo Sérgio Cabral,
pela mesma coluna da revista paulistana, a diretoria vascaína cobrava do Tim a
assinatura de contrato, mas ele teria passado todo o campeonato sem assinar,
alegando que as letras eram muito miúdas e ele, ainda, não tinha comprado os novos
óculos lhe receitados pelo seu oftalmologista.
TRAGÉDIAS DA COLINA - A MALDIÇÃO DO TILICO Kike de 08.05.2023
Pelos inicios de 1963, a diretoria do Vasco da
Gama enviou o atacante Mário Tilico (Amaro Gomes da Costa), para se juntar à
delegação que excursionava pelo México. O treinador Jorge Vieira não gostou,
pois não o havia pedido, e não falava com o atleta, que denunciou o boicote,
com o testemunho do colega e também atacante Célio, enviado junto com ele. O
primeiro filho do Mário que, na verdade foi registrado e batizado por Mário de
Oliveira Costa e era chamado, em família, por Mariozinho. Mas os colegas de
futebol do pai, logo, o apelidaram por Tiliquinho
que, mais tarde, ficou sendo Mário Tilico, também, quando ninguém mais falava
do pai-xará, que encerrara a
carreira, em 1975, tendo feito um jogo pela Seleção Brasileira.
Tiliquinho com o Tilicão
O garoto, quando era molequinho e acompanhava o pai aos treinos, dizia para os jogadores: “Já sou um ponta-direita”, todo convencido, aos seis de idade. Mais tarde, iniciou a vida futebolística jogando pelos infantis do Vasco. Cresceu e não teve a chance que teve o pai teve, em São Januário (foi campeão da I Taça Guanabara-1965). Entre sub-17 e sub-20, vascaínou, de 1982 a 1987, passando por empréstimos a CSA-AL, Figueirense-SC, América, de São José do Rio Preto-SP e Náutico-PE. Neste, acertou tudo o que vinha dando errado na careira e virou ídolo da torcida do Tibu (apelido o Náutico), que comprou o seu passe. Naquele clube, tornou-se o mais caro atleta do futebol brasileiro, em1988, levado, pelo São Paulo, por exorbitantes 620 milhões e cruzados, a moeda da época.
Tilico astro no São Paulo
Filho da também atleta Walkíria Oliveira, campeã carioca de basquete, pelo Botafogo-1960, o Mário Tilico empolgou a torcida são-paulina e, sempre, deixou a vascaína chupando dedo quando o via, pela TV, entortando os seus marcadores. Foi um dos mais rápidos atacantes brasileiros e o autor do gol que deu ao São Paulo o título de campeão brasileiro-1991, diante do Bragantino – naquela temporadas, sem atacantes rápidos, o Vasco ficou em 11º lugar, com 12 pontos a menos.
FERAS DA COLINA – ROSEMIRO & PIRESO Kike de 09.06.2023ike de
Quando Rosemiro chegou a São Januário, em 1981, de sacanagem, a torcida pegou no seu pé, dizendo que ele era invencível no quesito jogador mais feio que já passou pelo Vasco da Gama. Ele nem ligou. Respondeu com futebol bonito, versátil e habilidoso. Atacava e defendia com a mesma impetuosidade, correndo por onde o lance precisasse dos seus serviços. “No Remo (de Belém do Pará), eu atacava mais do que defendia, mas aprendi a conter anta agressividade depois que vim pro Sul”, contava.
Rosemiro Correia de Sousa, nascido no 22 de fevereiro de 19543, em Belém do Pará, antes de se tonar um vascaíno passou pela seleção olímpica - disputou os Jogos Pan-Americanos-197, no México-197; um torneio pré-olímpico e as Olimpíadas da canadense Montreal-1975 – e o Palmeiras. Ele achava que, no futebol do Sul do país, não seria preciso treinar tanto como ele o fazia no Clube do Remo, sendo escalado só na fama. Viu tudo ao contrário, na Colina. E mais: não deveria se preocupar apenas com quem marcasse, mas fazer com que o marcado se preocupasse, também, com ele. Quando saía da defesa, contava com um volante o cobrindo, e quando fazia o passe para um atacante caía pelo meio, para ser uma opção de recebimento da bola. Costumava dar certo.
Rosemiro deixou o Vasco da Gama, em 1982. Em sua primeira temporadas
vascaína, com o treinador Mário Jorge Lobo Zagallo, uma das formações em que
ele atuou tinha: Mazaropi; Rosemiro, Orlando Lelé, Ivan e João Luís; Dudu,
Guina e Zandonaide; Wilsinho, Roberto Dinamite e César. Em 1982, com time
treinado por Antônio Lopes, entrava nesta escalação: Mazaropi; Rosemiro, Nei,
Celso e Pedrinho; Serginho, Dudu e Geovani; Pedrinho Gaúcho Roberto Dinamite e Palhinha.
DE
PIRES NOS PÉS - Certa vez, um garoto
estava tristaço, no banco dos
reservas do time juvenil do São Bento, de Sorocaba-SP. Com pena dele, o grande,
extraordinário zagueiro Luís Pereira, amigo de um irmão dele, prometeu-lhe levá-lo
pra fazer um teste no Palmeiras. Cumpriu a promessa, o garoto foi, agradou e ficou,
de 1976 a 1981. Aos 19 de idade, tornou-se volante titular, jogando ao lado do
craque Ademir das Guia, o maior ídolo da história palmeirense.
José Sebastião Pires Neto é o nome da fera, que pintou pela Colina, em 1984 - e ficou até 1985. Chamado
só por Pires, ao se tornar vascaíno, a torcida do Almirante não botou muita fé nele, por se baixinho – 1m68cm – e
magrinho – 62 quilos, para proteger becões
altos e fortes, como Daniel Gonzalez, Nenê e Ivan. Pior: segurar a barra contra atacantes
malandros, quando os xerifões saíssem
da área para cobrir os laterais. Enfim, rolou a bola para ele, que não se
mostrou nenhuma fera arrebatadora, mas jogador taticamente aplicado, que sabia
enxergar a paratida, demonstrando muita personalidade e fôlego - tudo o que um
bom volante precisa. “Ah se esse menino fosse maior!”, imaginavam muitos
torcedores, ao que o Pires respondia: “Já joguei contra gente que tinha o dobro
da minha altura (nem tanto!), casos
de Sócrates (Corinthians - 1m93cm) e Pedro Rocha (São Paulo-1m85cm), e não me
dei mal”.
As primeiras escalações de Pires no time vascaíno foi pelo treinador Edu Antunes, usando: Acácio; Edevaldo, Daniel Gonzalez, Nenê e Aírton; Oliveira, Pires e Geovani; Jussiê, Roberto Dinamite e Arthurzinho. As suas boas atuações para a Turma da Colina levou-o à Seleção Brasileira, pela qual disputou duas partidas. Foi eleito o melhor de suas posição, no Campeonato Braisleiro-1984, mas, em setembro daquela temporada, sofreu uma fratura de tíbia e nunca mais foi o mesmo. Perdeu espaço no time. Depois do Vasco, clube fundado por portugueses, Pires defendeu três clubes portugueses – de Portugal.
JOGOS DE MAIS & TÍTULOS DE MANOS Kike de 07.06.2023
O Vasco da Gama começou 1990 sendo o único clube
brasileiro que poderia ser bicampeão nacional, campeão sul-americano e mundial
interclubes - além de campeão estadual.
Mas não seria tarefa fácil. Tanto que, entre 9 e 29 de abril, a Turma da Colina disputou 10 jogos, em 20
dias. Para manter o time em pé, foi preciso confinar a rapaziada em um hotel carioca
– Barra Beach – e montar uma enfermaria munida de aparelhos de ultra som, onda
curtas, forno e estoque com dez caixas do relaxante Miocitalgan. O médico
Alexandre Campelo (futuro presidente vascaíno, em 200?) teve de se virar para
recuperar Luiz Carlos Wink, Mazinho e Bebeto, todos com estiramentos musculares,
e William, com entrose em um dos joelhos.
Durante aqueles 20 terríveis dias, o Almirante anotou estes placares pelas
Taças Rio e Libertadores da América: 09.04.1990 – 1 x 1 Americano-RJ; 12.04 – 1
x 1 América-RJ; 14.04 – 2 x 1 Flamengo; 18.04 – 0 x 0 Grêmio-RS; 20.04 – 7 x 1
Cabofriense-RJ; 22.04 – 0 x 0 Campo Grande-RJ; 24.04 – 2 x 0 Cerro Porteño-PAR;
26.04 – 1 x 2 América, de Três Rios-RJ; 27.04 – 1 x 0 Olímpia-PAR; 29.04 – 1 x
2 Bangu.
Mesmo com
tanto desgaste físico, chegando até a entrar em campo sem o intervalo de 24
horas de descanso – chegou a enfrentar o América, de Três Rios, no 26 de abril
e o Olímpia, no dia seguinte -, o Almirante eliminou os paraguaios da
disputa continental e classificou-se para encarar o primeiro colocado do Grupo
3, o chileno Colo-Colo, com o qual empatou, por 0 x 0 e 3 x 3, eliminando-o,
por 5 x 4, em cobranças de pênaltis, em 15 de agosto, após jogar pela Copa do
Brasil – 0 x 0 Gama (em 6 de maio); fazer uma estafante excursão à Europa (de 18
a 30 de maio, com um empate e três vitórias, e três amistosos, com uma derrota e
duas vitórias (de 1º de julho a 14 de agosto). Ainda não acabou. No meio disso,
houve as finais do Estadual-RJ, com 1 x 0 Fluminense (22.07) e 0 x 1 Botafogo
29.07), placar que gerou o maior rolo.
Seguinte: o Vasco entendia o regulamento mandando
haver prorrogação, por ter sido o campeão da Taça Guanabara, o primeiro turno,
mas o Botafogo recusou-se a jogá-la, considerando-se o campeão, por vencê-lo no
tempo regulamentar da partida do 29 de julho. E levou o título, no tapetão, assunto para uma próxima coluna. Aguarde!
TRAGÉDIAS (LOTÉRICAS) DA COLINA – FLUMINADO Kike de 08.06.2023
Em 1976, a
Loteria Esportiva ainda fazia o brasileiro sonhar com riqueza. O torcedor dos
times de futebol procuravam saber de tudo sobre os times pouquíssimos
divulgados, logicamente, de centro menores, para não saírem do sonho logo no
sábado. Era um tempo em que surgiam várias revistinhas especializadas nos
concursos semanais e em que os jornais faziam páginas inteiras, nas
segundas-feiras, fornecendo dicas aos apostadores. As informações mais
completas eram as das revistas paulistana Placar,
que tinha correspondentes em todos os Estados.
Por aquele
1976, os concursos semanais eram com 13 jogos e as publicações usavam muito
ilustrações com a figura da zebra, alusivas a resultados imprevistos, tirados
do popular ‘vai dar zebra”, bicho que não constava do Jogo do Bicho. Se não
houvessem os “zebrões”, com certeza, haviam os “bolões”.
No Concurso
312, rolado na segunda quinzena de novembro daquele 1976, o Jogo 13 escolhido pela Caixa Econômica
Federal, a administradora da loteria, foi Fluminense x Vasco da Gama, pelo
Campeonato Brasileiro. A torcida vascaína até tinha motivos para acreditar que
daria a Coluna 2, pois a Turma da Colina vinha de três vitórias –
3 x 2 América-MG; 1 x 0 Misto-MT; 1 x 0 CRB-AL - um empate – 1 x 1 Náutico-PE -
e só uma escorregada – 0 x 1 Bahia. Mas o Fluminense era muito mais forte,
tinha uma autêntica seleção e favorito, com craques como Carlos Alberto Torres,
Edinho Nazaré, Rodrigues Neto, Pintinho, Gil, Dirceu Guimarães, Rivellino e
Paulo César Lima. Chegava para o confronto com três vitórias – 2 x 1 Grêmio-RS;
1 x 0 CRB-AL e 1 x 0 Flamengo – e dois empates – 1 x 1 Botafogo e 1 x 1 Goiás.
O pega rolou no 14 de novembro de 1976, levando
58.353 pagantes ao Maracanã, com o Flu dominando o Almirante, sem muitos problemas. O Vasco da Gama não tinha mesmo
muito o que fazer diante daquele timaço tricolor, muito superior. Foi para o
vexame levado pelo treinador Paulo Emilio, que escalou: Mauro; Gílson Paulino,
Abel Braga, Gaúcho e Marco Antônio Feliciano; Zé Mário, Zanatta e Luís Carlos
Lemos; Luís Fumanchu, Roberto
Dinamite e Galdino.
RENÊ, O BANDIDO DA ZAGA - Kike de 31.05.2023
Durante
a temporada-1969, até o 21 de setembro, Brito, Moacir, Fernando e Orlando haviam
sido os caras da zaga vascaína. No dia 28 – Vasco da Gama 3 x 0 Santas Cruz-PE
-, pela primeira fase do Campeonato Brasileiro, no estádio da Ilha do Retiro,
em Recife, o treinador Paulinho de Almeida (lateral-direito vascaíno da
década-1950), lançou Renê ao lado de Fernando. Por ter atuado bem, ficou pelos
dois jogos seguintes. Depois, perdeu a vaga, para Moacir, nos quatro compromissos
que vieram pela frente, mas voltou a ser escalado, em 5 de novembro. Manteve o
posto pelas três partidas seguintes e ganhou a missão de marcar Pelé na partida da noite da quarta-feira 19 de
novembro, no Maracanã, quando todo o mundo esperava pelo milésimo gol do “Rei
do Futebol”. Este até marcou o tão esperado tento, aos 38 minutos do segundo tempo,
mas Renê marcou primeiro, aos 10, da mesma etapa – só que gol contra, diante de
65 mil pagantes.
Aquele foi um dos vários famosos gols de Renê jogando como bandido. O mais + mais de todos, no entanto, saiu durante a campanha a campanha do Vasco da Gama rumo ao título de campeão carioca-1970 (não o tinha desde 1958). Era 13 de setembro e, aos 17 minutos do primeiro tempo, ele empatou, para o América, quando a Turma da Colina tinha 1 x 0 na conta. Foi um golaço, uma atrasada de bola, do meio do campo, para o goleiro Andrada. Inacreditável para 44.907 testemunhas, no Maracanã.
Com a pecha de zagueiro-bandido, Renê passou a ser marcado pela torcida vascaína,
que o sacaneava, pedindo a “escalação de
um zagueiro para marca-lo”. Lá pelas tantas, ele perdeu a vaga de titular e
desestimulou-se. Pediu para ir embora, mas o Vasco o segurou. Corria 1973 e os xerifões Miguel e Joel Santana se
contundiram. O jeito foi o treinador Paulo Amaral chamar no fogo o desanimado Renê. Pior para aqueles dois. Renê
aproveitou a chance e. Ganhou faixas de apoio da torcida vascaína e até falou-se em convocação dele para uma
Seleção Brasileira que enfrentaria o time do Resto do Mundo, mas ele foi
suspenso, por 365 dias, acusado de ara uma cabeçada no árbitro Carlos Costa, em Vasco x Olaria. Jurou
ter escorregado no campo molhado, quando
foi reclamar de marcação – o árbitro admitiu a possibilidade, durante o
julgamento de Renê, que esteve vascaíno até 1976.
4 de setembro de 1989 – se vencesse o Bahia, em São Januário, o Vasco da
Gama ficaria líder do Grupo B do Campeonato Brasileiro, desde que o Fluminense
não vencesse o Sport Recife. A torcida cruzmaltina compareceu à refrega, com
5.843 pagantes incentivando a moçada. Aos 14 minutos, o lateral-esquerdo Cássio
aterrou o atacante baiano Charles,
dentro da área fatal cruzmaltinada,
em pênalti que o próprio aterrado
cobrou e marcou: Vasco 0 x 1. “Óóóóóh!” - muxoxou a torcida vascaína. O treinador
Nelsinho Rosas pediu calma, mas só calma não adiantou, e o Almirante trocou de etapa atrás não levando trabalho para o “garoto do placar”. Sem problemas,
garantia o macumbeiro das Colina, o Pai
Santana, prometendo amarrar os
baianos na etapa final. E pareceu conseguir as graças do além. A Turma da Colina foi para o vira, virou e, em três minuto, entre o
23º e os 26º, anotando 2 x 1 na caderneta. Rolou mais a maricota e, quando a galera já cantava vitória vascainíssima, aos
42, Charles fez mais um: 2 x 2. Como Flu venceu o Sport, o Almira tirou seu time de campo vice-líder, com dois pontos a menos
– Acácio: Mazinho, Célio Silva, Marco Aurélio e Cássio; Zé do Carmo, Andrade e
Marco Antônio Boiadeiro (William); Vivinho (Sorato), Anderson e Bismarck foram os pisões do dia.
01 de outubro de 1989 – mais uma vez, se vencesse – daquela vez, o
Fluminense -, o Vasco da Gama tiraria os dois pontos de frente mantidos pelo
rival e assumiria a ponta do Grupo B do Brasileirão. O clássico era
convidativo, mas só 38.705 pagantes deram as caras, no Maracanã, pra escutar o
apito de Arnaldo César Coelho. Como este só teve o trabalho de ordenar duas
saída de bola – uma em cada tempo – e assoprar o apito final, em jogo
tranquilão, o empate, por 0 x 0, seguiu mantendo o Almirante vice-líder – o time
de ‘repisões’ foi quase o mesmo, exceto com Bebeto barrando Sorato e com
Anderson substituindo Vivinho, no decorrer da pugna.
4 de dezembro de 2011 - em sua edição do dia, o jornal carioca O Globo
anunciava em sua capa dominical: “Vasco pode ser campeão hoje”. Para acontecer,
bastaria vencer o Flamengo e torcer para o Corinthians empatar com o Palmeiras.
Os dois paulistas cumpriram com as suas respectivas obrigações, do ponto de vistas
dos vascaínos, mas estes foram afundados pelo arbitragem de Péricles Basols
Pegado Cortez, que deixou de marcar, a favor do Almirante, um pênalti claro, indiscutível, que todo o Brasil (e o
planeta) conferiu pela TV, mostrando um flamenguista puxando a camisa de um
cruzmaltino, dentro da área fatal. Só
o homem do apito não viu – ou não quis ver. A Turma da Colina poderia até desperdiçar o penal, mas seria difícil
na cobrança de Diego Souza, que andava com o pé bom de batida bem acertado
naquele Brasileirão, no qual escrevera 11 encaçapadas no placar. Assim, com
empates no Maracanã – Vasco da Gama 1 x 1 Flamengo – e no Pacaembu -
Corinthians 0 x 0 Palmeiras -, os corintianos fôramos campeões, somando 71
pontos, contra 69 dos vascaínos. Vasco da Gama x Flamengo levou 34.064 pagantes
do “Maraca”, tendo Diego Souza aberto o placar, aos 30 minutos do primeiro
tempo – o empate rubro-negro saiu aos 10 da etapa final. Comandado pelo
treinador baiano Cristóvão Borges, o time de São Januário alinhou: Fernando
Pras; Fagner, Dedé, Renato Silva e
Jumar; Nílton, Rômulo, Felipe Bastos (Eduardo Costa)e Felipe Loureiro
(Bernardo); Diego Souza (Elton) e Alecsandro.
VENCEU E MANDOU TORCIDA À PQP Kike de 03.06.2023
14 de maio de 1988 – a Turma da Colina mandou 2 x 0 América, em jogo noturno, no Maracanã, com gols de Romário e do zagueiro Fernando. Com aquilo, ficou a um ponto da liderança e a dois de distância do terceiro colocado, após a nona rodada do Estadual-RJ. Bom! Menos para os cartolas da Colina. Eles ficaram pê da vida com o público - 2.888 pagantes - que não dava pra pagar as despesas do Almirante para a pugna. Esqueceram de combinar com os donos de botecos, que lucraram mais molhando a garganta (por dentro) da rapaziada naquele sabadão. Com aquilo, o treinador Sebastião Lazaroni viu torcida quase fantasma aplaudindo a sua rapaziada: Acácio; Paulo Roberto Gaúcho, Donato, Fernando e Lira; Josenilton (Mazinho), Geovani e Henrique; Vivinho, Roberto Dinamite (William) e Romário.
10 de fevereiro de 1990 – ninguém no futebol carioca andava mais sorridente do que o treinador vascaíno Alcir Portela. E não era pra menos. Afinal a sua patota vinha de 1 x 0 Fluminense; 5 x 0 Nova Cidade-RJ e 3 x 2 Americano-RJ. No jogo seguinte, o Almirante mandou 2 x 1 América, de Três Rios-RJ, e foi vaiado. No jogo seguintíssimo, Vasco 1 x 0 Itaperuna-RJ. E novas vaias da torcida. Análise do repórter Zildo Dantas, pela diário carioca O Dia: “O glorioso Vasco da Gama é líder do Campeonato Carioca, com todos os méritos, e mais alguns, estando a dois pontos de vantagem do segundo colocado. E mais: tem o maior número de vitórias, no geral da competição, o ataque mais positivo e o artilheiro, Bismarck. Se não está bom, o que a sua torcidas quer mais? Pra mim, os que vaiam o time vascaínos são uns neuróticos” – nenhum ‘torcedor-vaiador’ reclamou, até hoje.
5 de agosto de 1990 - para comemorar a conquista do título de campeãobraileiro-1989, o Almirante convidou a fraca seleção da Arábia Saudita. Mandaria uma goleada e faria a festa que a torcida esperava. Só que a rapaziada esqueceu de jogar bola e os cartolas do chope comemorativo. Ainda bem, pois a pequena renda – Cr$ 93 mil e 800 cruzeiros – não daria para embebedar a galera presente em São Januário. Com programa a seco, o Almira passou apertado pelo visitante – 2 x 1, com gols de Tato e Anderson, um em cada tempo (e empate saudita pelo meio disso aí), em São Januário, na presença de 1.876 pagantes. No dia dessa trapalhada, Alcir Portela (meia e capitão vascaíno da década-1970) era o técnico que escalou: Acácio; Luís Carlos Winck, Célio Silva, Quiñonez e Cássio; Zé do Carmo, William e Bismarck; Tita (Sorato), Roberto Dinamite e Tato (Anderson).
SELEVSCO-1989 - Kike de 04.06.2023 (domingo)
Os cartolas da Colina abriram o
cofre e resolveram fechar a década-1980 com o barco do Almirante lotado só por
feras. E embarcaram gente que, ultimamente, vinha vestindo a jaqueta canarinho,
ou que já havia passado pela seleça
brazuca, casos de Acácio, Luiz Carlos Wink, Mazinho, Zé do Carmo, Bismarck,
Tita, Bebeto, Andrade e Tato, além gringo Quiñonez, useiro e vezeiro no escrete
da linha de baixo do Equador.
A moçada botou pra´repiar, mas,
de vez em quando, aprontava algumas sacanagens com a sua galera, comparecendo
ao recinto parecendo estar com o pescoço
molhado (por dentro e pelo que não fosse água). Por exemplo, em Vasco 0 x 0 Portuguesas de Desportos
(21.10.1989), os mané entregaram 50
bolas dominadas nos pés dos visitantes. Pior! Em Vasco 2 x 2 Botafogo (29.11.1989),
roubaram 51 e entregaram 51 bolas ao contendor - a saca das sacas!
Sacanagens à parte, quando era a hora de a onça beber whisky (na Colina,
só onça pobre bebia cachaça paulista), a rapaziada chegava nos oritimbós do “garoto do placar” e mandava ver, caso
de Vasco da Gama 2 x 0 Internacional, dentro do Beira-Rio, a casa dos gaúchos.
Naquela tarde domingueira (10.12.1989), o baiano Bebeto, que estava com um
pouco de pré-guiça, deixou a rede de
lado e foi à outra rede fazer as duas guiças
- barbaridade!
Mas aquela turma
gostava mesmo era de sacanagem. Quase mata o técnico Nelsinho Rosa, do coração,
levando 16 gols, em 18 refregas. Tirante
o goleiro Acácio, que era um paredão, um
verdadeiro Muro de Berlim (um mês antes, data da queda, em 09.11.1989), a
turma lá de trás aprontava tantas e quantas. Célio Silva, Marco Aurélio,
Leonardo e Quiñonez não eram os caras que os cartolas vascaínos queria para
casarem com as filhas dele. A turma, no entanto, chegou pra decidir, com o São
Paulo, com um ponto de vantagem. Sacaneava a torcida daqui, dali, dacolá, mas
sempre jogando com muita movimentação e mordendo cada pedaço de grama com muita
luta pela posse da maricota. Se empatasse com o time tricolor paulista, pronto,
era só abrir o barril de chope (um só?) e comemorar.
E comemorou, dentro
do paulistano Morumbi, com Luiz Carlos Wink cruzando e Sorato cabeceando pra
ficar filomeno: Vasco 1 x 0 9
(16.12.1989), diante de 77.552 pagantes, contando com: Acácio, Luiz Carlos Wink,
Quiñonez, Marco Aurélio e Mazinho; Zé do Carmo, Marco Antônio Boiadeiro e Bismarck; Bebeto, Sorato e
William.
CAMPANHOTA: TURNO - Vasco da Gama 0 X 1 Cruzeiro-MG; 1 x 1 Coritiba-PR; 2 x 1 Santos-SP; 2 x 2 Bahia-BA; 0 x 0 Fluminense-RJ; 4 x 1 Goiás-GO; 3 x 1 Grêmio-RS; 1 x 0 Palmeiras; 0 x 0 Portuguesa-SP; 1 x 0 Sport-PE. RETURNO - Vasco 0 x 0 São Paulo; 0 x 2 Flamengo; 2 x 2 Inter de Limeira-SP; 4 x 2 Náutico-PE; 1 x 1 Atlético-MG; 2 x 2 Botafogo-RJ; 1 x 0 Corinthians-SP; 2 x 0 Internacional-RS e 1 x 0 São Paulo-SP.
BUJICA DERRUBA SELEVASCO-1989 Kike de 21.05.23
5 de novembro de 1989 – o Vasco
da Gama ia bem no Campeoanto Brasileiro, brigando em cima, enquanto o Flamengo
caía pelas tabelas, com fumaça começando a se espalhar pelos ares da Gávea.
Durante a semana em que os dois iriam se enfrentar, a galera vascaína
tripudiava do rival, chamando Zico (36 de idade) e Júnior (35) por “velhinhos
corocas”, e prometia levar bengalinhas ao Maracanã para “os dois se locomoverem
e não se perderem dentro do gramado”. Grande saca! Até o tranquilo Bebeto
entrou na bagunça, prometendo marcar o “gol gilbertinho”, que seria oferecido ao presidente rubro-negro
Gilberto Cardoso Filho, a quem o atacante baiano atrbuía tê-lo desprezado,
permitindo ao Almirante levá-lo para a Colina.
E rola a bola. Era a primeira partida de
Bebeto contra o Flamengo, que investira
grana alta para tirá-lo do Vitória, da Bahia, quando ele ainda tinha idade de
juvenil. No meio da fofoca, os vascaínos lembravam de que Bebeto se dizia ter
sido torcedor vascaíno, por causa do seu avô que se chamava Vasco da Gama, e
que virara casaca quando fora contratado pelo Flamengo. Rola mais a bola e a
torcidas vascaína tripudiava mais e mais os rivais, dzendo que a sua moçada era
a “Selevasco”, por reunir tantos jogadores consagrados, relegando ao Fla
apelidos como “lixo do lixão”, essa coisas de torcedor.
Rola a bola e a “Selevasco” não
se anima muito. Motivos tinha, pois aquela era a primeira partida de Bebeto
contra o seu-ex clube, o Flamengo. E já que o baianinho não cumprir a promssa
dse marcar o “gol gilbertinho”, aos 30 mintos, o goleiro vasxcaíno Acácio nãos
segurou chute flamenguista, deu rebote e, rápido, o atacane Bujica,
profissionalizado naquela semana e que estreva no time principal, abriu o
placar. Engtre os torcedores vascaínos, corria indagações e indagações: “De
quem foi o gol, mesmo? Bujica, quem é este?”
Nascido, batizado e registrado, no estado do
Espírito Santo, por Marcelo Ribeiro, o desconhecido Bujica aprontaria mais uma
pra cima da torcida crzmaltina. Aos oito minutos do segundo tempo, o “velhinho”
Zico o deixou olhos-nos-olhos com Acácio e ele emplacou: Vasco 0 x 2 Fla. No
minuto seguinte, o nunca agressivo Bebeto envolveu-se em rolo com o goleiro
rubro-negro e foi expulso de campo. Ele que deveria ser “o cara” do jogo, deixou a glória daquela tarde para o humilde e
pobretão Bujica que, cercado por repórters ao final da partida, espantou-se com
o assedia, pois jamais havia sido entrevistado. E não sabia o que explicar
aquele repentino sucesso, pois não tinha estudos pra falar em miocrofones. Por
fim, ao sair do Maracanã, enquanto as famílias dos craques rubro-negros os
apanhavca em seus carrões, Bujica caminhou a pé, até um ponto de ônibus para
voltar pra casa. Ficou por mais uma temporada no Flamengo e só marcou aqueles
dois gols contra o Vasco.
Conterrâneo de Roberto Carlos – natural de Cachoeiro do Itapemirim -, Bujica ainda tentou a sorte no Botafogo e no América-RJ, após deixar o Flamengo, mas não emplacou, e teve de ciganar, por 16 times sem a mesma fama, até encerar a carreira, em 2004. Quanto ao Vasco que passou vexame diante de Bujica naquele 5 de novembro de 1989, os caras foram: Acácio; Luís Carlos Winck, Leonardo, Quiñonez e Mazinho; Zé do Carmo, Andrade (Vivinho) e Marco Antônio Boiadeiuro (William); Tita, Bebetoe Bimarck, comandados pelo treinador Nelsinho Rosa. Depois, os vasa´nosd ainda enfrentaram o Bujica flamenguista em mais três oportunidades, com uam vitória, um emapte e uma otura escorregada, mas sem ele voltasr a aparecer na rede.
HISTORI&LENDAS DA COLINA – MUNICIPAL-1944
2 de abril de 1944 – O Vasco da Gama, campeã do Torneio Início, disputado uma semana antes, abriu o Torneio Municipal mandando 3 x 1 Fluminense, no botafoguense Estádio General Severiano, que recebeu 12.2786 pagante. Por ter aplicado 3 x 1 Flamengo, em 30 minutos, na decisão do Initium (grafia da época), o Almirante era favorito diante o Flu. E cumpriu as previsões com gols marcados por Isaías (2) e Figliola. Por aquele tempo, a grande revistas esportiva de circulação nacional era Esporte Ilustrado, que adorava publicar fotos de times posados.
Quem a lê, hoje, acha engraçado o texto daquelas
eras. O de Vasco 3 x 1 Flu, assinado por Mário Gabriel, narrava:
1 - “Este resultado foi recebido pelos adeptos do
clube de S. Januário de braços abertos, tanto que o comemoram com foguetes e
morteiros” – jornalismo de
informações desnecessárias, óbvias.
2 – “Disciplinarmente, houve coisas do arco da
velha” – gíria da época, sem citar “as
coisas”.
3 – Os contendores, desta feita....foram menos
escandalosos... os pontapés tinham seus momentos especiais e as rasteiras
pareciam lances ocasionais” – o futebol carioca da década-1944 primava por
pontapés e rasteiras. Tempo da Segunda Guerra Mundial.
4 – “O sr. Mário Faccini (árbitro) ficou
alucinado deante de tudo ... com erros muitos, mas sem obliterar violentamente
a fisionomia dos regulamentos” – quer dizer: errou muito, mas deu pra
enganar.
5 – Faccini viu, nitidamente, o incidente
envolvendo... e fez vista grossa por motivo que não conhecemos” – o
repórter saiu do estádio sem procurar saber da informação relativa ao
comentário.
6 – “Já se vê que no campo... não existiu um mar
de rosas, propriamente, e, sim, o talo com muitos espinhos” – repórter que,
hoje, escrevesse assim a crônica o jogo, com certeza, perderia o emprego.
Sobre os três tentos vascaínos, o cronista
contou:
1
- O balão (bola) favoreceu a Izaías e
este, célere, fulminou Batatais (goleiro tricolor) a queima-roupa... ainda
tocou a pelota, sem poder detê-la tal a violência do tiro (chute).
2
– Lelé aumentou par 2 x 0 entrando num centro (complementando
cruzamento) de Chico, que vencer
Renganeschi.
3
– “O 3 x 1 fê-lo Izaías, inapelavelmente, após fintar Norival duas vezes,
espetacularmente” – a forma atual (e correta) de
escrever a frase seria: “Os 3 x 1 foram feitos por Isaías....após fintar
Norival, por duas vezes”.
Enfim, o Vasco da Gama venceu aquele prélio treinado pelo uruguaio Ondino Viera e formando com: Yustrich, Rubens e Rafagnelli; Alfredo II, Figliola e Argemiro; Djalma, Lelé, Isaías, Jair Rosa Pinto e Chico.
TRAGÉDIAS DA COLINA – ERA DIA DE JORGE Kike de12.06.2023
14 de outubro de 1962 – O Vasco
da Gama recebia a visita do Olaria, em São Januário, valendo pelo segundo turno
do Campeonato Carioca, vindo de 7 x 0 Campo Grande; 1 x 0 Bonsucesso e 3 x 0
Portuguesa-RJ. Na terceira rodada do returno, era favorito diante do pequeno Olaria, que já havia lhe zebrado, durante o turno, com 1 x 0, no
15 de julho, em seu estádio da Rua Bariri e com gol marcado pelo ex-vascaíno
Valdemar. Veio, então, a revanche, em casa. O Almirante virou de etapa na frente, com gol de Saulzinho, aos 22
minutos. Era a tarde da vingança, esperava a sua torcida. Só faltou combinar
com o camisa 9 alviazul, Jaburu, que
empatou a refrega, aos sete minutos;
desempatou, aos 11, e fechou a conta,
aos 40 do segundo tempo. Pisões da Colina:
Humberto Torgado; Paulinho de Almeida, Brito, Barbosinha e Coronel; Maranhão e
Lorico; Sabará, Vevé, Saulzinho e Da Silva, treinados por Jorge Vieira.
22 de outubro de 1981 – O time cruzmaltino brigava em cima na tabela
classificatória do terceiro turno do Estadual-RJ. Se vencesse o Madureira, em
São Januário, a galera sairia direto das arquibancadas pra beber aquela cervejinha
geladíssima no boteco do português, ao lado do estádio. Ele não esperava pelos 3.0906
pagantes da pugna, mas por boa parte da rapaziada. Só faltou ele combinar com o
centroavante tricolor suburbano,
Jorge Demolidor. Aos 39 minutos do primeiro tempo e aos oito do segundo, o
carinha começou a atrapalhar os planos dele (do portuga), que contava moilhar o pescoço de muita gente por dentro,
depois do prélio. Só não viu preju
maior no cofre, por conta de Roberto Dinamite e de Wilsinho, que se viraram pra
deixar a contenda nos 2 x 2. Pisões do
dia: Mazaropi; Gilberto (Ricardo), Zezinho Figueroa, Chagas e João Luís;
Serginho (Marquinho)m Dudu e Amauri; Wilsinho, Riberto Dinamite e Silvinho,
treinador por Antônio Lopes.
Jaburu – não fora a primeira vez em que ele apontara pra cima dos
vascaínos. Em 6 de abril de 1955, jogando pelo América Mineiro, fora o destaque
de um amistoso, em Belo Horizonte, matando bola no peito e aplicando um chapéu
sobre o xerifão cruzmaltino Ely do
Amparo. O Vasco bem que quis levá-lo, mas o português Porto tinha mais
grana e fez dele ídolo de sua torcida, que o apelidou por Flecha Negra. Registrado e batizado por Jorge de Souza Mattos, o carioca
Jaburu nasceu no 19 de abril de 1933, e defendeu, também, o português Leixões e
o espanhol Celta, de Vigo. Foi descoberto pelo treinador Francisco de Souza Ferreira, o Gradim (campeão carioca
elo Vasco da Gama-1958), quando este iniciava a sua carreira, pelo Fluminense,
em 1954.
Jorge Demolidor – homem de nome simples e artilheiro complicado para os
marcadores: Jorge da Silva. Ele já havia demolido a segurança da zaga vascaína,
em 5 de agosto de 1979, batendo pênalti indefensável (cometido por Abel Braga),
aos 15 minutos de Serrano 2 x 1 Vaco da Gama, diante de 12.729 pagantes, no
Estádio Atílio Marotti, em Petrópolis-RJ, pelo segundo turno do Estadual-RJ. Entre
1970 e 1985, foi um autêntico cigano do futebol, passando por 12 clubes – São
Cristóvão-RJ; ABC-RN; Rio Negro-AM, Comercial-MS; Botafogo e Campinense-PB;
Serrano-RJ; Confiança-SE; Leônico-BA; Guarany de Sobral-CE e Mogi Mirim-SP. Nascido
no 18 de agosto de 1947, viveu por 63 temporadas, demolindo defesas
por onde passou.
HISTÓRI&LENDAS
DA COLINA – PÉ NA PISTA
Kike de 17.06.2023
1 – O Vasco da Gama foi fundador da liga de
atletismo carioca, em junho de 1938, e filiou-se à Associação Metropolitana de
Esportes Atléticos para levar às pistas grandes nomes, como, entre outros, Aída
dos Santos, Solange da Silva Chagas, Waldeia Maria Chagas, Ademar Ferreira da
Silva, Ademar Souza Lima, Antônio Damaso, Edgar Augusto dos Santos, Geraldo de
Oliveira, Geraldo Luz, José Teles da Conceição, José Bento de Assis, João
Corrêa da Costa, Mário Alvim e Wilson Gomes Carneiro. Embora a entidade
atlética carioca tivesse surgido em 1938, os vascaínos já haviam vencido as disputas
infantis de 1933/34/35.
2 – Em 1970, o Vasco da Gama só não venceu,
nas disputas oficiais cariocas, em corridas de fundo adulto e infantil (segundo
colocado). Na etapa São Paulo do Troféu Brasil de Atletismo, ganhou o
revezamento 4 x 400 metros.
3 – Em 1945, o Vasco
da Gama carregou os canecos dos Estaduais de Remo e de Futebol, o que valeu-lhe
considerar-se Campeão de Terra e Mar. Tanto no remo quanto no balipodo, os títulos
foram invictos, merecendo uma estrela na jaqueta do clube, a primeira. O
Almirante é o único clube casrioca com 16 conquistas onsecutivas pelos seur
remadores - entre 1944-1959. Anote todos os títulos: 1905, 1906, 1912, 1913,
1914, 1919, 1921, 1924, 1927, 1928, 1929, 1930, 1931, 1932, 1934, 1935, 1936,
1937, 1938, 1939, 1944, 1945, 1946, 1947, 1948, 1949, 1950, 1951, 1952, 1953,
1954, 1955, 1956, 1957, 1958, 1959, 1961, 1970, 1982, 1998, 1999, 2000, 2001,
2002, 2005 e 2008.
4 – Na foto dos “Campeões
de Terrra”, da esquerda para a direita, vemos: Mário Amerio (massagista), Chico,
Ademir Menezes, Ely do Amparo, Isaías, Berascochea, Augusto da Costa,
Rafagnelli, Dino, Santo Cristo, Jair Rosa Pinto e Rodrigues.
HISTORI&LENAS DA COLINA – EMPRESTADOS - ke de 18.06.2023
Primeiro clube carioca a jogar em gramados europeus – entre junho e agosto de 1931 --, o Vasco da Gama levou quatro atletas de outros clubes do Rio de Janeiro, que o ajudaram a conquitar oito vitórias – houve, ainda, um empate e três escorregadas. Antes dos vascaínos, só um time brasileiro havia feito isso, em 1925, o paulistano Paulistano (Club Attlético, de 1900 a 1930 no futebol). Saiba (por ordem alfabética) quem foram os cruzmaltinantes do giro:
Benedito (Benedicto de Moraes Menezes), gaúcho, de Pelotas, viveu entre 30 de
outubro de 1906 e 11 de fevereiro de 1944. Disputou a primeira Copa do
Mundo-1930, no Uruguai, e, em quatro compromissos canarinhos, marcou um gol, em
amistoso do mesmo 1930. Botafoguense, entre 1927/1932, foi, também, dos
primeiros brazucas levados pelo
futelbol italiano.
Marcou três gols vascaínos durante a
excursão.
Carvalho Leite
(Carlos Antônio Dobbert
de) nasceu em Niterói e viveu de 26 de maio de 1912 a 19 de julho de 2004. Vestiu
só a camisa do Botafogo, tendo sido convidado para a excursão vascaína por ser
grande artilheiro (273 gols, em 326 jogos). Disputou 25 partidas e assinalou 15
tentos ela Seleção Brasileira, tendo ido às Copas do Mundo-1930/1934. Foi um
dos primeiros atletas do futebol brasileiro a graduar-se em Medicina. Mandou sete bolas às redes durante o giro
“vascainêro”.
Fernando (Rubens Pasi Giudicelli), carioca, vivente entre 1º de março de 1906 a 28 de dezembro de 1968. Defendia o Fluminense, quando o Almira o convidou para excursionar ao Velho Mundo. Disputou a Copa do Mundo-1930 e mais um amistoso pela seleção canarinha. Primeiro brasileiro a vestir a camisa do espanhol Real Madrid (1935) e primeiro brazuca a ciganar pelo futebol europeu, jogando por times da Itália, Suíça, França e Portugal.
Nilo (Murtinho Braga) havia sido o principal artilheiro dos
Campeonatos Cariocas de 1924 e de 1927, razão de o Vasco da Gama tê-lo
convidado para a excursão. Carioca, viveu de 3 de abril de
1903 a 5 de fevereiro de 1975, tendo feito o nome com a camisas do Botafogo.
Defendeu a Seleção Brasileira, em 19 jogos, marcando 15 tentos. Em suas atuações vascaínas pela Europa,
marcou nove gols.
Confira os placares da excursão: 02.06.1931 – Vasco 1 x 3 Barcelona-ESP; 29.06 – Vasco 2 x 1 Barcelona-ESP; 05.07 – Vasco 1 x 2 Celta-ESP; 07.07 –Vasco 7 x 1 Celta-ESP; 10.07 – Vasco 5 x 0 Benfica-POR; 15.07 – Vasco 4 x 2 Seleção de Lisboa-POR; 19.07 – Vasco 3 x 1 Porto-POR; 22.07 – Vasco 9 x 2 Combinado Varzim/Boa Vista-POR; 24.07 – Vasco 6 x 2 Combinado Ovar/Coimbra; 26.07 – Vasco 1 x 2 Porto-POR; 30.07 – Vasco 1 x 1 Vitória-POR; 01.08 – Vasco 4 x 1 Sporting-POR. Foram 45 gols marcados, contra 18 levdos, tendo Rusinho (Moacyr Siqueira de Queiroz) sido o principal “matador”, com 12 bolas na caçapa.
FIO MARAVILHA DE PESSOA
Ingênuo, como Garrincha, ele passou pelo Ceub e foi ídolo também em Brasília, em 1975 JBr de 10.06.2025
15 de janeiro de 1972 - o Flamengo enfrentava o português Benfica, amistosamente, em uma noite de sábado, no Maracanã, com o adversário mostrando melhor preparo físico, bloqueando forte o meio-de-campo e fazendo contra-ataques rápidos, pelas pontas, especialmente pelo seu lado esquerdo. Assim, foi melhor durante toda a primeira etapa, quase batendo na rede, aos 21 minutos, obrigando o goleiro Ubirajara a fazer grande defesa. De sua parte, os rubro-negros não conseguiam sequenciar a maioria de seus ataques.
Veio
o segundo tempo e a torcida do Fla sentiu a falta de um jogador imprevisível,
tipo aquele que marcava um golão e depois tropeçava na bolam, a chutava com a canela. Tal
cara - João Batista de Salles, o Fio, mineiro de Conselheiro Pena nascido em 19.01.1945,
autor de 84
gols, em 294 jogos flamenguistas - estava ali
mesmo, no banco dos reservas, de onde poderia sair andando todo desengonçado. E começou a pedir ao treinador Mário Jorge Lobo Zagallo pra manda-lo
pro jogo. E o cara foi pra fazer de ataque com Samarone.
Rola
a bola e o Benfica começou a parar de pressionar, só chutando de longe. Aos 33
minutos do segundo tempo, o zagueiro paraguaio Reyes desarmou Jordão, pela
entrada da área rubro-negras, serviu Samarone, que lançou Rogério Hetmanek,
pela ponta-direita, de onde este lançou o enrolado Fio e os dois tabelaram a partiu
da intermediária do Benfica, encontrando defesa exposta. Na corrida, Fio venceu
Artur Correia e Rui Rodrigues e, dentro da área fatal portuguesa, ficou
cara-a-cara com o goleiro José Henrique, no qual aplicou uma “meia-lua”, jogando
a bola por um lado e apegando-a pelo outro, pra marcar um golaço.
Fio poderia
ter entrado com bola e tudo pelo arco dos portugueses, mas preferiu achar que “a
bola sozinha entra mais fácil”, contou, acrescentando: “O que vale é a bola
dentro da rede, não eu. Só assim se aguentar a força da torcida do Mengão.
Quase chorei, pois estava precisando muito de um gol, pra não ser mandado
embora pela Flamengo”. De sua parte, o goleiro português falou: “Tentei fazer o
pênalti, mas não sei como o Fio passou por mim”.
O golão, porém, não garantiu vaga no time
titular ao Fio, que sentou-se no banco dos reservas na partida seguinte (contra
o Vasco da Gama). Mas entrou após o intervalo e marcou gol nos 2 x 2. Participou de apenas cinco dos 27 jogos do
título carioca da temporada. Só no Brasileirão ele voltou a ser mais utilizado
e fez gols contra Portuguesa de Desportos, Sergipe (2), Cruzeiro, Náutico e
CRB, este, nos 5 x 2, em Maceió, o seu último tento vestindo a camisa
rubro-negra.
O gol
de placara contra o Benfica mereceu música do cantor/compositor Jorge Bem (hoje,
Benjor), que estava na partida e a levou para o Festival Internacional da
Canção, interpretada por Maria Alcina, cantora da boate Number One, de Ipanema.
O palco? O Maracanãzinho. Na finalíssima, em 30 de setembro e 1º de outubro de
1972, levando o público nas arquibancadas a entoar o refrão como se estivesse
numa partida do Flamengo. A canção venceu a fase nacional do festival e levou,
ainda, o prêmio de menção honrosa do júri internacional.
Em
agosto de 1972 surgiu a notícia de que o advogado de Fio entrara com processo
em nome do atacante (que então se preparava para defender a Desportiva no
Campeonato Brasileiro) requisitando ao compositor uma parte da arrecadação com
os direitos autorais da música. Surpreendente, pois o Fio sempre fora
considerado pessoa até ingênua, sem malícia. O compositor ganhou a ação e,
magoado, decidiu mudar a letra e o nome da canção, retirando a homenagem. Por
décadas, passou a cantar (e grafar) “Filho Maravilha”. Na época, Fio chegou a
ficar malvisto, tido como ingrato. Em 2009, Fio afirmou ter havido desencontro
de informações. Segundo ele, o advogado Joaquim Reis “me perguntou se poderia
entrar em contato com o Jorge Ben, para ele (Fio) receber algo como parceiro, e
eu disse que sim”. Por ali, afirmou, rolou o drama que o deixou mal.
Além do Flamengo, o Fio Maravilha passou por
Avaí-SC, Desportivas-EC, Paysandu-PA, Ceub-DF, São Cristóvão-RJ, New York
Eagles (da American Soccer League, por quatro meses). Em seguida, foi jogar na
Califórnia, pelo semiprofissional Monte Belo Panthers, de Los Angeles, e depois
pelo San Francisco Mercury. Por ali, encerrou a sua história com chuteiras
e passou a trabalhar entregando pizzas e
sendo motorista particular em casa de família, até se aposentar em 2013, aos 68
anos de idade.
O FEITICEIRO DA COLINA
Kike de 16.07.2023 (domingo)
Vários atletas declararam amor ao Vasco da
Gama após deixarem São Januário. O caso mais famoso é o do coringa Alfredo dos
Santos, o Alfredo II. Este, ao ser dispensado da Colina e começar a trabalhar para o Flamengo, não conseguu assinar
contrato com aquele. Chorou de saudades do Almirante,
levando os rubro-negros a telefonarem aos vascaínos, contando do caso que valeu
a “repatriação” do jogador.
Um outro que se recusou a vestir a camisa
flamenguista foi o goleiro Carlos Germano. Vascaíno, de 1986 a 2000, ao sair do
Almria e passado pelo Santos, ao ser
sondado pelo clube da Gávea, em 2001, foi direto e sincero: “Pelo maior rival
do Vasco eu não jogo”.
Enfim, são vários os que “jogam neste time”, tendo dois deles revelado isso pro manchetes de
revistas: Pinga e Roberto Pinto, ambos pela Revista
do Esporte. O primeiro, pelo Nº 185, de 22.09.1962, declarou que o seu
desejo era encerrar a carreira vestindo a jaqueta cruzmaltina, que vestira
entre 1953 a 1961, por 461 partidas, marcando 252 gols que o tornam o
quarto maior artilheiro da Turma da
Colina, superasdo só por Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. Em
1962, veteraníssimo, ele recebeu passe livre do Vasco e foi defender o
paulistanol Juventus – leia mais sobre
Pinga no Kike de 12.07.2023.
Foi o mesmo caso do meia Roberto
Pinto, autor do gol que deu ao Vasco o título de SuperSuperCampeãoCarioca-1958, trocado, com o Bangu, em 1962, pelo
ponta-esquerda Tiriça, porque pedira aumento salarial para renovar contrato,
pelos inícios da temporada. Ele justificou a saudade vascaína à RevEsp – Nº 191, de -03.11.1962 -,
“principalmente, proque me projetei no Vasco”
- e deixado muitos amigos no clube que o tivera desde juvenil, em 1954 -
leia mais sobre o atleta no Kike de
31.07.2011, em Histori&lendas da Colina - Roberto Pinto.
Como se vê, o Vasco da Gama
parece ter um feiticeiro de plantão em São Januário pra seduzir quem veste a
sua jaqueta. Entre os muitos que passaram por ele e sempre se disseram seus
torcedores temos os artilheiros Saulzinho, Célio Taveira, Edmundo e Roberto
Dinamite, só pra citar poucos.
HISTÓRIA DA HISTÓRIA – AUGUSTO
Kike de 14.07.2023
Em 1º de abril de
1953, um capitão de time vascaíno atuava, pela primeira vez, como ataleta/técnico
da Turma da Colina. Aconteceu durante
Vasco da Gama 2 x 1 Millonarios, da Colômbia, pelo Toreneio Internacionalde
Santiago do Chile. O cara foi o
lateral-direito Augusto, tendo em vista que o treinador vascaíno Flávio Costa
estava requisitado pela Confederação Brasileira de Futebol.
Augusto da Costa
fora cria do São Cristóvão-RJ (1936 a 1944) e Fera da Colina por nove temporadas (1945 a 1954), tendo ajudado o Almirante a conquistar os títulos
cariocas-1945 (13 jogos); 1947 (18); 1949 (17); 1950 (20) e 1952 (20), além do
Sul-Americano de Clubes Campeões-1948 e o internacional Octogonal Rivadávia
Corrêa Meyer-1953 (espécie de Mundial de clubes da época). Foi capitão, também,
da Seleção Brasileira vice-campeã da Copa do undo-1950, e estava nos times
canarinhos campeões da Copas Rio Branco-1947 (contra os uruguaios) e doi
Sul-Americano-1949 (atual Copa América).
Na sua vez de
capitão-atleta/técnico, ele madou este time ao gramado: Barbosa, Augusto e Haroldo;
Ely do Amparo (Mirim), Danilo Alvim e Jorge Sacramento; Sabará, Maneca, Friaça,
Vavá e Chico Aramburu. No match
apitado pelo inglês William Crawford, no Estádio Nacional de Santiago do Chile,
os gols vascaínos foram marcados por Zuluaga (contra), aos 32 minutos do
primeiro tempo, e Friaça, aos 17 da segunda etapa. No jogo seguinte –
05.04.1953 – Vasco da Gama 2 x 0 Colo-Colo-CHI, o treinador Flávio Costa
reassumiu o seu carago.
Carioca, nascido
em 22 de outubro de 1920, Augusto da
Costa viveu até o 1º de março de 2004, por 83 temporadas. Tentou ser treinador
no português Belenenses, pelo final da décadas-1950, e no amadorzão futebol brasiliense dos inícios da Era-1960, mas não
emplacou.
VASCO DAS PÁGINAS – TIRIÇA
Kike de 11.07.2023
A carioca Revista
do Esporte – Nº 181, de 25 de agosto de 1962 – conta que um cartola do
Bangu comemorara a venda do passe do ponteiro-esquerdo Tiriça, aoVasco da Gama,
dizeno ter sido o melhor negócio um grande negócio. Para o cara, o atacante não
passava de um perna-de-pau. Ainda não
existia a “Lei do Ex”, tão brincada,
ultimamente, pelos narradores esportivos, invocando atletas dispensados e que
se vingam do antigo clube durante o reencontro. Caso de Tiriça, em Vasco da
Gama 1 x 0 Bangu, no 21 de julho de 1962, pela quarta rodada do primeiro turno
do Campeonato Carioca de 1962.
Ao ver a Turma
da Colina (treinada por Jorge Vieira) adentrando ao gramado do Maracanã -
Humberto Torgado, Joel Felício, Brito, Barbosinha, Dario, Nivaldo, Joãozinho,
Lorico, Saulzinho, Vevé e Tiriça eram os escalados para o match-, o tal dirigente banguense citado acima tria apontado para o
seu ex-atleta e falado com um colega de cartolaria: “Aquele ali pode deixar
sozinho, que não incomoda a ninguém”. Frase que ele não usaria ao apito final
do árbitro José Gomes Sobrinho que, aos 30 minutos do segundo tempo, ordenou
nova saída de jogo, por conta de gol marcado por Tiriça.
Aquele tento vinha uma história interessante.
Antes de ser banguense, Tiriça havia sido juvenil vascaíno, em 1959, e
dispensado, “injustamente”, segundo ele: “Eu e o Dominguinhos éramos os pontas
(pela esquerda) do time. Então, chegou um terceiro (ponteiro) e eu fui mandado
embora”, contou à RE, revelando que o seu grande sonho era voltar a São
Januário e provar que era bom de bola.
Batizado e
registrado por Walter Mendes de Caravalho, o ponta-esquerda Tiriça chamou a
atenção dos crtolas vascaínos devido as 53 boas partidas que fazia para o
ataque banguense, nas quais marcara quatro tentos, entre 1960 a primeiro
semestre de 1962. Trocao pelo meia-armador Roberto Pinto, após oito partidas e
o gol contra o Bangu, foi levado pelo colombiano Deportivo Cali, do qual passou
para o peruano Alianza Lima, em 1965, até quando o Kike tem notícias da carreira dete carioca, nascido em 26 de
novembro de 1939.
VASCO DAS PÁGINAS – PINGA
Kike de 12.07.2023
O atacante Pinga
disse à Revista do Esporte – Nº 185, de 22.09.1962 – que, enquanto vivesse, não
esqueceria do Vasco da Gama, por ter sido – entre 1953 a 1962 -, sempre
estimado por torcedores, dirigentes e companheiros de canchas.
Passageiro ds nau
do Almirante, desde 1953, quando foi desembarcado da Poruguesa
de Desportos-SP, ele foi para o Rio de Janeiro recebendo o maior salário do
futebol carioca. Em 1962, veterano, quando recebeu passe livre, por ter convite
do paulistano Juventus, para ganhar um bom dinheirinho, Pinga pretendia rolar a
bola por mais umas duas temporadas e, depois, voltar a São Januário e fazer o
seu fim de linha. “Era o meu desejo encerrar a carreira no clube cruzmaltino”,
afirmou à RevEesp.
José Lázaro Robles,
o verdadeiro nome de Pinga, ajudou o Vasco da Gama a conquistar vários títulos,
entre eles: Octogonal Rivadávia Correia Meyer-1953, espécie de um Mundial de
clubes; Torneio de Santiago do Chile-1957; Torneio Início-RJ-1958; Estaduais-RJ-1956/1958;
Torneio Rio-São Paulo-1958; Torneio de Paris-FRA e Troféu Teresa Herrera-ESP,
ambos em 1957. Como vascaíno, disputou a Copa do Mundo-1954, enfrentando
México, Iugoslávia e Paaraguai, e marcando dois gols no primeiro desses jogos.
Totalizou 19 partidas canarinhas e 10
gols, sendo como vascaíno um dos seus três títulos pela Seleção Brasileira, a
Taça Oswaldo Cruz-1955, contra os paraguaios –
foi campeão, também, do Oswaldo-1950, e do Pan-Americano-1952, como
atleta da Portuguesa de Desportos.
Em 461 partidas cruzmaltinas, Pinga marcou 252 tentos, sendo o quarto maior artilheiro das Turma da Colina, arás de Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes. Nascido em 11 de fevereiro de 1924, no bairo da Mooca, em São Paulo, viveu até 8 de maio de 1996. Esteve treinador do time vascaíno em 1969.
TATUAGEM
DA ESQUINA DA COLINA
Kike de 20.07.2023 (quinta-feira)
Ultimamente,
tornou-se comum torcedores tatuados, alguns com boa parte da pele exaltando o
seu time e engrossando torcidas organizadas e uniformizadas. Por conta da
violência que começou a fazer parte dos muitos dos “grandiosos clássicos” do
futebol brasileiros, com brigas dentro e fora dos estádios, os torcedores
tatuados começaram a ser vistos com parte indissociavável da bagunça. Mesmo
assim, não há nenhum “dispositivo legal” proibindo a presença dos “tatus” em
estádios ou torcidas organizadas. Em São Paulo, a Federação Paulista de Futebol
proibiu as organizadas de levarem bandeiras e faixas para os jogos dos seus
campeoantos, mas a portaria neste sentido não faz nenhuma menção aos tatuados.
O
conhecimento da tatuagem chegou ao mundo ocidental, em 1769, quando o navegador
inglês James Cook visitou a Polinésia e viu os nativos usando o que eles chamavam
“tattow” – tatoo, em inglês -, a colocação de camadas de cor preta sobre a
pele, o “tattowing”, conforme anotou
em seu diário de bordo, e não demorou para encantar a nobreza europeia, que teve
entre um dos primeiros tatuados o Rei Edward VII, da Inglaterra (tataravô do
recém coroado Rei Charles-III e que tatuou-se com uma cruz de Cristo) e o seu
primo Czar Nicolau-II, da Rússia, que preferiu um dragão. Mais tarde, para a coisas
ficar mais fácil, em 1891, o norte-americano Ssamuel O´Reilly patenteou a primeira
máquina elétrica para tatuagens.
Reprodução de https://timeoffame.com.br/musa-do-vasco-bia-fernandes
No caso dos torcedores tatuados brazucas, eles usam de tudo o que o
aproximem do seu clube: escudo, bandeira, camisa, hino, data e conquista de
titulo, etc. Para o sociólogo Luís Alberto Lago Filho, consultado pelo Kike da Bola, o torcedor faz da tatuagem
“prova da sua lealdade ao seu time”. Caso de Fábio Cássio, que disse (e aparece
na capa da revista carioca L!A+ (foto),
Nº 126, de 26 de janeiro a 1º de fevereiro de 2003, que só não tatuou a
caravela vascaína em seu corpo porque a sua mulher o impediu de gastar mais grana,
após a tatuagem de uma cuz no braço esquerdo.
Tatuadores que fazem pnto na Estação Rodoviária (o coração de Brasília) gantiram ao Kike que a procura por tatuagens não aumenta quando o time está vencendo mais, ameaçando ser campeão. “O Vasco não vem bem, agora (penúltimo colocado no Brasileiro), mas o número de vascaínos que tatuo não é menor do que o de botafoguenses (time líder do Brasileirão)”, afirma Leonardo Torquato – sentdo assim, viva o time do “TatuVasco”.
https://jornaldebrasilia.com.br/blogs-e-colunas/historias-da-bola/
HISTÓRIA DA HISTÓRIA – VASCO -1974
Kike de 31.07.2023
1º de agosto de
1974 – Naquela data, em jogo noturno, no Maracanã, o Vasco da Gama tornava-se o
prieiro time carioca a conquistasr o Campeonato Brasileiro, vencendo o
Cruzeiro-MG, por 2 x 1. Para a revista paulistana Placar, da Editoras Abril,
o título começou a ser definido durate do jogo no Mineirão, em Belo Horizonte,
quando o treinador cruzeirense, Hílton Chaves, e o cartola Carmine Furletti
invadirdam o garmado para agredirem juiz e um bandeirinha, aos quais acusavam
de não marcarem um suposto pênalti sobre Palhinha – o jogo ficu pelo 1 x 1, com
a Turma da Colina empatando-o, no
último minuto, tendo aquele sido um comprmisso extra, após vitória sobre o
Internacional-RS, para saber se de cidiria o títuo com o mesmo Cruzeiro.
A atitude de cartola e treinador cruzeirenses
levou o Almirante a invocar o
regulamento do Brasileirão, no tocante a invasão de campo, e levou o jogo final
para o Maracanã. Embora fosse considerado favorito, o time mineiro, muito
nervoso, jamais mostrou-se o tal. De sua parte, os vascaínos tinham Zanata
cobrindo os seus zagueiros e imprimindo velocidade na soltura das bola,
enquanto, pelas pontas, Jorginho Tatu Carvoeiro
se superava e Luís Carlos Tatu Lemos
ainda cavava ajuda a outros setores da equipe. Pra completar, Roberto Dinamite pesadelava a zaga mineira, que o prava
com seguidas faltas.
Daquele jeito, o Almirante foi, com fúria, caçar a Raposa (apelido do Cruzeiro), bem distribuído no gramado, plantando
a sua zaga com tão boa cobertura por Alcir, Zanata, o Caravoeiro e o Tatu, que os
laterais, as vezes, até atacavam. No Cruzeiro, a defesa só tinha o lateral-direito
Nelinho a contento. O meio-de-campo, preocupado em atacar, não cobria a
defensiva e facilitafa a vida vascaína com seus zagueiros muit be postados na
marcação. Assim, o ataque da Raposa
não criava chutes ao gol e a defesa se apurava por falta de cobertura. Resultado do primeiro tempo: Vasco da Gama 1
x 0.
Veio a etapa
complementar, e o Cruzeiro empatou, da única forma que poderia: por chute de
alguém que viesse de trás (Nelinho, aos... minutos).|Mas, como manteve-se como
antes, o Vsco desepnatou (por Jorginho Carvoeiro, aos... minutos). Os dois
times tiveram um gol anulado, pelo árbitro Armando Marques, sem que ninguém entendesse as duas anulatórias. Os cruzeirenses nem
relamaram.
Foi assim que
Placar contou Vasco 2 x 1 Cruzeiro que
deu o caneco aos vascaínos, lembrando que o Almira
empatara e vencera o “o melhor time gaúcho (Inter) e mineiro (Cruzeiro);
vencera o melhor time paulista (Santos) e empatara com o melhor time baiano
(Vitória)... E foi superior ao adversário na decisão”. De quebra, disse que o
Vasco da Gama não tinha um tiinho, lembrando que o goleiro Andrada defendera a
seleção argentina; o meia Peres pasara pela seleção portuguesas, e Fidélis,
Miguel, Zanattas e |Luiis Carlos Lemos já haviam sido convocados pela Seleção
Brasileira, alé de Roberto Dinamit ter sido artileiro daquele Brasileirão.
TRAGÉDIAS DAS COLINA – GÍLSON
NUNES
Kike de 28.07.2023
Vasco da Gama estava há caminho de 12
temporadas sem ser campeão carioca. Foi uma entressafra que quase abalou a sua
torcida, afugentando muita gente dos jogos. Em 1970, o presidente Agartyrno Gomes contratou Elba de Pádua Lima,
o Tim, como treinador. Consagrado como um estrategista que mudava placares no
vestiário durante o intervalo das partidas, o novo chefe do time pediu a
contratação de Gílson Nunes, que era, também, um carregador de canecos, tendo
sido campeão carioca-1964 e de 1969, e da Taça Guanabara do mesmo 69, pelo
Fluminense.
De início, Gílson
foi para São Januário, por empréstimo. Em campo, cumpria, rigorosamente, o
plano tático que o Tim lhe entregava. Agadou tanto ao treinador que foi titular
nos 18 jogos da campanha que levou a Turma
da Colina ao título estadual tão perseguido. Dois 30 gols marcados em 13
vitórias, três empates e duas escorregadas, ele escreveu três, o terceiro
durante a noite de 17 de setembro, no Maracanã, diante de 59.170 pgantes, em Vasco
da Gama 2 x 1 Botafogo, resultado que antecipou o caneco a uma rodada do final
do campeonato levantado por esdte time-bae: Andrada; Fidélis, Moacir, Renê e
Eberval; Alcir e Buglê; Luís Carlos Lemos, Valfrido, Silva c Gílso Nunes.
Como fora campeão, Gílson teve o seu passe
comprado, por Cr$ 100 mil cruzeiros, uma boa grana para a época. Mas o que
deveria ser uma outra grande temporada, em 1974, terminou não rolando. O Vasco
trocou Tim por Mário Travaglini e este preferiu recuperar Luis Carlos Lemos, que
andava com problemas psicológicos. O recuperou e Gílson foi para o banco dos
reservas. Lá pelas tantas, o Lemos
prcisou fazer uma cirurgia na gargaante e ele achou que voltaria ao time.
Enganou-se: falaram em contratar Paraná, do São Paulo e, mesmo não o
contratando, ele nunca jogava, deixando de fatuar R$ 500 cruzeiros por partida
que começava. Se entrasse no ecorrer da pugna não levava, estava em seu
contrato. Revoltado, Gílson Nunes denunciou a sacanagem à revista Placar, da Editora Abril. Resultado: foi
mandado embora de São Janauário, com, passe livre, o que, na época, significava
o final da carreira de quem o recebesse.
Carioca, nascido em
12 de junho de 1946, Gílson Siqueira Nunes começou a carreira, em 1963, pelo
Bonsuesso. Depois do Vasco, defendeu, ainda, o América-RJ, clube em que
pendudrou as chuteiras, em 1978.
‘MATADOR’ NO TIME DO CÉU
Saulzinho
foi goleador Do?Vaso da Gama durante a década-1960
JBr de 28.07.2023 e Kike de 25.07.2023
A “Seleção do Céu”
ganhou mais um reforço. Nesete recente dia 25, sábado passado, o técnico do
time “Lá de Cima” convocou o antigo
artilheiro do Vasco da Gama, o gaúcho Saul Santos Silva, para usar a camisa 9, ao lado de outros craques
que por lá já estão, casos de Vavá (Edvaldo Izídio Neto), Almir (Moraes de
Albuquerque), Célio (Taveira Filho), Ademir (Marques de Menezes) e muitos
outros. O “tchê” foi levado por um acidente vascular cerebral, quando estava em
Florianópolis-SC, visitando uma fiha, gênero e um neto. Ele deixou, aindas,
mais uma filha, a diplomata Cláudia Vieira Santos, diretora do Departamento de
Energia do Ministério das Relações Exteriores, o Itamaraty. A suas esposa,
Luana, é cantora com discos gravados que fazem sucessos no Rio Gande do Sul e
cidades fronteiriças com o Uruhuai. Até conhecvê-la, o Saulzinho era viúvo.
Saulzinho foi o
atleta mais caro dos contratados pelo Vasco da Gama, pelos inícios das
década-1960. Custou mais do que Pinga, o quarto maior goleador da história
cruzmaltina - Roberto Dinamite, Romário e Ademir Menezes são os três primeiros.
Foi indicado ao clube casrioca pelo treinador Martim Francisco (um dos
principais do futebol brasileiro da época), porque fazia gols em cima do Grêmio
e do Internacional (os maiorais do futebol gaúcho) e dos temíveis becões dos
times do interior dos Pampas. Em 1962, a sua segunda temporada vascaína, ele
tornou-se o principal goleador do Campeonato Carioca, qaue era o mais charmoso
do país, maracando 18 gols e deixando para trás feras como Garrincha, Amarildo
e Quarentinha, do Botafogo; Dida e Henrique Frade, do Flamengo, Rodrigo, do
Fluminense, e Jaburu, do Olaria.
Pelas suas grandes
atuações de 1962, com os seus 18 gols, em 24 partidas, Saulzinho quase ajudou o
Vasco da Gama a ganhar o título carioca da temporada (quebraria tabu, de
quatro temporadas), o que não rolou
devido a duas surpreendentes zebras ante o Olaria, que mandou 1 x 0 na Rua
Bariri (sua casa) e 3 x 1 dentro de São Januário, com três gols do asombrante
Jaburu. Se tivesse vencido – Saulzinho marcu gol em um dos confrontos -, o
“Almirante empataria com o (campeão) Botafogo, em pontos e número de vitórias,
provocando decisãs em jogo extra. Mas bem pior para ele, naquela temporada, foi
perder a chance de disputar a vaga de parceiro de Pelé na Copa do Mundo do
Chile. Aparecia em todas apostas de revistas, jornais e rádios. No entanto, esforço excessivo em uma de suas
partidas, provocou-lhe alongamento exagerado, rompendo músculo na virilha e deixando-o
por quatro messes sem poder calçar chuteiras. Com aquilo, Vavá (Palmeiras) e
Coutinho (Santos) ficaram com as vagas de centroavante.
Saulzinho formou,
com Célio Taveira, uma as duplas mais notáveis do futebol carioca, a partir e
1963, Por ali, eles ganharam o Torneio Pentraghonal Internacional do México (em
cima do Dukla, base a seleção da Techeoeslováquia que havia decidido a Copa-62,
com o Brasil, seis meses antes) e o Torneio Qaudragnular Intenacional de
Santiago do Chile. No entanto, o títiulo que eles mais levantaram a torcidas
cruzmaltina foi a do I Torneio Internacional o IV Centenário do Rio de Janeiro,
em 1965. Com dois gols de cada um, golearam o Flamengo, na decisão, por 4 x 1.
Com tamanho sucesso, teve convite para defender o português Benfica, de Lisboa.
Ainda, ajudou o Vasco da Gama a conquistar a I Taça Guanabara-1965, mas depois
decidiu voltar para a sua terra gaícha, porque a sua esposa nunca se dera bem
com o clima quente do Rio e Janeiro.
Nascido no 31 de outubro de 1937, em Bagé-RS, Saulzinho
começou a carreira como juvenil do Grêmio Esportivo Bagé. Passou pelo rival
Guarany Futebol Clube (foi campeão municipal-1956/58/60) e chegou a interessar
a Grêmio e Intger-RS, mas o Vasco da Gama teve mais grana para leva-lo e vê lo
ajudano-o a conquistara, também, o Torneio Cinquentenário da Federação
Pernambucana de Futebol-1965. Com lua distgensão musular o impedio de brigar
por vagas no time anarinho da Copa de 62, ele não ficou se vestir a camisa da
Seleção Brasileira. Em 1966, quano havia voltado para o Guarany bajeense,
ajudou a trazer a Taça O´Higgins, contra o Chile, com o selecionado gaúcho
representando o Brasil. Enerradas a carreira, estudou Direito e, sem mais ter
que enfrentar os becões malvados, encarou muitos ladrões de cavalo. Botou muito
marginal na cadeia, por “crimes de abigeato”, como falava em seu linguajar de
advogado das froneiras dos Papmas com o Uruguai. Com certeza, mesmo com as
pragas lhe jogadas pelos goleiros, foi bem recebido pelo técnico do time “Lá de
Cima!”
BILÃO TUMBIARA
Kike de
26.07.2023 (quarta-feira)
16 de junho de 1974
– Vasco da Gama 3 x 1 Internacional, no Maracanã, pela primeira fase do
Campeoanto Brasileiro. Lá pelas tantas do segundo tempo, o treindor Mário
Travaglni tgira o ponta-direita
Jorginho Carvoeiro e o substituiu por
um sujeito negro, alto e forte. “Que é
este”?, indagou um tocedor vascaíno ao companheiro do lado. “Porra, mermão! O Roberto Dinamite faz três
gols e você quer saber quem é um cara desengonçado que entrou em campo?,
protestou o indagado.
O cara era Bil, que já havia entrado no
decorer de seis partidas e tapado buraco, na ponta-esquerda, em outras seis.
Ainda nem tivera a sua imagem fixada pela maioria da torcida cruzmaltina, pois,
até pouco tempo, ele era um lateral-direito do Itumbiara, do interior de Goiás,
e o soldado Faria no serviço militar em 1971. Cansado de jogar bem e nunca ser
notado pela imprensa, ele decidiu trocar de posição, para ponta-de-lança.
Emplacou e foi o principal artilheiro do Campeonato Goiano-1972, com 10 gols,
desbancando Lincoln, do Goiás, e Pagheti, do Atlético-GO, os maiores
desempregadores de goleiros da terra. Ganhou, como seu fanzaço, o prefeito de
Itumbiara, Modesto Carvalho, que achou que o lugar dele seria no Vasco da Gama,
ao lado de Roberto Dinamite.
31 de outubro de
1973 - O Vasco da Gama foi ao Estádio Serra Dourada, em Goiânia, enfrentar o
Goiá, pelo Campeoanto Brasileiro. A preliminar teve o time do Itubiara esfriando9
o sol e o Bil marcando dois gols. Modesto Cavalho não perdeu tempo. Após o jogo
vascaíno, procurou o superintendente do clube carioca, Armando Abreu, e fez
camanha para ele levar o Bil, que tinha 21 na idade. O cara o levou, mas o
garoto quase não ficou em São Januário, devido ao alto preço do seu asse,
pedido pelo Itubiara. Só ficou porque o
clube goiano concordou em dividir valor em 10 prestações. Negócio foi fechado,
o Bil do apelido colcoado pela avó estreou em Vasco da Gama 0 x 0 Coritiba, do
20 de janeiro de 1974, pelo Brasileirão, na casa do adversário. Depois, jogava
hoje, sentava-se, amanhã, no banco dos reservas, deixando o prefeitão de
Itumbiara injuriado, apupando o técnico do Vasco, por não acreditar em seu
ídolo.
13 de outubro de
1974 – O prefeito de Itumbiara ouviu pelo rádio que o treinador Mário Travaglini
estudava lançar Bil no ataque do time que enfrentaria o Botafogo, pelo segundo
turno do Campeonato Carioca, pois não gostara do que vira em Vasco 0 x 0
Bonsucesso, da rodada anterior. O prefeito Modesto Carvalho assinou um checão
particular, mandou um sobrinho ir ao banco descontá-lo e, de lá mesmo, ir a
Goiânia comprar passagem para ele ir ao Maracanã, no domingo. Foi, mas Bil não
entrou em campo, como ele ouvira pelo rádio. Voltou a apupar o técnico
vascaíno, ainda mais quano o Botafogo fez 1 x 0, aos 12 minutos. Ainda na
primeira etapa, o Vasco empatou, por gol contra, de Marinho Chagas. Menos mal,
para o prefeito vascaíno.
O relógio do
árbitro Walquir Pimentel caminhava para o final da contenda, quando Travaglini
chamou o Bil para substituir o meia Ademir, tentando dar mais agressividade ao
seu ataque. Aos 39 minutos, ele doinou a bola, pela meia-direita, driblou quem
o combateu e partiu para o gol, em velocidade que o time jamais demosntrara
durante a partida. Só parou com a bola na rede: Vasco 2 x 1 e a imprensa carioc
considerando o tento um dos mais bonitos da temporada.
O prefeito de
Itumbiara vibrou mais do que todos os que estavam do seu lado, na arquibancada
do Maracanã. Depois do jogo, procurou a direção do Vasco e foi ao vestiário abraçar
o seu ídolo Bil, a quem fez questão de oferecer um “bicho” pelo golaço “Dinheiro
do seu bolso dele, nada do contribuinte”. Pelo menos, foi a história contado
pelo Bil, quando defendeu o Gama, daqui do DF, em 1987.
Oswaldo Faria, o
Bill, mineiro, de Araguari, nasceu no 3 de abril de 1953 e ganhou mais um “l” no apelido, passando a Bill, no
Vasco da Gama. Esteve vascaíno até 1975,ciganando, depois, por Goiânia-GO,
Inter-RS, América e Tampico-MEX, Los Angeles Aztecs-EUA, Goiás-GO, Vila
Nova-GO, Atlético-GO, Trze-PB, Serrano-BA, Gama, Goiatuba e América, de
Morrinhos-GO. Saiu desta vida, em 22 de setembro de 2002, atropelado por um
automóvel, em Aparecida de Goiás, após 12 temporadas do seu fim de linha como
atleta.
Chamado pelos
repórteres e narradores de rádio/TV cariocas por Búfalo Bill, foi apelidado, também, por Bilão Tumbiara. Media
1m75cm de altura e pesava, normalmente, 78 quilos. Em Goiânia foi apelidado de
“O Fio Maravilha de Goiás”. Lembraram que, em Itumbiara, a riva de um bezerro
só vendera quando deram ao bicho o seu nome, o mais poplar da cidade. No Vasco
da Gama, fez parte do grupo campeão da Taça Oscar Wright da Silva, válida pelo
segundo turno do Estadual-1974, e do Campeonato Brasileiro-1974.
OS TERRÍVEIS IRMÃOS GONÇALVES
Quatro atletas vestiram a mesma camisa e foram campeões pelo mesmo time Para JBr de 20.07.2023
Eles eram, também, torcedores do Vitória da Bahia - história iniciada pelos finais da década-1950 e que rolou por toda a seguinte, na pele dos zagueiros Kleber e Romenil, e dos atacantes Itamar e Carlinhos. Kleber viveu por 78 temporadas. Começou a carreira no rival Bahia, mas logo mudou-se para o Leão da Barra, pelo qual teve três passagens, a última em 1968, tendo, aos 19 de idade, sido campeão do Torneio Início do Campeonato Baiano-1961. Passou, ainda por Comercial e Botafogo, de Ribeirão Preto-SP, Botafogo-BA e o extinto Monte Líbano, ambos de Salvador. No entanto, não viveu as glórias do mano Romenil Arestides Gonçalves Filho, ainda vivo e considerado o maior zagueiro que já vestiu a jaqueta do Vitória - quando este começava, o Carlinhos já era titular. Itamar, ponta esquerda, viveu o seu grande dia de glória no 30 de maio de 1965 (valendo por 1964), marcando os dois gols do título estadual baiano, em Vitória 2 x 1 Bahia, na Fonte Nova, para esta formação: Ouri, Tinho, Romenil, Nelinho, e Raimundo; Kleber e Fontoura; Edmundo, Bartola, Didico e Itamar. Em 1964, ele já havia sido campeão, marcando seis gols da campanha que teve esta formação na última partida: Ouri, Mundinho, Romenil, Nelinho, Tinho, Edmundo, Olívio, Fontoura, Adelmo, Kleber e Itamar, que partiu desta vida devido acidente com automóvel. Carlinhos foi o principal artilheiro de três Estaduais-BA O centroavante Carlinhos (foto/D) foi o mais brilhante dos Gonçalves. Embora Beijoca tenha sido o atleta mais famoso do Bahia – pelos gols e confusões que arrumava -, ele defendeu três grandes clubes, América-RJ (na época, era grande), Fluminense e Internacional-RS, enquanto o Beijoca passou, rápido, pelo Flamengo, que não suportou as suas bagunças. Pelo Inter, o Carlinhos disputou oito Grenais (um dos mais difíceis clássicos brasileiros, marcado gol nos 2 x 0 do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (embrião do Brasileiro), em 5 de março de 1967, na casa do adversário, o antigo Estádio Olímpico. Participou, ainda, de duas vitórias (02.10.1966 e 17 de dezembro e 1966, ambas no mesmo Olímpico) quatro empates e duas quedas. Carlos Alberto Gonçalves nasceu em Salvador, no 10.11.1939 e viveu até o 10.04.2005. Começou pelas divisões de base do São Cristóvão-BA, o apelidado Tricolor Mirim (1957/1958), e dali foi para o Vitória (1958/1963), do qual o América-RJ o tirou, em 1963. Depois, passou por Bonsucesso (1964/1965); Fluminense (1965/1966) e Internacional-RS (1966/1967). Voltou à Bahia e defendeu o Galícia (1967 a 1969), sendo vice-campeão baiano-1967 e campeão-1968. Nas duas temporadas, foi o principal artilheiro, respectivamente, com 15 e 17 gols, o que motivou o Esporte Clube Bahia a contratá-lo, em 1969, e tê-lo até 1971, quando deixou na conta 49 bolas nas redes. Defendeu, ainda, o Sergipe (1972) e o Botafogo-BA (1973). Carlinhos (D), no Bonsucesso-RJ, ao lado de Antoninho Pelo Bahia, o feito do Carlinhos mais contado rolou no 29 de julho de 1971, diante do Botafogo-BA. Mesmo com a cabeça machucada e enfaixada, cabeceou bola para marcar o tento do empate. Aos 43 minutos do segundo tempo, cobrou o pênalti da virada do placar, para 3 x 2, valendo o bi estadual dele e do clube. Como “canecara” pelo Galícia-1968, três títulos em quatro temporadas. Carlinhos Gonçalves não entra na lista dos 10 maiores goleadores do Bahia, por ter passado menos tempo no clube do que os “primeirões” – Carlito (253); Douglas (211); Hamilton (154); Uéslei (140); Osni (138); Marcelo Ramos (128); Nonato (125); Vareta (121) e Alencar (116). Mas bateu mais na rede do que quatro grandes ídolos da torcida do “Tricolor de Aço” em Estaduais: Zé Hugo (1945 a 1950); Vareta (1935/1936 e de 1938 a 1941)); Beijoca (décadas-1970/1980), todos com 46 gols, e Hamilton (1956 a 1958 e de 1962 a 1964), com 48 – não era um Carlinhos, mas um Carlão! |